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Você Conhece A Origem Dos Sobrenomes?

Você Conhece A Origem Dos Sobrenomes?

Olá, Queridos leitores. Hoje quero contar um pouquinho para vocês sobre a história dos sobrenomes. Isso mesmo! Porque foram criados e quando começaram a ser usados. Você já parou para pensar na quantidade de nomes iguais que temos no mundo? O que diferencia os Paulos, Pedros e Marias?

Não são só características físicas, que são únicas de cada um. Existe uma história por trás de cada ascendência e é isso que vamos ver. Prontos?

O que são sobrenomes?

Sobrenome ou nome de família é a porção do nome do indivíduo que está relacionada com sua ascendência. Está ligado com o estudo genealógico. Na maioria das línguas que são de origem indo-europeias, o prenome precede o sobrenome e é usado para designar as pessoas. Em outras culturas, por exemplo, os húngaros, chineses, vietnamitas, japonês, o sobrenome precede o prenome da ordem do nome completo.

Na maioria das culturas, no mundo, as pessoas possuem apenas um sobrenome, na maioria das vezes herdado do pai. Em algumas culturas, porém, geralmente de origem anglo-saxã, existe um nome do meio, normalmente herdado da mãe. Já na cultura Hispânica e na Lusófona, os sobrenomes podem vir de ambos progenitores, porém, respeitando uma ordem específica. Na Hispânica, o paterno precede o materno e na Lusófona, ao contrário. Na Hispânica, o número máximo de sobrenomes é de dois e na Lusófona, de quatro. Já no Brasil e no restante dos países onde predomina a língua portuguesa, não existe limitação.

Na Espanha era obrigatório a mulher adotar o sobrenome do marido ao se casar, porém, hoje essa prática não é obrigatória mais.

Aliás, nem aqui no Brasil é obrigatório mais. Desde o Código Civil de 2002, essa prática não é mais obrigatória. Existem alguns casos em que até o homem adota o sobrenome da mulher, mas ainda não é uma prática muito comum. A prática mais comum que temos visto são ambos manterem os sobrenomes de solteiros, até por uma questão burocrática, com relação aos diversos documentos pessoais.

Em Portugal, porém, é obrigatório quando há o nascimento de um filho, colocar-se o sobrenome do pai na criança, podendo ser até mesmo o sobrenome dos avós paternos. Os demais sobrenomes podem ser tanto paternos quanto maternos, mas são facultativos. Já na questão de matrimônio, deixou de ser obrigatório a adoção do nome do marido ou da esposa, podendo manter os nomes de solteiros. Porém, até um tempo atrás, a mulher adotar o sobrenome do marido tinha um peso a mais, principalmente na vida profissional.

Na verdade, os sobrenomes foram atribuídos com o passar dos anos para designar qual era atividade a qual determinada família exercia. Depois, as igrejas passaram a utilizar os sobrenomes para os registros batismais, ou seja, era obrigatório um nome de família, ou de algum santo(a). Quando a pessoa não apresentava um nome de família ou algo do tipo, era utilizado “da Silva”.

Veja abaixo, os nomes mais comuns ao redor do mundo:

Sobrenomes por região.

Porém, os nomes começaram a se repetir e grandes confusões se formaram: na época da Inquisição, por exemplo, às vezes, o inquisitor tinha o mesmo nome da vítima julgada e condenada, mas não estabelecia nenhuma relação de parentesco entre eles. Depois, com a chegada dos alemãs, muitas pessoas eram confundidas por terem o mesmo sobrenome. Passou-se, então, a utilizar outras técnicas, como por exemplo, identificar no sobrenome o ramo em que a família trabalhava. Por exemplo, o sobrenome Macieira, identificava que aquela família plantava e comercializava maçãs e assim por diante.

Um outro método de identificação foi pelo lugar de origem. Por exemplo, Heron de Alexandria. Ou ainda, identificava-se a pessoa com o sufixo son: Stevenson, filho de Steven.

Claro que com o passar do tempo e com o repasse de terras hereditariamente, os sobrenomes também se tornaram hereditários. Por isso, a nobreza e o clero forma os primeiros segmentos a usarem sobrenomes, enquanto as classes baixas eram chamadas apenas pelo primeiro nome.

Os Patronímicos

O Patronímico é um nome de família ou apelido. Vem do grego πατρωνυμικός, πατήρ “pai” e ὄνομα, “nome”. Esse nome vem do pai ou de um ascendente masculino, como vocês puderam ver na origem da palavra.

O uso do patronímico foi adotado para distinguir os indivíduos dentro de um determinado grupo, no qual havia várias pessoas com o mesmo nome. Por exemplo: José o filho de João, Antônio o filho de André, entre outros.

Com o tempo, encurtou-se esses nomes: José de João, Antônio de André. Desta forma, explicamos os inúmeros sobrenomes, cuja origem imediata é um prenome. Exemplo: Fernandes (filho de Fernão/Fernando), Rodrigues (Filho de Rui/Rodrigo) e assim por diante.

Um pouco de História

Na Idade Média, em  Castela,  Leão, Navarra e Portugal, era muito comum adicionar -ez ou -es ao sobrenome. Por exemplo: Se o Martin tinha um filho chamado André, o filho seria chamado de André Martinez. Entenderam? André, filho de Martin.

A origem desses sufixos -ez ou -es é incerta. Alguns estudiosos atribuem ao genitivo -is do latim, que indica possessão. Exemplo: “filius Cæsaris”, filho de César. Porém, essa explicação não justifica os patronímicos encontrados em Ferraz e Munhoz, por exemplo.

Veja abaixo a lista de alguns patronímicos ibéricos:

Existem ainda, os patronímicos italianos, cujos sobrenomes assumem várias formas, de acordo com a região da Itália em que esse sobrenome tem origem. O mais comum é o sufixo -i. Como no saco dos sobrenomes: Lorenzi (filho de Lorenzo), Giuliani (filho de Giuliano), Paoli (filho de Paolo) e assim por diante.

Na Rússia, Ucrânia e na Bielorússia, por exemplo, essa questão do sobrenome já não é tão fácil. Entre o nome próprio e o da família, usa-se um patronímico, geralmente uma forma arcaica do genitivo do nome do pai. Por exemplo: Лариса Константиновна Кузнецова (Larissa Constantinovna Kuznietchova) e Борис Константинович Кузнецов (Bóris Constantinovitch Kuznietchov), filhos de Константин Fulanович Кузнецов (Constantin Fuloanovitch Kuznietchov). Perceberam? Para mulheres, usa-se ovna e para homens, -vitch).

Aqui no Brasil

Segundo pesquisas desenvolvidas pelo IPEA, em 2016, a grande maioria dos sobrenomes brasileiros são de origem ibérica, sendo que somente 18% da população possuem sobrenomes com outras origens. Com exceção de grande parte do Sul do Brasil, Oeste Paulista e das serras do Espírito Santo, os quais receberam muitos imigrantes não ibéricos, os demais locais possuem os sobrenomes dessa origem.

Entretanto, o estudo mostrou que isso não quer dizer que os sobrenomes utilizados indicam a ancestralidade ou a genealogia. Existem outros fatores, aqui no Brasil, que “atrapalharam” um pouco essa linha de pensamento, como a vinda de africanos que adotaram nomes e sobrenomes portugueses e também dos índios que já estavam aqui e foram catequizados, adotando também, nomes e sobrenomes portugueses.

Espero que tenham gostado! Até a próxima!

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Paula Souza

É Editora e Autora do UniversoNERD.Net, Professora de Língua Portuguesa e Inglesa, amante de leitura e Literatura, além de gamer nas horas vagas.

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