Precisamos Falar Sobre: Hunters – 2ª Temporada

Saudações meus caros nerds antifascistas de plantão. Tudo bom convosco? Já é praxe, no atual cenário das séries televisivas, reter a atenção do público por meio de quebra-cabeças e resoluções incompletas que ficam sempre para ser desvendados na temporada seguinte, fidelizando, assim, os telespectadores por mais uma longa série de episódios. Porém, indo na contramão dessa tendência, uma excelente obra chega ao fim logo em sua segunda temporada, mesmo com um potencial enorme para se prolongar por mais algumas. É por esse e outros motivos que, hoje, precisamos falar sobre a segunda temporada de Hunters.

Lançada no começo deste ano, a série, criação de David Weil, teve seu roteiro escrito pela dupla composta por seu próprio criador e David J. Rosen. Apesar de algumas baixas significativas na primeira temporada, a maior parte dos personagens retornou, mesmo que com aparições via flashback. Além deles, tivemos excelentes participações, em especial, da atriz Jennifer Jason Leigh, no papel da tia-avó de Jonah, dada como morta. Além dela, estrearam Tommy Martinez, interpretando Georges, um mágico francês; Emily Rudd, como Clara; e Udo Kier no papel do decrépito, mas ainda tirano, Adolf Hitler.

 A segunda temporada retoma exatamente do ponto de onde terminou a primeira: Meyer Offerman morto, separação do grupo de caçadores e os nazistas a pleno vapor tentando destruir o mundo. Todavia, Jonah, que continuou caçando nazistas pela Europa, acaba descobrindo que o próprio Hitler conseguira fingir sua morte e fugir para a América do Sul ao final da Segunda Guerra Mundial. Assim, ele decide reunir o grupo, adicionando a ele a agente do FBI, Millie Morris – frustrada por ver que os nazistas que prendia usando os meios legais, acabavam sendo soltos pela justiça – além de fundi-lo com o grupo comandado por Chava Apfelbaum, sua tia avó, para que, juntos, pudessem seguir o rasto e capturar o líder do Terceiro Reich a fim de vingar os milhões de judeus mortos por sua ordem.

E assim a série segue: bem mais direta e violenta do que a temporada anterior, principalmente pelo fato de Jonah não ser mais um mero estudante e de haver necessidade de focar em sua transformação como caçador. Agora ele está pronto e mais obcecado em capturar nazistas do que seus companheiros. No intervalo das caçadas, ambientada no ano de 1979, há flashbacks que retornam ao ano de 1975 trazendo a narrativa de Meyer Offerman, que mostra como ele conseguiu se disfarçar de um bem-sucedido empresário judeu e formar o grupo para caçar os criminosos de guerra alemães. Por mais que saibamos como se deu esse desfecho, é sempre ótimo ver o grande Al Pacino atuando!

Sem nenhuma enrolação (nem spoiler!), a série realmente chega a seu final. Talvez pelo custo da produção e salário dos atores (bancar um Al Pacino da vida deve custar muito caro!), criador e roteirista dão uma conclusão à história que, segundo a crítica especializada, tem agradado a maioria. Dava para prolongar e “arrastar” a série? Certamente! Futuramente, é possível acrescentar outras temporadas e dar continuidade à narrativa? Com certeza! Todavia, no caso de Hunters, a intenção é deixar ao público uma obra excelente e “enxuta”, sem episódios fillers ou mal elaborados apenas para formar quantidade. Apesar de concordar com essa lógica, confesso que, no caso da série em questão, sentirei saudades…

Caso ainda não tenha assistido à segunda temporada, não perca tempo em se deliciar com ela. Se nem a primeira você ainda assistiu, mesmo já tendo uma ideia vaga do que aconteceu nela, eis aqui um programa que vai reter sua atenção e te entreter por bons episódios, afinal, numa contemporaneidade onde o fascismo dá as caras novamente, é sempre bom ver os mais famosos entre eles se dando mal.

Abraços e até breve.

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