Celebrado em todo o mundo com flores, abraços e gestos de carinho, o Dia das Mães é uma das datas mais emocionantes e significativas do calendário. Muito além de uma ocasião comercial, esse dia representa uma oportunidade de homenagear figuras fundamentais em nossa formação humana: as mães. Elas carregam histórias de força, renúncia, coragem e, acima de tudo, amor!
Mas você já se perguntou de onde vem essa celebração? Como surgiu o Dia das Mães e por que se tornou uma data tão importante no mundo inteiro? Este artigo convida você a conhecer a fascinante trajetória histórica dessa comemoração, seus significados sociais e culturais, e a refletir sobre a importância da maternidade, do cuidado e da memória. Afinal, homenagear as mães ou mamães é, em última instância, reconhecer o que há de mais humano e essencial em nós.
O Dia das Mães é uma lembrança viva de que todo começo tem um ventre, uma história e um gesto de amor incondicional.

As primeiras comemorações dedicadas à figura materna remontam às civilizações da Antiguidade. Na Grécia antiga, as festividades em honra à deusa Reia, mãe de todos os deuses do Olimpo, eram realizadas com rituais e oferendas. Na Roma antiga, celebrava-se Cibele, a “grande mãe”, considerada protetora das cidades e símbolo de fertilidade. Vamos “navegar” um pouco mais sobre a história?
Esses rituais não homenageavam mães humanas, mas a ideia da maternidade como um princípio da vida e da natureza. Ainda assim, criaram uma base simbólica poderosa que perduraria por séculos.
No início da era cristã, surgem os primeiros registros de celebrações ligadas à figura da “mãe espiritual”, especialmente à Virgem Maria, reforçando o valor da figura materna como exemplo de amor, sacrifício e virtude.
Na Idade Média, a noção de homenagear as mães ganhou um caráter mais religioso e espiritual, ainda distante da forma como a data é celebrada hoje. Foi somente a partir da Era Moderna que movimentos sociais passaram a defender a criação de uma data oficial dedicada às mães e não às deusas ou às figuras sagradas, mas às mulheres reais que desempenhavam esse papel essencial em suas famílias.

A origem do Dia das Mães como o conhecemos está intimamente ligada à norte-americana Anna Jarvis. Em 1905, após a morte de sua mãe, Ann Reeves Jarvis, uma ativista que organizava grupos de apoio a mães durante a Guerra Civil Americana. Com isso, Anna iniciou uma campanha para que houvesse uma data nacional em homenagem às mães vivas e falecidas. Você sabia disso?
Em 1908, Anna organizou a primeira celebração oficial do Dia das Mães na igreja metodista de Grafton, na Virgínia Ocidental. A ideia ganhou força e, em 1914, o presidente dos Estados Unidos, Woodrow Wilson, decretou o segundo domingo de maio como o Dia das Mães.
A proposta se espalhou por outros países, inclusive o Brasil, que adotou a mesma data a partir da década de 1930, por decreto do então presidente Getúlio Vargas.
Curiosamente, Anna Jarvis mais tarde se tornou uma crítica da própria comemoração que ajudou a fundar. Isso porque, segundo ela, a data havia se tornado excessivamente comercial, perdendo o sentido original de homenagem íntima e sincera. Apesar disso, sua luta consolidou um legado global: o de reconhecer, ao menos uma vez por ano, a importância das mães e o impacto na sociedade.

No Brasil, o Dia das Mães foi oficializado em 1932 e ganhou força nos meios religiosos, familiares e comerciais. Hoje, é a segunda data mais importante para o comércio, perdendo apenas para o Natal. Mas, mais do que presentes, o que move essa data é a emoção. Reuniões familiares, almoços especiais e homenagens diversas marcam o segundo domingo de maio em todo o território nacional.
No mundo, a data varia. No Reino Unido, por exemplo, celebra-se o “Mothering Sunday” no quarto domingo da Quaresma, enquanto países como México, Tailândia e Indonésia adotam outras datas ligadas à cultura local ou a aniversários de figuras nacionais.
Essa diversidade mostra como o conceito de maternidade é universal!
Com o tempo, o Dia das Mães passou a incluir diferentes configurações familiares: mães adotivas, avós que criam os netos, pais que assumem o papel materno, e outras formas de cuidado que desafiam os modelos tradicionais. Essa ampliação do conceito reflete a evolução das relações humanas e a necessidade de celebrar todos que exercem a função materna em suas múltiplas formas.

Embora seja celebrado em apenas um dia do ano, o espírito do Dia das Mães deveria nos inspirar o tempo todo. Ser mãe envolve uma entrega constante, uma presença afetiva que transcende palavras. Mães ensinam valores, acolhem medos, celebram conquistas e suportam dores com uma resiliência rara.
Mas reconhecer o valor das mães vai além da emoção: é também uma questão social. Valorizar a maternidade significa garantir direitos, segurança, saúde e respeito às mulheres que exercem esse papel. No Brasil e em muitos outros países, ainda há desafios imensos nesse campo, da mortalidade materna ao acesso a creches, do preconceito contra mães solo à desigualdade no mercado de trabalho.
Por isso, celebrar o Dia das Mães com profundidade é também um chamado à ação. É reconhecer, apoiar e proteger todas as formas de maternidade e cuidado. É garantir que mães tenham voz, visibilidade e condições dignas para exercer esse papel fundamental.
Cinco Curiosidades sobre o Dia das Mães
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Anna Jarvis foi presa em 1948 por protestar contra a comercialização do Dia das Mães durante um evento promocional de flores.
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A data é celebrada em mais de 40 países, mas nem todos seguem o segundo domingo de maio. Na Etiópia, por exemplo, o Dia das Mães faz parte de um festival tradicional de três dias.
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O Brasil é o país da América Latina que mais movimenta o comércio no Dia das Mães, com crescimento médio de vendas em torno de 5% a cada ano.
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Na Tailândia, o Dia das Mães é comemorado em 12 de agosto, em homenagem à rainha Sirikit, considerada a mãe da nação.
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“Mamãe” é uma das primeiras palavras faladas por bebês em várias línguas — em inglês (mommy), espanhol (mamá), italiano (mamma), francês (maman), e até em japonês (ママ, mama).

O Dia das Mães é uma celebração de raízes profundas, repleta de significados emocionais, históricos e culturais. De rituais da antiguidade a movimentos modernos por direitos e reconhecimento, essa data nos lembra da importância de homenagear quem nos deu a vida ou quem, com amor, nos criou e nos acolheu como filhos. Mais do que flores, presentes e almoços de domingo, o Dia das Mães é uma oportunidade de olhar com sensibilidade para o valor do cuidado, do afeto e da presença.
Que saibamos, portanto, honrar nossas mães todos os dias, com respeito, escuta, carinho e ações concretas. E que, ao celebrarmos esse dia, possamos também transformar a sociedade em um espaço mais acolhedor e justo para todas as formas de maternidade. Afinal, reconhecer o valor de quem nos deu o mundo é, também, uma forma de torná-lo melhor. Feliz Dia das Mães!
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