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Star Wars Jedi: Fallen Order – Uma Experiência Pessoal

Star Wars Jedi: Fallen Order – Uma Experiência Pessoal

Eu tive a oportunidade de jogar esse game na data de seu lançamento, 15 de novembro, feriadão. No momento que escrevo, dia 22, depois de 8 dias jogando, finalizei em 43 horas degustadas sem pressa, fazendo 100% de todos os planetas. Ficou aquela sensação de vazio do tipo: qual a razão da existência agora que o game acabou? Pois é, são raras as pessoas que conseguem se conectar dessa forma a um jogo e são raros os jogos que são propícios para que isso ocorra. Pode-se dizer com muita segurança que este game está entre os jogos obrigatórios de 2019, juntamente com Gears 5. 

Mas não se preocupem, pois trago para vocês este artigo sem spoilers.

O trabalho primoroso da Respawn Entertainment resultou em um fantástico jogo de Ação e Aventura, com elementos de RPG, em mundo semi-aberto, em uma ambientação gráfica absurdamente linda. É possível identificar diversas influências e apropriações de outros jogos, tudo combinado de forma a conferir a Fallen Order uma personalidade própria.

Um jogo de plataforma e puzzles

Figura 1 editada 1024x576 - Star Wars Jedi: Fallen Order - Uma Experiência Pessoal
Figura 2 editada 1024x576 - Star Wars Jedi: Fallen Order - Uma Experiência Pessoal

Inspirado nos melhores títulos do gênero, tais como a trilogia Tomb Raider (2013, 2015 e 2018) da Square Enix, ou Ori and The Blind Forest (2015), da Moon Studios, Fallen Order tem a personalidade própria da franquia Star Wars, isto é, a centralidade da jogabilidade em terceira pessoa, onde controlamos um Jedi usando seu sabre de luz e as habilidades da Força. É só isso que esperamos de um jogo de Star Wars, não me venham com mais um FPS de tirinhos de blaster.

Quem nasce para Jedi nunca será um stormtropper!

Os desenvolvedores da Respawn também souberam utilizar a famosa corrida na parede, marca registrada em Titanfall (2014), emprestando uma fluidez muito agradável à gameplay.

Outro elemento que chama a atenção é a verticalidade do mapa, com até 4 patamares que se conectam por cordas, tirolesas, superfícies de escalada, elevadores ou “tobogãs” de deslizamento. A exploração permite a descoberta de diferentes possibilidades de conexão e atalhos. Há também, como é bastante comum em Ori and The Blind Forest, o desbloqueio de novas áreas e itens do mapa de acordo com a obtenção de novas habilidades, o que lhe motiva a parar de realizar os objetivos da narrativa e voltar aos planetas anteriores para explorar as áreas agora acessíveis.

Bastante coerente com o universo ficcional de Star Wars, o mapa holográfico, por ser pouco comum, causou estranhamento no início, mas depois de acostumar com a forma de visualização, você percebe que de fato, outro modo de representação do mapa não seria tão eficiente para se localizar as conexões existentes entre os patamares.

Figura 3 - Star Wars Jedi: Fallen Order - Uma Experiência Pessoal

Algumas seções entre os mapas e as tumbas apresentam os tradicionais puzzles, que de maneira geral têm um nível de complexidade mediano, menos trabalhosos se comparados com a trilogia Tomb Raider, mas ainda assim, muito bem realizados, exigindo a combinação de observação, destreza e uso da Força.

Carl Kestis e BD-1

Como estamos falando do universo de Star Wars, os androides humanizados são sempre um show à parte. C3po, R2D2 e D.O são ícones da franquia, propiciando elementos cômicos na narrativa. Em Fallen Order, a relação do protagonista Carl Kestis e BD-1 tem efeito mais dramático na narrativa. Sua animação e tamanho lembram mais um macaquinho, com o qual sentimos uma interação permanente e em pouco tempo passamos a adorar esse simpático robozinho!

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Ele tem algumas funcionalidades desbloqueáveis, as quais permitem acessar determinados locais, a exemplo de hackear portas e outros droids hostis, acionar dispositivos e armazenar os estimulantes (curas). Ele também tem certa autonomia no cenário para localizar e escanear itens de expansão das informações, cuja leitura oferece maior aprofundamento do contexto do jogo.

Portanto, não saia correndo feito louco e escute BD-1, você pode estar deixando algo importante passar despercebido.

Embora Fallen Order fuja desse modelo de jogos com ênfase narrativa que querem oferecer ao mercado de jogadores casuais, a trama é suficientemente envolvente e bem dosada para uma identificação carismática com o protagonista. Logo nos afeiçoamos aos companheiros de jornada na nave Mantis, a Jedi Cere Junda e piloto Greez Dritus. As cinemáticas são muito bem-feitas utilizando o auge das tecnologias disponíveis hoje. A dublagem em PT-BR também é de altíssimo nível, prestigiando o consumidor brasileiro.                                            

Exploração e Coletáveis

Normalmente, fãs desse gênero de jogos gostam muito dos coletáveis, que são uma forma de estimular o jogador a explorar a totalidade dos mapas. Aqueles que gostam de outros tipos de jogos, costumam dizer que os coletáveis servem para “encher linguiça”, uma forma de tentar aumentar o tempo de jogo e esconder de alguma forma uma falta de “conteúdo”. É possível que em alguns jogos isso seja verdade, mas não é o caso de Fallen Order, pois a exploração lhe permite enfrentar uma série de sub-chefes, encontrar ecos (acesso a memórias de outras pessoas), o que é uma habilidade Jedi de Carl, que lhe conferem XP e pontos de habilidade, necessários para progredir. Há também um boa quantidade de baús de itens cosméticos para você personalizar a roupa de Carl, a pintura do BD-1, a nave Mantis e as partes e cores do sabre de luz.

Figura 5 1024x576 - Star Wars Jedi: Fallen Order - Uma Experiência Pessoal

Combate de Sabre, Habilidades e a Força

As escolhas da mecânica de combate ficaram em algum lugar no meio da inspiração em The Witcher 3 e o que tem sido chamado de estilo Souls like, motivo da fama da Fromsoft. Temos a opção da trava de mira, mas não temos um alto custo de estamina para bloquear e golpear, o que forçaria a cadência de combate de Dark Souls, mas também não há um sistema de quebra de postura como em Sekiro. De forma geral a agilidade de Carl com o sabre lembra mais os combates de Geralt de Rívia. A comparação com Sekiro é limitada pela ausência de furtividade, o que limita também à comparação com Assasins Creed. O máximo que temos de furtividade é um ataque aéreo.

Carl não usa uma arma de tiro, conta apenas com seu sabre, que poderá ser duplo e depois dividido em dois em um golpe especial. Temos o golpe rápido e o golpe pesado, mas este último tem custo na barra da Força, que é recarregada com os acertos de golpe rápidos ou utilizando o estimulante do BD-1. Existe uma árvore de habilidades que desbloqueia golpes especiais com o sabre e golpes específicos usando a Força. Logo, é possível fazer uma combinação de golpes de sabre e o uso da Força. Mais uma vez, Fallen Order lembra Geralt de Rívia, que combina a espada com os sinais de magia.

A árvore de habilidades é dividida em 3 seções: Força, Sabre de Luz e sobrevivência. É necessário maximizar o ganho de XP para poder completá-la, o que lhe permitirá explorar diferentes combinações e sequências cinematográficas de combate.

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Gráficos e Dificuldade

Graficamente, o jogo está deslumbrante, com bastante variedade de cenários, 5 planetas com fauna, flora e inimigos diferentes, além das variações de tonalidades cromáticas predominantes, ideia que também encontramos em Gears 5. Tecnicamente, o gráfico conta com realismo em linha com estes últimos jogos AAA da geração, sendo a identidade visual extremamente fiel ao universo de Star Wars.

O jogo conta com 4 níveis de dificuldade, podendo ser considerado acessível, com alguns boss fights mais difíceis. A inteligência artificial dos inimigos não é um ponto alto do jogo. Para ser percebido, você realmente precisa se aproximar bastante, há mais perigo quando eles são numerosos. Há boa variedade de inimigos e cada tipo requer o uso de determinadas estratégias para que seja mais fácil sua eliminação. Normalmente, você pode fugir ou evitar o combate, o que lhe permite escolher exatamente em qual momento você quer ou não lutar.

Síntese

Como já adiantei no inicio do texto, Star Wars Jedi Fallen Order é um jogo obrigatório de 2019. Pode ser considerado a obra prima da Respawn até o momento. Creio que eles estejam prontos para se aprofundar na arte que já demostram dominar e nos trazer um breve, quem sabe, uma sequência de Star Wars ou uma nova franquia dento do gênero RPG em mundo aberto.

Figura 7 1024x576 - Star Wars Jedi: Fallen Order - Uma Experiência Pessoal

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Fábio Pires Gavião

É Autor/Colaborador do UniversoNERD.Net. Professor de História e gamer na plataforma Xbox One nas horas vagas. GT: Gavian Gamer.

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