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Complementos a Preços de Jogos Novos

Complementos a Preços de Jogos Novos

Saudações, meus caros nerds gamemaníacos de plantão! Tudo bom convosco? Em tempos de moeda intencionalmente desvalorizada (em relação ao dólar) e preços dos produtos da cesta básica nas alturas, para a maior parte dos brasileiros, o gasto de dinheiro deve ser muito bem pensado. Entre comprar mistura e pão por alguns dias ou um jogo Triple-A recém-lançado, só os mais inconsequentes e ignorantes acerca da Pirâmide Maslow comprariam o game sem ponderar muito! É só dar uma olhada rápida nos sites oficiais de pesquisa e estatística que ficará muito claro: atualmente, 90% dos brasileiros sobrevivem com uma renda média per capta que varia de R$900 a R$1800. Vai me dizer que pagar R$299 num EA Sports FC 25 da vida não fará bastante falta no final do mês?!

Se essa lógica já é ruim para um jogo completo, imagine, então, para “pedaços” de jogos! A atual indústria gamer vem investindo pesado na produção de conteúdo complementar para jogos já existentes, tais como pacotes de dlc’s, expansões ou novos personagens para jogos de luta, FPS, MOBA, entre outros. Tudo bem que isso sempre existiu, porém, as empresas perceberam que – dado a tendência do mercado – podem cobrar valores de jogos inteiros por eles! O exemplo mais recente e que motivou a escrita deste texto foi o lançamento do Conan para o Mortal Kombat 1, acontecido agora, no final de janeiro.

Com um trailer desses, qualquer pessoa que tenha o jogo ficará louco para jogar com o Conan, que, diga-se de passagem, ficou perfeito em termos visuais. Entretanto, será que compensa pagar R$229,90 para ter acesso a ele? Esse é o valor do pacote que possibilitará que você, afortunado nerd, possa ter o prazer de controlar o boneco do bárbaro e mais outros cinco que não vieram com o jogo base. Por essa exata quantia, dá para obter o game Elder Ring ou o Black Myth: Wukong inteiros, como exemplos rápidos de uma busca descompromissada pela Steam!

Outra expansão que chamou bastante a atenção pelo seu alto custo foi a Vessel of Hatred, de Diablo 4. Lançado em outubro do ano passado, esse complemento trouxe, de fato, apenas o natispírito (uma nova classe) e um novo continente (mapa) como conteúdos extras. Todas as novas mecânicas de endgame, habilidades e mudanças na progressão prometidas, eram atreladas ao jogo base. Para se ter esse novo boneco – desde que você já tivesse o Diablo 4 – seria necessário desembolsar, na época, R$179,90, R$279,90 ou R$399,90 “apenas”.

No meu ponto de vista, o único jeito de dar uma freada nessa tendência passa pela conscientização e consequente “boicote” do público gamer. Enquanto as vendas para esse tipo de produto forem satisfatórias, as desenvolvedoras continuarão a nos empurrar isso goela abaixo! Para que tanto esforço em desenvolver jogos novos e minimamente originais se, por valores similares, eles conseguem abastecer o mercado com remakes, remasters, expansões e dlc’s?

No caso de conteúdos complementares, a “armadilha” é tão cruel que você paga “barato” pelo jogo base, mas, se quiser realmente se divertir, terá que gastar uma fortuna com dlc’s. Como último exemplo ilustrativo, vejam a figura acima, referente ao jogo Train Simulator Classic 2024. Atualmente, o jogo base custa R$88,90. Todavia, para jogá-lo de modo integral, terá que comprar “tão e somente” 765 dlc’s que, totalizadas, passam de R$12 mil, sendo que várias delas custam mais que o próprio jogo. Sinto muito, mas, para mim, isso não faz sentido!

Enfim, o aviso foi dado. Tomemos tenência e não deixemos que o mercado se sinta confortável com essa situação. Sei que às vezes é difícil segurar a ansiedade para jogar um conteúdo novo de um game que a gente gosta muito. Quantas vezes não ignorei o preço abusivo estampado ali na minha cara porque em “X vezes no cartão não fica tão pesado assim…” o problema é que as desenvolvedoras sabem disso! Contam, e muito, com a nossa paixão e esse respectivo comportamento. Se dermos mais ouvido à voz da razão, esse cenário pode começar a mudar.

Abraços e até breve.

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Lukas Melo

É Editor e Autor do UniversoNERD.Net. Profissional da área de EaD, aficionado por RPG, hardware e cinema. Porém, não nega outras nerdices.

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