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Paradise Lost, Um Game Com Foco Na História e Exploração Após Uma 2º Guerra Alternativa

Paradise Lost, Um Game Com Foco Na História e Exploração Após Uma 2º Guerra Alternativa

Como um gamer veterano que sempre gostou mais do estilo single player, fiquei muito feliz de receber a key do game Paradise Lost do estúdio ALL iN! GAMES e via a Keymailer para fazer algumas livestreams no meu Canal do Facebook Gaming, além de escrever esse artigo aqui no site UniversoNERD.Net.

Os games single player trazem experiências únicas, com histórias envolventes, sendo muitas imersivas. Não é diferente com Paradise Lost, que traz uma trama de uma criança tentando achar o caminho para a saída de um bunker alemão, anos após a 2º Grande Guerra Mundial. Está curioso(a) para saber mais um pouco?

Nesta trama, a 2º Guerra Mundial tomou um rumo totalmente diferente, persistiu por mais de 20 anos e parece que terminou oficialmente quando os nazistas bombardearam a maior parte da Europa com mísseis nucleares. Em um deserto congelado pós-apocalíptico, este game apresenta Szymon, um menino de 12 anos nascido e criado após esta história bastante alterada com relação a que conhecemos..

O game tem seus prós e contras, mas não deixa de ser uma experiência única e bastante reflexiva sobre este diferente rumo da 2º Guerra Mundial nos olhos de uma criança.

Um pouco sobre Paradise Lost

Sozinho após a morte de sua mãe, Szymon vagueia pelo deserto da Polônia antes de tropeçar em um bunker nazista abandonado. Neste contexto, o menino está procurando um homem misterioso que só conhece por uma fotografia ao lado de sua mãe. Quem é ele e qual é a sua relação com a mãe de Szymon? Szymon espera que o bunker tenha respostas, mas ao descer no local, é contatado por uma garota, Ewa, que supostamente está presa no lugar. Ewa encoraja Szymon a ajudá-la, mas ele terá que ir mais a fundo no bunker.

O desenvolvedor PolyAmorous criou um bom game de aventura narrativa que apresenta um cenário pós-apocalíptico típico, mas se destaca por seu cenário histórico e pela forma como mistura tecnologia futurista retrô com mitologia eslava. Publicado pela ALL iN! GAMES, Paradise Lost, tem alguns contratempos, mas no geral tem muito a oferecer por seu curto tempo de gameplay, que fica entre quatro horas ou pouco mais.

O ritmo no início do game é lento, e misturado ao fato de que Szymon anda muito devagar, sem nenhuma mecânica que envolve corrida ou pulos, você obtém um começo um tanto enfadonho para se envolver na história. Felizmente, a trama aumenta após o primeiro nível, e os mistérios começam a se desvendar a partir daí e devem agradar uma parte dos gamers. Eu curti minha experiência no contexto da exploração e história.

Você pode caminhar, aproximar a visão levemente, olhar parte do cenário, apertar botões, segurar objetos, abrir gavetas, armários e portas, além de mexer em alavancas.

A história é baseada nas ações de Szymon e nos flashbacks que ele experimenta ao longo do caminho. No entanto, ao coletar registros como cartas pessoais e documentos oficiais do governo e interagir com pertences pessoais e acessar terminais de computador, a história alternativa da 2º Grande Guerra Mundial, a criação do bunker e o que aconteceu com os habitantes se revelam como peças de um quebra-cabeças. Desta forma, o game encoraja os jogadores a explorar para encontrar essas peças e montá-las em partes até revelar toda a trama. Existem também alguns objetos bonitos e peculiares para se encontrar.

Uma vez que você tenha coletado “peças” suficientes, o destino comovente dessas pessoas será revelado. Embora a história seja rápida, é fato de que os personagens são simpáticos, onde o tipo de escolhas de diálogo que você faz e as pequenas tarefas opcionais que você pode fazer realmente aderem a esses personagens. Mesmo que suas escolhas de diálogo possam não ter grandes consequências, no final, é um toque agradável para realmente revelar o que esses dois personagens devem estar passando, sabendo que estão sozinhos neste terrível ambiente que retrata  pior lado da raça humana.

A principal queda da narrativa é a referência aos cinco estágios do luto. Cada nível começa com uma tela de carregamento que revela o estágio de luto que representa. Os primeiros dois estágios foram confusos, mas a emoção certamente aumenta e permeia a última metade da narrativa. Definitivamente, há alguma tendência de cada estágio a ser encontrada no diálogo e no texto, mas nunca é abertamente óbvio. 

Embora os itens não sejam importantes para a história, valerão uma ou duas risadas. Mas se você não gosta de ler para obter informações, este não é o seu tipo jogo ou experiência.

De fato, parece um exagero descrever essa narrativa como uma jornada pelos cinco estágios do luto, mas parece que os desenvolvedores estão comparando o que Szymon e Ewa passam como luto (embora Szymon provavelmente esteja de luto por sua mãe, nunca é o foco principal da narrativa) e tentando criar significado onde é difícil encontrar algum, dentro de um ambiente que só reflete atrocidades por todos os lados..

É importante observar que, por causa do ambiente e das pessoas cujos pertences você pesquisa, existem exemplos de terríveis ideais nazistas para se deparar, quanto mais o simbolismo espalhado por alguns níveis. Esses ideais permanecem em destaque no nível da Raiva, que talvez seja intencional. Mas, do outro lado da trama, você aprende por meio de cartas que muitos dos cidadãos são abertamente contra esses ideais. Portanto, embora existam essas tristes marcas nos níveis, o uso desses elementos não é dramatizado ou pintado de maneira positiva, mas são apenas o pano de fundo para esta história, e o personagem principal deixa esses elementos para trás com rapidez e sem hesitação.

Conforme o menino Szymon se aventura ainda mais no bunker, se depara com muitos ambientes diferentes. De uma mansão até laboratórios, além de uma grande árvore cujas raízes e galhos derrubaram parte das paredes do bunker. Nesse ambiente, cada cenário é único e muito bem representado. A música e os efeitos sonoros mergulham o jogador para diretamente para o caminho da descoberta.

Até o rangido dos passos do nosso personagem principal no velho e enferrujado metal do bunker após todos esses anos, traz uma imersão única ao longo da exploração.

Embora a narrativa seja ótima, parte da mecânica precisa de alguns ajustes, e há muitas falhas que estragam o ritmo. Para citar alguns, as mãoes de Szymon e alguns itens “cortam” alguns objetos, documentos às vezes são completamente invisíveis ou não foram traduzidos por inteiro, diálogos e legendas nem sempre correspondem e temos longas pausas após interagir com alguns objetos ou trasições da história. Além disso, Szymon anda tão devagar que às vezes torna a exploração uma tarefa árdua.

Não há muitas opções que você pode alterar nas configurações, mas aconselho a justarem o gama, pois o game geralmente muito escuro, o que é compreensível porque a história se passa no subterrâneo, então aumentar o gama em um ou dois níveis torna o jogo mais explorável.

Embora existam alguns problemas com o ritmo da história, mecânica e falhas da gameplay, Paradise Lost traz um conto interessante e envolvente. Por fim, apesar dos objetivos do game serem simplistas, seu curto tempo e foco na narrativa e exploração são ideais para produzir um final satisfatório sem se arrastar.

A curta narrativa de Paradise Lost é suficiente para uma reflexão!

Paradise Lost chegou em 24 de Março aos consoles e PC, estando disponível para PlayStation 4, Xbox One, PlayStation 5, Xbox Series e Microsoft Windows. O teste para este artigo foi realizado no PS5.

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Reinaldo Vargas

Professor, Streamer, Parceiro do Facebook Gaming e ArenaXbox.com.br, Idealizador do UniversoNERD.Net, integrante do Podcast GameMania e Xbox Ambassador. Jogador de PlayStation e Xbox!

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