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Leitura Na Infância: Como Incentivar?

Leitura Na Infância: Como Incentivar?

Olá, Queridos Leitores …

Hoje vou falar um pouquinho sobre o maravilhoso hábito da leitura. Uma das coisas mais maravilhosas que aprendi, foi a desenvolver o gosto pela leitura desde muito pequena, hábito esse, que carrego comigo até hoje.

Ler é de fundamental importância para o ser humano. O hábito da leitura, se desenvolvido desde cedo e da maneira correta e ponderada, com certeza acompanhará o adolescente e adulto, para o resto da vida.

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Como muitos sabem, tenho dois filhos pequenos. Iniciaram na escola muito cedo: a Camila com 3 meses e o Pedro com 5 meses. Durante a vida escolar deles vi algumas coisas que achava verdadeiros absurdos, mas também aprendi outras coisas que foram verdadeiras lições. Via pais preocupados a ponto de se descabelarem porque o filho não sabia ler e não conseguiria vaga em determinada escola por isso. Leitores, estamos falando de crianças na faixa de 4 anos! E, se tem uma coisa que aprendi é que nada deve ser forçado e cada um tem seu tempo e suas limitações. Criança tem que brincar, pois só se é criança uma vez na vida! Claro que podemos associar a brincadeira ao aprendizado! Sem dúvida nenhuma! Mas, sem neura, né?

Tudo que estou falando para vocês aqui, apesar de ser formada em Letras e ter estudado vários educadores, não tem nada a ver com nenhum deles. É somente minha experiência como estudante que já fui e ainda sou, e como mãe. Acreditem ou não, aprendi a ler em casa com a minha mãe, com apenas 5 anos de idade, quase 6. Naquela época, estou falando da metade da década de 80, não existiam opções de escolinhas infantis, ou quando existiam eram muito poucas opções e eram muito caras. Existiam creches, isso sim, mas limitado para quem trabalhava fora, que não era o caso da minha mãe. Entrei na escola municipal, na pré-escola, com 6 anos de idade, alfabetizada. Como vocês podem ver, o hábito começou bem cedo rsrs.

Existem estudos que comprovam o por quê algumas crianças falam mais rápido que outras. E adivinha qual hábito está ligado a esse desenvolvimento? Pois é, o hábito da leitura. Não que seja somente esse hábito o responsável por isso. Mas, desempenha um grande papel no desenvolvimento da criança, enquanto bebê. Vocês podem se perguntar, como eu já me perguntei, qual o beneficio da leitura para seu bebê, uma vez que ele não vai entender nada do que você vai falar. Bem, você não esperou ele entender tudo que você diz para começar a falar com ele, esperou? Ou esperou ele saber brincar, para brincar com ele, não é? Assim é a leitura. É um hábito importante, principalmente quando for feito de maneira clara e em tom de voz alto. Porque, com certeza, a criança vai associar o som da voz à imagem que está na história, seja ela um objeto, um ser, um número, uma cor e assim por diante.

Meus pais sempre incentivaram. Somos 4 irmãos e, eu e dois dos meus irmãos, entramos na escola alfabetizados. Sempre que possível, meu pai trazia alguma revista ou livro. Tínhamos longas enciclopédias em casa e me lembro que eu adorava ler. Alguns livros se perderam com o tempo, com mudanças de residências e outros, ficaram conosco por muito tempo. Recentemente, mudei de residência e encontrei um livro que tem, pelo menos uns 25 anos. O livro é uma graça. Tem vários pop-ups. Olhem só que fofo:

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Mas, onde quero chegar?

Gostar de ler é uma questão de hábito!

Assim como se alimentar bem, assim como ter hábitos de higiene, assim como dormir, levantar cedo, assistir filmes, praticar esportes, e entre outras coisas …

No que diz respeito à leitura, não se restringe somente a livros. Ler aguça a imaginação, desenvolve raciocínio e capacidade de perspectivas diferentes perante o mundo que se apresenta ao ser humano. Leitura pode ser uma propaganda, uma manchete, um jornal, uma revista, uma placa de rua, um outdoor e, indo um pouco mais além, sinais, gestos e expressões. Mas, para que esse hábito se torne um companheiro fiel é preciso respeitar os limites de quem está aprendendo. E também não podemos esquecer que, devido à situações socioeconômicas enfrentadas pelos cidadãos, em alguns casos não é possível manter esse hábito.

Pensando nisso, há algum tempo atrás, nasceu um projeto no Rio de Janeiro, cuja ideia vinha de um projeto americano: o “Book Crossing”. A ideia era deixar um livro em qualquer lugar público: uma praça, um banco, um café, um cinema, etc. Qualquer um pode pegar esse exemplar, ler e depois passar adiante. Assim, o livro estaria sempre percorrendo um caminho diferente. Porém, esses livros acabavam passando apenas por regiões mais nobres e as regiões mais carentes acabavam não tendo acesso. Então, um grupo de cariocas resolveu ampliar um pouco esse projeto para lugares carentes. Eles não só deixavam livros em lugares públicos, mas também criaram as “bibliotecas da liberdade” nesses lugares carentes. Qualquer pessoa podia pegar o livro, sem apresentar documento nenhum e nem precisar devolver. O único compromisso seria o de passar o livro adiante, após a leitura. Os livros, recolhidos através de doação, foram distribuídos em várias cidade como Duque de Caxias, Anchieta, Pavuna, Copacabana, entre muitas outras.

Existem muitos movimentos que trabalham o incentivo à leitura. Existe um movimento chamado “Baú da Leitura”, patrocinado pela UNICEF que tem como objetivo não só a leitura, mas combater o trabalho infantil nas regiões muito pobres do Nordeste. A leitura é feita não só através de livros, mas de maneira lúdica, valorizando o conhecimento popular e a literatura local, visando atingir também os pais ou responsáveis pela criança.

Um projeto da rede Ciranda, na cidade de Porto Alegre, desenvolveu um trabalho, em 2014, onde as crianças levavam um livro pra casa toda semana e devolvia na semana seguinte. Algumas crianças, passaram a ler livros que tinham em casa mesmo. O retorno foi tão positivo que a escola passou a desenvolver livros com os alunos e até conseguiram um espaço na feira do livro de Porto Alegre, para que as crianças autografassem seus próprios livros. Muito show!

Eu, particularmente, gosto muito de um projeto desenvolvido pela Fundação Itaú Social, chamado “Leia para uma criança”. Participo dele há 4 anos e acho muito interessante. O projeto consiste na doação de dois livros por ano, elaborados por colaboradores e, para adquiri-los, basta você entrar no site do Banco Itaú e solicitar sua coleção. Não é necessário ser correntista. O objetivo do projeto, além da leitura, é proporcionar melhoria na questão educacional da criança não só na escola, mas em casa, com familiares e com pessoas que a cercam em seu dia-a-dia. A leitura, para eles, facilita o aprendizado não só da escola, mas da vida.

Durante a vida escolar dos meus filhos, eles passaram por duas escolas. Ambas desenvolveram e ainda desenvolvem um trabalho muito interessante com relação à leitura. Na primeira escola, as crianças escolhiam uma história tradicional e reescreviam essa história, com a visão de mundo que elas mesmas tinham. Imaginem a história da Chapeuzinho Vermelho, com a vovozinha super independente, trabalhando fora? Era bem assim! E resultou em trabalhos surpreendentes! A segunda e atual escola, trabalha fichas de leitura, onde os alunos semanalmente, ilustram a história lida, mas os livros são escolhidos por eles mesmos. Então, o trabalho é desenvolvido sem pressão! Lembrem-se:

A leitura é importante, mas não deve ser forçada! Aguce a curiosidade e teremos verdadeiros jovens e adultos leitores!

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Até a próxima!

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Paula Souza

É Editora e Autora do UniversoNERD.Net, Professora de Língua Portuguesa e Inglesa, amante de leitura e Literatura, além de gamer nas horas vagas.

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