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Rainbow Six Siege: O eSport Em Outro Patamar

Rainbow Six Siege: O eSport Em Outro Patamar

Saudações, meus caros leitores nerds e amantes de bons games! Tudo bom convosco? Dessa vez, venho aqui comentar sobre o jogo que, atualmente, detém toda a minha dedicação e atenção pelo simples fato de ser maravilhoso, perfeito e extremamente competitivo: Tom Clancy’sRainbow Six Siege.

Deixando meu fanboyismo assumido um pouco de lado, R6 (como é popularmente chamado) tem se destacado entre os demais jogos graças à disposição de sua produtora, a Ubisoft, em torná-lo o melhor FPS (jogo de tiro em primeira pessoa) competitivo de todos os tempos.

E sem sombra de dúvidas, está conseguindo.

Rainbow Six Siege e sua relação com os eSports

Lançado em 2015, o jogo também está disponível para PlayStation 4 e Xbox One, porém, sua plataforma de destaque é o PC, ainda mais quando o assunto é eSports. Feito especialmente para ser jogado de forma tática, cooperativa e valendo-se de toda a ambientação do cenário, rapidamente atraiu uma legião enorme de fãs, essa, composta tanto por jogadores casuais ou que buscam as melhores posições no rank, quanto pro players (jogadores profissionais) que competem nos vários eventos existentes patrocinados pela desenvolvedora.

Já em sua terceira temporada, R6 conta com atualizações constantes, feitas a fim de corrigir bugs, balancear o jogo, conferir segurança contra hacks e outros programas que conferem vantagens desleais, além de adicionar novos conteúdos. Para 2018, já está prevista a adição de oito novos personagens (chamados pelos jogadores de “operadores”), outro modo de jogo onde será possível caçar zumbis, mapas inéditos e outros reformulados.

O jogo conta com 36 operadores. Segundo Alexandre Remy, um dos principais desenvolvedores, a meta é 100 personagens jogáveis.

Conforme já mencionado, R6 foi criado para ser jogado em equipe e de forma competitiva, onde duas equipes, compostas por cinco jogadores, alteram entre atacar e defender um local onde há um refém que deve ser resgatado, duas bombas que precisam ser desarmadas ou uma área que deve ser mantida sob controle. Evidentemente, nem tudo o que tem no jogo (armas e itens dos operadores) existe na realidade. Entretanto, o ponto forte de R6 encontra-se no realismo da jogabilidade, tendo em vista que está longe de ser no estilo arcade como alguns outros FPS’s, tais como os da séries Call of Duty e Battlefield. Nele, é fundamental a ação em conjunto da equipe, táticas bem elaboradas de acordo com as habilidades específicas dos operadores, muita paciência e cuidado extremo, pois um instante de vacilo pode significar sua eliminação no round.

Esse estilo de jogo mais realista atraiu a atenção dos pro players de outros jogos conhecidos. Confiantes na promessa da Ubisoft que, nas fases finais de testes do game, garantiu que Rainbow Six Siege seria o melhor jogo competitivo de tiro em primeira pessoa e que também apoiaria em larga escala e em âmbito mundial o cenário de competição profissional, os melhores e mais famosos jogadores do Brasil abandonaram os games em que competiam e passaram a dedicar-se exclusivamente em se aperfeiçoar em R6. Atualmente, a maior parte dos jogadores que compõem as equipes do cenário brasileiro são oriundos de jogos como Counter-Striker: Global Offensive, Battlefield 4, Warface, Point Blank, dentre outros.

Da esquerda para a direita: Cherrygumms, Zigueira e Nesk. Pro players de Rainbow Six de maior expressão no YouTube e redes sociais.

E aí que está o “X” da questão! Isso trouxe uma notoriedade estupenda ao game pois, com a adesão ao R6 por parte dos jogadores profissionais, toda a atenção de seus fãs, fanáticos pelas competições de eSports, voltou-se para ele. Mesmo com pouco tempo de existência, Rainbow Six Siege se tornou o principal jogo competitivo de FPS. Sem dúvida alguma, isso atraiu (e vem atraindo cada vez mais) a atenção da mídia, que passou a acompanhar o cenário e proporcionar ao seu público as transmissões ao vivo das partidas (com direito a narrador e comentaristas especializados no assunto), entrevistas e programas especiais com os jogadores, além de toda movimentação do mercado de transações entre as equipes.

De olho nesse nova febre e oportunidade de publicidade, grandes empresários e até mesmo equipes de futebol, como o Flamengo, por exemplo (seguindo o sucesso da agora extinta Santos Dexterity), vêm tentando montar equipes para disputar as ligas profissionais de R6. Com o poder do dólar em mãos, consagradas equipes estrangeiras de eSports, tentam contratar as line-up’s inteiras das principais equipes nacionais, consideradas entre as melhores do mundo. Um desses casos refere-se a Team Liquid, equipe americana que acaba de entrar no nosso cenário ao contratar toda a line-up da antiga Mopa Team.

Atual line-up da Team Liquid, composta por ex-integrantes da Mopa Team. No anúncio oficial da transação, ocorrido por meio de uma live na Twitch TV, haviam 10 mil expectadores ao vivo.

Todas essas transferências de jogadores e “carrossel” entre as organizações inflamam ainda mais o cenário e deixam os fãs, tantos dos pros players quanto das equipes, à beira da loucura! Quem não acompanha e desconhece aquilo que estou abordando, não tem a ideia da proporção do fanatismo que Rainbow Six trouxe aos esportes eletrônicos. Há muita rivalidade envolvida, principalmente nos eventos presenciais. Torcedores apoiam suas equipes favoritas, entoam gritos organizados, vestem os uniformes de seus ídolos e se esforçam para conseguir um autografo ou tirar uma foto com aqueles que tanto admiram.

Evidentemente, tudo isso é feito de um modo aceitável, longe de se comparar à violência que frequentemente ocorre no futebol, por exemplo.

A Final presencial do Brasileirão de Rainbow Six ocorrida em São Paulo, durante a Comic Con Experience 2017, foi disputada entre as equipes: a Black Dragon e a Team Fontt.

Os ânimos andam ainda mais acirrados, tendo em vista que o Invitational 2018, o campeonato mundial de Rainbow Six Siege, que será disputado em Montreal, Canadá, já está prestes a começar. Acontecerá entre 13 e 18 de fevereiro e já conta com a presença garantida das equipes brazucas Black Dragon e Team Liquid, além de uma outra terceira que pode ser escolhida por meio de uma votação final contra times de outros países.

E é isso, meus caros parceiros de nerdice! Graças a esse grande game, o cenário nacional de eSports está atingindo um outro patamar. É continuar torcendo para que a Ubisoft mantenha suas boas intenções para o R6, pois seus objetivos estão se concretizando. Quer aceite ou não, a desenvolvedora conseguiu transformar Rainbow Six Siege no principal game competitivo do Brasil. É bem verdade que está longe de ter as proporções que MOBA’s como DOTA 2 e Legue of Legends têm nos países asiáticos, onde as premiações e investimentos são milionários. Todavia, como essa modalidade é ainda muito recente em nosso país, os números que o FPS da Ubi apontam, já podem ser considerados bem significativos e fatalmente irão aumentar.

Torçamos para isso! Abraço a todos!

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Lukas Melo

É Editor e Autor do UniversoNERD.Net. Profissional da área de EaD, aficionado por RPG, hardware e cinema. Porém, não nega outras nerdices.

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