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Precisamos Falar Sobre: Yu Yu Hakusho

Precisamos Falar Sobre: Yu Yu Hakusho

Saudações meus caros otakus de plantão. Tudo bom convosco? Me lembro, como se fosse hoje, o dia em que baixei o live-action de Dragon Ball Z (Dragon Ball Evolution, de 2009) já esperando pelo pior. Só não sabia que acabaria sendo surpreendido: o filme era MUITO pior do que eu cogitava! Dei boas risadas, chacoalhei a cabeça negativamente e fui dormir, prometendo a mim mesmo jamais assistir a uma obra desse gênero novamente.

Acabei quebrando a promessa anos mais tarde com o primeiro filme de Samurai X, após muita insistência de amigos que juravam que a adaptação havia ficado muito boa; e realmente ficou! Por muito tempo, me esquivei das demais coisas que apareciam (bastava dar uma rápida olhada no trailer) e afirmava a plenos pulmões que Samurai X era o único longa derivado de um desenho japonês e interpretado por atores reais que era digno de ser assistido. Devido à quebra desse longo tabu, é que, hoje, precisamos falar sobre Yu Yu Hakusho.

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Lançado na primeira metade de dezembro de 2023, Yu Yu Hakusho é um live-action – baseado no anime homônimo – dirigido por Sho Tsukikawa. Alocado na Netflix, a adaptação contou com a participação dos seguintes atores: Takumi Kitamura (Yusuke Urameshi); Shuhei Uesugi (Kazuma Kuwabara); Kanata Hongo (Hiei); Jun Shison (Kurama); Sei Shiraishi (Keiko); Keita Machida (Koenma); Kenichi Takito (Toguro); Kotone Furukawa (Botan); Ai Mikami (Yukina); dentre outros.

Adaptado do mangá e do anime, o enredo não se difere muito daquilo que conhecemos: o protagonista é o jovem delinquente Yusuke Urameshi, que acaba morrendo atropelado ao tentar salvar um garotinho. Koenma, atual governante do Mundo Espiritual, oferece a Yusuke a chance de retornar à vida caso ele aceite trabalhar como detetive espiritual. A partir daí, a história se desenrola com a mistura de dois ingredientes que costumam agradar bastante: investigação e porrada!

Porém, eis aqui o principal problema da série, unanimemente apontado pela crítica: o enredo é extremamente condensado! Por ter apenas cinco capítulos com duração variando entre 44 a 55 minutos, a história é muito “atropelada” e acontecimentos de arcos diferentes são colocados todos num mesmo balaio para acelerar a narrativa. Muito na contramão do que se tem no mangá e no anime, não há aquela lenta progressão do herói, que começa fraco e, aos poucos, vai se tornando cada vez mais poderoso. Neste live-action, mal Yusuke se torna detetive especial no final do primeiro episódio, já se digladiará dois ou três episódios depois contra os antagonistas que só conseguiria enfrentar após uma longa série de eventos.

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Entretanto, ater-se a isso é fácil e, como eu disse, qualquer um que assistir e que tenha um conhecimento sobre a história original, perceberá logo de cara a correria de como as coisas vão acontecendo. Para falar daquilo que é bom e que torna a série válida de ser contemplada, não posso de deixar de destacar a excelência dos efeitos especiais com a junção das cenas de luta.

Fazer a adaptação de um anime focado em lutas de espada em um Japão feudal certamente não exige o mesmo trabalho de títulos onde é comum o uso de poderes de altíssimo nível expelidos nas formas de raio, explosões, ataques físicos na velocidade da luz, controle de elementos da natureza e afins… nisso, aquilo que eu achava impossível de se adaptar, Yu Yu Hakusho fez com bastante maestria! A tecnologia atual à disposição, juntamente com a habilidade dos produtores, deu conta de reproduzir as melhores cenas de combate em um live-action de anime!

Outro ponto de grande destaque ficou por conta da caracterização dos personagens. Aparência, trejeitos, vestimentas, cortes e cores de cabelo (com exceção do Kurama, que realmente precisava ser na cor rosa-choque) e biotipos se encaixaram perfeitamente nos atores selecionados, sem fugir da normalidade. Um exemplo preciso disso é o Kuwabara, que no anime tem um surreal topete gigantesco na cor laranja, mas que na série foi interpretado por um ator alto, com um topete avantajado (mas realista) em um cabelo com a coloração bem mais comum. Na minha opinião, ficou um equilíbrio perfeito entre a tipificação fantasiosa de um desenho convertida em algo plausível no mundo real.

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Enfim, surpreso comigo mesmo, termino esse texto recomendando que assistam à série, mesmo com os claros problemas de aceleração de enredo. Apegue-se ao saudosismo do anime, sente-se e se delicie com as cenas de ação, prestando bastante atenção na conversão entre fantasia/realidade que mencionei acima. Tenho certeza de que será uma boa diversão para ti.

Abraços e até breve.

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Lukas Melo

É Editor e Autor do UniversoNERD.Net. Profissional da área de EaD, aficionado por RPG, hardware e cinema. Porém, não nega outras nerdices.

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