Daymare: 1998 mistura elementos de aventura, ação e terror em terceira pessoa com a pegada de sobrevivência e temática zumbi. Foi desenvolvido pela Invader Studios e publicado por Destructive Creations e All In Games. Fico feliz de ter tido a oportunidade de testar este game em sua versão para Xbox One, mesmo meses depois do seu lançamento, que ocorreu em 17 de setembro de 2019 para PC com Microsoft Windows e em 28 de abril deste ano para os consoles Xbox One e PlatStation 4.
Com o remake de Resident Evil 2 sendo um dos grandes games de 2019, eu estava animado para colocar minhas mãos em Daymare: 1998. E antes um pouco tarde do que nunca! Este trabalho, de um estúdio originalmente montado por fãs e com a intenção de produzir uma experiência não oficial de Resident Evil, sua primeira propriedade é anunciada como um terror de sobrevivência hardcore em terceira pessoa.
Lembra muito RE2, mas tem sua identidade própria!

Uma experiência marcante e nada fácil!
Assim que testei pela primeira vez, percebi que Daymare: 1998 envolve quebra-cabeças (puzzles), inimigos inflexíveis, gerenciamento de inventário e uma história com vários personagens. Sim, me lembra bastante a pegada de Resident Evil, principalmente RE2, mas o game tem sua identidade, traz uma experiência marcante e nada fácil. Eu não quero comparar constantemente isso com RE2, mas honestamente é difícil não fazer, pois podemos ver o trabalho que a Invader Studios colocou em seu projeto de “remake” original, que infelizmente foi encerrado devido à reinvenção oficial do título pela Capcom. Por isso que Daymare foi retrabalhado em um pacote de aparência diferente, embora bastante familiar.
Bem, como adiantado acima, o gerenciamento de recursos e as telas de status dos personagens são muito semelhantes a RE2. Até mesmo o enredo contendo uma “cidade infectada por agente biológico” é um ótimo retrocesso para aquele outro game de zumbi. Mas preciso destacar uma coisa importante; Daymare é assustador, sangrento, definitivamente nervoso e apesar das semelhanças acima mencionadas, de alguma forma parece diferente e com potencial de construir sua própria série.
Daymare foi retrabalhado com aparência diferente e embora familiar, tem sua própria identidade.

Então, qual a novidade? Bem… Vamos com calma! Os níveis são bastante lineares e não há muito espaço para erros; você pode perder munição quando realiza uma recarga e isso é algo que precisa ter muito cuidado se estiver jogando no nível de dificuldade “pesadelo”, que tem o próprio nome do game. Mas, no final das contas, se você for um explorador, você chegará aos objetivos. No entanto, isso não é uma crítica, nenhum dos níveis parece incompleto ou básico, pois os zumbis são suficiente para garantir muito perigo, sustos e insegurança.
Uma boa adição logo no início é a inclusão de um nível cronometrado, onde quem joga games de terror buscando tensão, isso define o clima geral da trama muito bem. Alguns elementos típicos do terror estão presente e onde você quer que as coisas surjam, por exemplo, dentro de um hospital mal iluminado dirigido por um lunático absoluto? Agora, se for perseguido por zumbis é o que te dá adrenalina ou a apreensão de saber usar sua última bala, certamente este é o tipo de game que você precisa testar.
O uso de sons e algumas músicas bem sinistras (ou silêncio) aumentam a excitação geral e o desespero com o rumo da história, e recomendo jogar com fones de ouvido para essa camada extra de suspense e medo.

Quando você encontra a espingarda, é incrivelmente satisfatório explodir os membros daqueles mortos-vivos indisciplinados. O respingo de sangue, a explosão mecânica, está tudo bem construído. Somando-se ao nível de dificuldade pretendido, tiros na cabeça são absolutamente importantes, pois seu personagem, conhecido na história como Daymare, tem munição limitada para aumentar o fator de pânico. Portanto, comece a praticar., especialmente para as lutas de chefes, pois além de cravar alguns projéteis em várias cavidades e orifícios de seus inimigos, a localização visual de objetos no mundo aumenta o fator de sangue.
Existem 3 personagens jogáveis, sendo dois com sede de vingança. Neste ponto, não vou estragar muito, mas as histórias dos três são apresentadas de uma forma que se entrelaçam muito bem, embora eu tenha que admitir que é aqui que Daymare fica um pouco aquém das expectativas. No geral, a história é solta, mais uma genérica de zumbis, onde você precisa encontrar a causa da epidemia e salvar a cidade. Não há grandes surpresas se os desenvolvedores não tivessem mencionado em sua descrição que pretendiam recriar os títulos de terror icônicos da época. Alguns dos personagens também contém diálogos hilários.
Um ponto interessante é a referências humorísticas a outros games e filmes da década de 1990.

Infelizmente, algo em que este game perde alguns pontos são os rostos dos personagens, pois parece que em alguns momentos um pouco bidimensionais. Particularmente, na cena de abertura, eu quase não consegui diferenciar entre três dos personagens com facilidade, sendo o cabelo a única diferença real. As capacidades gráficas dos games em todos os outros aspectos ultrapassam a conexão pretendida para 1998.
A história é contada através da recuperação de vários documentos, a maioria dos quais são curtos o suficiente para não se tornarem um grande fardo para a leitura. Também existe um site que o acompanha, hexacorebiogenetics.com, que contém documentos protegidos por senha apresentados em um estilo de navegador típico dos anos 1990. Bem, se você anseia pelos velhos tempos, isso pode te animar, mas ter que ver isso em navegadores modernos parece um pouco estranho e teria sido melhor se fosse incluído no game.
Outro ponto interessante é a existência de alguns registros de áudio para se coletar, mas são poucos.

Como parte do game, você tem um painel interativo, chamado de D.I.D. e anexado ao braço direito dos personagens, para gerenciar o inventário, monitorando o estado de saúde, o mapa e rever os documentos de que você precisará para acessar as reservas de munição. Como jogador, você tem um inventário limitado e deve fazer “malabarismos” com a munição, chaves e fluidos de saúde em 12 slots. Isso tudo significa que você gasta muito tempo certificando-se de que colocou todas as munições possíveis em suas armas na esperança de liberar um espaço. Minha reclamação neste ponto é que o dispositivo no braço, embora tenha uma boa aparência, leva alguns segundos para carregar. Inicialmente, não foi um problema, pois você aprende que alguns zumbis reanimam enquanto você tenta recarregar manualmente, mas isso se tornou irritante.
Embora o game não seja cheio de gente morta, há o suficiente para ficar sobrecarregado às vezes. Mover-se taticamente e evitar zumbis também é uma estratégia essencial, o que faz Daymare fazer valer de sua descrição como um horror de sobrevivência, em vez de um título contendo hordas de zumbis. Existem também quebra-cabeças, a maioria deles diretos, sendo uns poucos óbvio e outros um pouco mais complicado.
Não se esqueça: como jogador, você tem um inventário limitado e deve fazer “malabarismos” com a munição.

Outra coisa interessante é que, além de correr, atirar e resolver puzzles, também está incluído um minijogo de hacking. Se você tiver reações rápidas, você ficará bem, pois basta parar o marcador do dispositivo no local correto. No entanto, uma falha quebra seu cabo de hack, e você perderá a chance de acessar alguns depósitos de munição. Não consegui encontrar muitos cabos de hackers e não havia uma quantidade grande de munições que podiam ser hackeadas, mas claro que ajudaram muito no decorrer da gameplay.
Mais adiante, é apresentado a você ‘um terminal’ que aparece em vários locais, o que permite que consiga colocar alguns itens de seu inventário. Há também uma guia para salvar (embora tenha a funcionalidade de salvamento automático) e também há uma guia de comércio, onde a intenção é trocar itens indesejados por outros bens que você possa precisar. A variedade de zumbis é razoável e esteticamente, existem diferenças, mas mais focadas nas vestimentas do que em suas faces, como já descrevi mais acima neste texto.
Você tem zumbis decididos a derrubá-lo, zumbis que atiram algum tipo de gosma tóxica verde e alguns tipos diferentes de zumbis “chefes”, sendo os mais assustadores.
Por fim, posso dizer que Daymare: 1998 é uma ótima homenagem aos games de terror, mesmo parecendo um pouco curto, mas quaisquer negativos que mencionei não afetam a diversão e a empolgação geral que esta produção traz. É um salto de terror bem feito, para um primeiro lançamento de um estúdio independente e se a Invader Studios continuar nesta rota, será sem dúvidas, um desenvolvedor a ser observado mais a frente. Se você já gostou de algum game de terror de sobrevivência e/ou procura um pouco da nostalgia dos anos 1990, você precisa jogar, mesmo tendo a sensação de ser um ambiente já familiar. Divirta-se!
Daymare: 1998 está disponível para Xbox One, PlayStation 4 e Windows.
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