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Precisamos Falar Sobre: Depois da Cabana

Precisamos Falar Sobre: Depois da Cabana

Saudações meus caros nerds fãs de séries alemãs de plantão. Tudo bom convosco? Em tempos em que as obras televisas germânicas ganhavam destaque caso falassem de viagem no tempo e/ou fossem ambientadas nos anos 80, seguindo claramente o hype hollywoodiano, as deixei de lado, frustrado com esse modismo. Porém, qual foi a minha surpresa quando, num hiato enorme de lançamentos nas plataformas de streaming, me deparei com um excelente título que apostou em remar contra a maré e, assim, seguir temáticas reais, não baseadas em ficção científica com elementos retrôs. É por esses e outros motivos que, hoje, precisamos falar sobre Depois da Cabana.

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Lançada no começo de setembro pela Netflix, Depois da Cabana é uma obra ficcional (é importante falar isso, pois muita gente julgou se tratar de uma história baseada em fatos reais) derivada do livro homônimo (Liebes Kind, em alemão), escrito por Romy Hausmann. Em seu elenco, atores desconhecidos do grande público, mas frequentes em séries europeias, tais como Kim Riedle, no papel de Jasmin Grass, uma moça que fora sequestrada; Justus Von Dohnanyi e Julika Jenkins, no papel do casal Matthias e Karin Beck; Haley Louise Jones, que interpreta a detetive Aida Kurt; Hans Low, como o detetive Gerd Bühling; Birge Schade, no papel da enfermeira Rute; e, por fim, a atriz mirim Naila Schuberth, dando um show ao interpretar a enigmática menina Hannah.

O enredo se inicia mostrando uma mulher fugindo de uma cabana em meio a uma floresta, onde esteve mantida em cativeiro. No meio da fuga, ela é atropelada por um carro e abandonada no local. Uma menina aparece, chama a ambulância e é encaminhada ao hospital juntamente com essa mulher. A menina diz se chamar Hannah e explica aos paramédicos e a todos os policiais que foram falar com ela sobre o ocorrido que a vítima do atropelamento é Lena, sua mãe.

Entretanto, nessa região da Alemanha, uma pessoa chamada Lena Beck fora sequestrada há 13 anos e o detetive do caso, Gerd Bühling, nunca conseguiu encontrar vestígios algum do crime. Evidentemente, ele é acionado para dar prosseguimento às investigações e, no afã de dar satisfação e alguma esperança ao casal Beck, pai de Lena, conta para eles a situação, pedindo que mantenham a calma e aguardem por novas informações.

Contrariando as recomendações do policial, o casal parte para o hospital onde a suposta Lena estava internada. Chegando lá e passando por cima de todos os policiais e enfermeiros, os ansiosos e aflitos pais descobrem que a mulher atropelada, infelizmente, não é a sua filha desaparecida. Porém, quando avistam Hannah, eles entram em choque, pois a garota é idêntica à Lena quando ainda criança.

E, assim, segue o mistério da trama: de modo lúcido, plausível e não fantasioso. Se você, meu caro nerd, já está imaginando que, na verdade, a menina da história é uma outra versão da Hannah que veio de uma linha de tempo paralela para curar a depressão dos pais, está muito enganado! Sem viagem no tempo, sem navios de realidades alternativas, sem monstros de outra dimensão, sem fim do mundo… Tudo o que acontece em Depois da Cabana é passível de realização.

É claro que, no decorrer do enredo, temas delicados serão abordados. O telespectador se deparará com abuso físico, psicológico e sexual, além de outros tipos de violência. Todavia, isso ocorrerá sem nudez e mais de forma implícita do que explícita, deixando claro todos os traumas passados pela mulher a quem acharam ser Lena, mas sem cenas extremas e pesadas, daquelas do tipo cuja única função é causar asco àqueles que estão assistindo.

O suspense vai aumentando progressivamente; até o final da narrativa, você não sabe ao certo como tudo irá se resolver. A obra deixou possibilidades abertas para uma nova temporada, o que, provavelmente, não deva acontecer. Mesmo assim, a série é uma baita obra e, para aqueles que curtem temáticas mais sóbrias, passa a ser um título obrigatório dentre as atualidades da operadora de streaming em questão.

Abraços e até breve.

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Lukas Melo

É Editor e Autor do UniversoNERD.Net. Profissional da área de EaD, aficionado por RPG, hardware e cinema. Porém, não nega outras nerdices.

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