Saudações, meus caros nerds de plantão! Tudo bom convosco? Sem dar spoiler algum (a não ser o que trazem a sinopse e a história real por trás do filme), venho aqui dar alguns pitacos sobre a maior obra cinematográfica do ano: O Irlandês. Se chegou até aqui para ler uma crítica, a fim de saber se o filme é bom ou não e se vale a pena “perder” 210 minutos de sua vida para assisti-lo, deixo aqui uma pergunta que, imediatamente, acabará com suas dúvidas:
Qual a probabilidade de um filme ser dirigido por Martin Scorsese, ter no elenco nomes como Robert de Niro, Al Pacino e Joe Pesci e, ainda assim, ficar ruim?
Ainda muito recente, O Irlandês, distribuído pela Netflix, estreou na plataforma no dia 27 de novembro. Porém, com o intuito de cumprir os requisitos para concorrer ao Oscar, estreou no dia 01 de novembro em pouquíssimas salas de cinema, estrategicamente selecionadas, que em sua maioria estão nas cidades de Nova York e Los Angeles, ficando apenas algumas semanas em cartaz. Com um custo final de US$160 milhões, logo na primeira semana foi streamado para 26 milhões de pessoas, rendendo diversas novas assinaturas à provedora.
O filme é baseado no livro I Heard You Paint Houses, o qual conta as memórias do investigador e advogado Charles Brandt sobre o caso do sindicalista Frank “The Irishman” Sheeran, que trabalhava como mercenário para a família Bufalino, criminosos envolvidos com a Máfia, e que em 2003, antes de morrer, confessou ter assassinado o líder sindicalista Jimmy Hoffa, desaparecido em 1975, cujo corpo nunca foi encontrado. Até hoje, o caso Hoffa é um dos maiores mistérios da criminologia americana.
Em O Irlandês será abordado exatamente isso, obviamente, com vários aspectos ficcionais e hipotéticos mesclando-se à história real. Basicamente, mostrará a ascensão de Frank Sheeran (Robert de Niro) que, de um simples entregador de carnes golpista, chamado à Máfia por Russel Bufalino (Joe Pesci) para realizar desde pequenos crimes a assassinatos, tornou-se presidente de um dos maiores e mais influentes sindicatos dos Estados Unidos, anteriormente comandado por Jimmy Hoffa (Al Pacino).
Não leve você, meu literal leitor nerd, o “basicamente” anteriormente citado ao pé-da-letra, ok? Tudo isso é representado no filme com atuações que são de encher os olhos! Não é preciso entender muito de cinema para perceber o quanto as interpretações do trio principal de atores são magníficas! Outro detalhe que chama bastante a atenção é o tipo de enquadramento escolhido, principalmente nas cenas onde ocorrem assassinatos. Os ângulos e alturas utilizados “te deixam muito próximo” da cena. Praticamente, é como se você estivesse do outro lado da calçada, vendo alguém levar tiros a poucos metros de ti!
A trilha sonora ficou por conta de Robbie Robertson, ex-guitarrista da banda The Band. O músico escolheu, a dedo, clássicos do rock, músicas orquestradas e das culturas pop das épocas retratadas no filme. Beldades como I Hear You Knockin, de Smiley Lewis, A White Sport Coat, regida por Ray Conniff e Cry, cantada por Johnnie Ray e The Four Lads, compõem a lista.
A partir do momento que se contempla um filme como esse, fica claro entender o porquê de Martin Scorsese, meses atrás, ter criticado tão duramente os massivos filmes de heróis da atualidade, afirmando, até mesmo, que nem poderiam ser classificados como obras cinematográficas. Não é porque o cara é metido e acha que só ele quem manja da sétima arte. Ele apenas entende que cinema é muito mais do que “espalmar” efeitos especiais pela tela e botar herói para brigar a fim de chamar a atenção do público. Isso tem virado uma “receita de bolo” que está matando a genialidade no cinema, pois, roteiristas, diretores e produtores preferem criar algo do tipo, que é bem mais simples e rentável, do que se esforçar em algo complexo, trabalhoso e que atrairá um público bem menor e mais exigente.
Enfim, meu leitor nerd, isso é tudo o que posso dizer sem estragar o divertimento de quem ainda não assistiu O Irlandês. Realmente, trata-se de uma fina obra prima que, certamente, ganhará alguns prêmios do Oscar. Imagines tu, a covardia de ter Al Pacino concorrendo ao prêmio de melhor ator coadjuvante, já que ele não é o protagonista! Pois é…. assim você já tem uma ideia do nível do filme!
Abraços e até breve.
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