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Alegoria Da Caverna: Rompendo As Barreiras Do Mundo Sensível

Alegoria Da Caverna: Rompendo As Barreiras Do Mundo Sensível

Olá, Queridos leitores!

Hoje estou aqui para falar um pouquinho para vocês sobre um tema que vi, quando estava na faculdade, cursando Letras. Naquela época, estou falando do final dos anos 1990, tinha a matéria Filosofia, durante o primeiro ano inteiro. Eu, particularmente, sou apaixonada por essa matéria, mas sou suspeita rsrsrsrs. Mas, só para não matar vocês de curiosidade, o tema que estarei abordando faz parte da obra A República, livro VII, e chama-se Alegoria da Caverna.  Só para esclarecer, não tratarei de nada que refira-se à política, pois esse não é meu foco aqui, ok? Somente a parte psicológica e educacional da nossa natureza humana.

Vamos lá?

Para quem nunca leu a obra, trata-se de como podemos nos libertar da escuridão, através da luz do conhecimento. Ou seja, como podemos sair do estado de inércia, da acomodação perante ao que nos é ensinado, através da busca de conhecimento e da essência de tudo que nos cerca no mundo, até mesmo no universo. Como enxergamos o mundo à nossa volta, sem nos prendermos ao que nos é ensinado como certo e errado e sem fazer “falsos julgamentos”.

O que é certo para mim, pode não ser para você e vice-versa!

O relato da obra é de que, no interior da caverna, existem pessoas que nasceram e cresceram ali. Ficam de costas para a entrada, acorrentadas, sem poder mover-se, forçadas a olhar somente a parede do fundo da caverna, sem poder ver uns aos outros ou a si próprias, devido à escuridão. Atrás desses “prisioneiros” existe uma fogueira, separada deles por uma parede baixa e, atrás dessa fogueira passam pessoas carregando objetos que representam homens ou qualquer outro ser vivente. Na parede são projetadas sombras de modo que só apareçam os objetos e não as pessoas que os carregam.  Os prisioneiros não podem ver o que acontece atrás deles; somente enxergam os objetos e ouvem sons. Associam os sons às sombras dos objetos e acreditam que sejam suas falas. Dessa forma, os prisioneiros julgam que tudo isso seja realidade.

Imagina agora que um desses prisioneiros possa se libertar dessas correntes e observar o fogo e os objetos que faziam sombra, tendo uma outra perspectiva de realidade e adquirindo um conhecimento totalmente novo. Notem que, apesar de prisioneiro, ele estaria na sua “zona de conforto”, do que ele conhece como seguro. A luz iria ferir seus olhos, porque já estava acostumado à escuridão. Os objetos e sons, que para ele eram reais, já não são mais. Em um primeiro momento ele se assustaria e tentaria voltar para a caverna, porque é a única imagem de segurança que acredita.

Na maioria das vezes, estamos tão acostumados à zona de conforto, que o conhecimento novo assusta!

E notem agora … se esse indivíduo, no seu retorno à caverna, tentar contar aos outros prisioneiros o que ele viu, provavelmente iria ser julgado como “louco”. Um outro detalhe: ele conheceu a “luz”, então, a escuridão o cegaria, como nunca havia acontecido com ele antes, porque simplesmente vivia na escuridão. Qual a conclusão que os outros prisioneiros chegariam? Sair da caverna havia feito mal para esse prisioneiro e, com certeza, matariam até, quem os tentasse tirar de lá.

Platão nessa obra buscava, assim como Sócrates e incentivado por ele, a essência das coisas além do mundo sensível. O personagem da caverna, assim como aconteceu com Sócrates, correria o risco de ser morto, por tentar provar que a realidade que nos é ensinada como certa ou errada, muitas vezes é turva e pode se transformar com o passar do tempo, com o conhecimento adquirido por nós, seres humanos.

Somos ensinados desde cedo que o mundo é de uma forma, atrelado à crenças e conceitos, ideias que nem sempre estão certas, dependendo da sua perspectiva de mundo. Muitas vezes, por causa desse aprendizado, nos acomodamos diante de várias situações, que podem durar por anos e até mesmo décadas. Algumas pessoas podem ter o privilégio de enxergar isso cedo, outras enxergarão mais tarde e, algumas, infelizmente, ficarão acomodadas a vida inteira.

A busca pelo conhecimento, e não estou falando somente de estudos e livros, mas pelo conhecimento de vida, de mundo, tem que ser um hábito presente na vida de todos. O que realmente é essencial prá você? O que te faz bem? E, acredite, conhecimento é uma fonte inesgotável …. Basta buscar, para não enxergar o mundo de maneira turva e pré-fabricada na mente do ser humano.

Para mim, como ser humano, mãe, educadora e cidadã que faz parte de uma sociedade, acredito que a principal mensagem dessa obra é simplesmente: Não se acomode … Vá, busque conhecer o mundo em que vive! Questione! Não se prenda somente ao que é ensinado mas, tente entender a essência de tudo que o cerca. Evolua! Romper as barreiras construídas ao nosso redor é fundamental para evoluir a mente humana!

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Paula Souza

É Editora e Autora do UniversoNERD.Net, Professora de Língua Portuguesa e Inglesa, amante de leitura e Literatura, além de gamer nas horas vagas.

2 Comments

  1. Esse artigo é essencial para o que estou vivendo no momento, pois, pois dexixei minha ccic
    cidade natal ainda muito jovem, (com 14 anos de idade) à procura de coisas novas na
    capital mineira (BH) e posteriormente (sp). A consequência disso foi que conheci coisas que
    meus amigos de infãncia que cresceram comigo não obtiveram os mesmos conhecimentos que
    eu obtive, e, como preço a pagar, estou pagando o por não falar as mesmas linguagens que eles falam e sou tido como,”metido ou louco” por eles.
    OBS.: se eu não tivesse deixado o mundo das sombras que vivíamos em comunidade e não tivesse procurado uma nova luz ou um novo mundo, certamente estaria vivendo as mesmas coisas e culturas que eles vivem até o dia de hoje.

      • Paula Souza
      • 4 de fevereiro de 2017

      Olá, José! Que bom que se identificou com o texto. A ideia é justamente essa: levar os leitores, como você, à uma reflexão! Obrigada pela participação! Abs!

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