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State of Decay 2: Minhas Primeiras Impressões

State of Decay 2: Minhas Primeiras Impressões

Exclusivo das plataformas Microsoft, State of Decay 2, lançado no último dia 18 de maio (para quem adquiriu a versão de pré-venda e denominada de Edição Suprema), desdobra a experiência de seu predecessor State of Decay, de 2013. Dessa vez, a desenvolvedora norte-americana Undead Labs introduziu, entre outras novidades, a possibilidade da jogatina co-op com até 4 players, sendo este o elemento que mais atraiu a atenção dos jogadores do primeiro game e daqueles que estão debutando no segundo jogo, como é o meu caso.

O game nos leva a um mundo pós-apocalíptico tomado por zumbis, tema este tornado clichê no cinema, séries de TV e games, onde o elemento ressaltado é a sobrevivência. Aliás, uma boa definição para esse jogo seria dizer que ele é um simulador de sobrevivência, assim como já se definia o primeiro State of Decay. De fato, o jogo proporciona uma experiência razoavelmente realista de como seria o cotidiano de sobreviventes em um mundo tomado por zumbis. A busca incessante pelos recursos básicos para a manutenção da vida, tais como alimentos, armas e remédios; a necessidade de encontrar e organizar uma moradia (base) segura; a possibilidade de restabelecer a infraestrutura para abrigar uma coletividade em meio aos destroços de uma civilização; são os enredos replicados a cada sessão do jogo.

Logo no começo do game, ele se apresenta como um tanto burocrático. Embora exista uma espécie de tutorial, este não é suficiente para que você se familiarize com os comandos, seja do personagem que você controla, seja das instalações de sua “base”. Há aqui, sem dúvida, a necessidade de se ter um bom tanto de paciência para a leitura das instruções e descrições das funções de cada instalação e itens encontrados. Dessa forma, não recomendo que você jogue o co-op logo quando essa possibilidade é desbloqueada, já que você ficará um tanto confuso com tantas informações para administrar. Creio que depois de umas duas horas, você estará mais apto para receber alguém em sua partida ou participar da partida outra pessoa.

Em um segundo momento, você percebe que há missões de sobrevivência prioritárias a serem realizadas para que se estabeleça um equilíbrio em sua base. É a partir daí que o jogo começa a proporcionar uma experiência bastante imersiva, em função do realismo com a qual as atividades se desdobram. É aqui que você também percebe que há que se ter uma preocupação com cada membro que forma sua coletividade, para que vocês se fortaleçam enquanto grupo, com possibilidades de crescimento tanto da infraestrutura de sua base quanto do número de agregados. Nessa altura, você já se sente protagonizando um episódio de “The Walking Dead”.

Conforme os recursos nas proximidades de sua base vão sendo esgotados, você será obrigado a planejar excursões mais distantes e arriscadas para suprir as necessidades do seu grupo. Depois de um tempo, o estabelecimento de postos avançados facilitará esse trabalho de coleta de recursos. Mais adiante, você será obrigado a construir uma base maior, abandonando o local original. Eu acredito que o co-op passa ser bastante compensador quando você sente que a dificuldade começa a aumentar, seja com relação a ameaça oferecida pelos zumbis, seja pela dificuldade de coleta de quantidades mais elevadas de recursos. Para além, a troca de informações entre os jogadores é fundamental para um desenvolvimento mais rápido dos aspectos evolutivos, seja da base, seja das habilidades dos personagens e de sua coletividade.

A experiência co-op é bastante recompensadora, mas dependendo de quem for seus companheiros de jogo, isso pode atrapalhar a imersão ou organização das atividades. O grupo de players deve aceitar a condução de um líder (o dono do mundo para o qual você foi convidado), não sendo adequado que cada jogador tome uma iniciativa diferente. Você poderá adentrar a partida de alguém ou alguém poderá adentrar em sua partida, ou seja, há aqui, de fato, uma cooperação no “mundo” do outro jogador e não um compartilhamento do mesmo “mundo”. Cada jogador construirá sua própria base e terá uma evolução própria, não havendo, infelizmente, a possibilidade de construção conjunta de uma mesma base.

Entretanto, ainda assim o co-op com as pessoas certas será bem legal!

A versão de pré-venda denuncia a urgência de atualizações de correções de bugs nos modos single-player e multiplayer, o que é um fato muito triste para um jogo que teve tanto tempo de desenvolvimento desde o seu anúncio. Em alguns momentos, esses bugs podem realmente atrapalhar a experiência. Os gráficos de State of Decay 2 não deixam a desejar para um game de médio orçamento de mundo aberto relativamente pequeno, lembrando bastante os mapas de PUBG. A jogabilidade poderia ser bem mais fluída, sobretudo no que toca ao combate com os zumbis, sendo bastante comum que seu personagem enrosque em outros players, em NPCs ou em móveis no interior das edificações. As animações de combate e finalizações também poderiam ter recebido um capricho maior. A movimentação dos personagens também poderia ser mais plástica e não tão “saltitante”. Ainda que haja muitas oportunidades de melhorias técnicas nesse jogo, ele não deixa de ser bastante atraente, sendo capaz de fazer valer a grana nele gasta.

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Fábio Pires Gavião

É Autor/Colaborador do UniversoNERD.Net. Professor de História e gamer na plataforma Xbox One nas horas vagas. GT: Gavian Gamer.

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