Há muito tempo tenho este projeto de criar uma série para analisar filmes, séries de TV e jogos que me cativaram de alguma forma ou até mesmo os que não me agradaram tanto, para proporcionar dicas do que assistir e orientar aos nossos leitores as que podem ser de seu deleite. Finalmente consegui tirar o projeto do papel e agora vai. Espero que gostem, pois essa foi minha primeira de muitas análises da série CINERAMA.
LOST
É uma premiada série de televisão norte-americana classificada como drama e ficção científica, mas também é muito mais que isso: ensina reflexão sobre a vida, explora a relação das pessoas, do que fazemos para sobreviver, a forma como cuidamos dos que amamos, mostra conflitos envolvendo reflexão filosófica e espiritual, trata de vingança, perdão, fúria, ciúmes, inveja, amor e outros sentimentos humanos, suas relações com os personagens e com conflitos internos. Tudo isso, é claro, regado com muita ação, tensão e enigmas.
A história se inicia quando o vôo 815 da Oceanic Airlines, vindo de Sydney (Austrália) com destino à Los Angeles (Califórnia, EUA), cai em uma ilha no Oceano Pacífico. Nele viajavam passageiros dos Estados Unidos, Grã-Bretanha, Austrália, Iraque e Coréia do Sul. Os integrantes deste grupo de sobreviventes tiveram que trabalhar em conjunto para se manterem vivos. Sobreviver significa resolver os diversos mistérios da ilha: um monstro de fumaça, ursos polares, um homem misterioso chamado Jacob e um grupo que eles chamam de “os outros”. Os sobreviventes encontraram sinais de que outras pessoas povoaram a ilha antes deles, como uma embarcação do século XIX chamado Rocha Negra, um bimotor com drogas proveniente na Nigéria, restos de uma estátua muito antiga e bunkers pertencentes a um grupo de cientistas chamado “Iniciativa Dharma”. Em LOST nada é o que parece ser, o mistério e o perigo estão em todos os cantos.
A série teve um estilo único que seguia dois tipos de histórias não ligadas entre si: primeiro, a luta dos 48 sobreviventes do desastre para sobreviverem e conviverem na ilha; e segundo, a vida das personagens principais, antes do desastre, através de retrospectivas pessoais, os chamados flashbacks. Porém, durante as temporadas, os flashforwards (momentos futuros) passaram a ser usados, em vez das retrospectivas passadas. LOST surpreendeu também usando, a partir do 104º episódio, a técnica do flash-sideways: uma cronologia totalmente adversa e exibindo uma realidade paralela aos acontecimentos da temporada anterior.
Não estou aqui para fazer spoiler, caso você não tenha assistido ainda a série, e sim apenas para deixar minha impressão e comentários. Então, não entrarei em detalhes de fatos ocorridos, dramas de personagens ou explicações, e sim focarei na minha avaliação pessoal do seriado, deixando a questão do spoiler para o Lukas fazer e envolver muito “molho” se assim quiser rsssss.
Curiosidades: Filosofia, Ciência e mais LOST
Um fato curioso é que a maioria dos nomes dos personagens são de filósofos, cientistas ou políticos!
Impressão Pessoal e Avaliação
Quando analiso uma série, não avalio apenas um quesito, como por exemplo apenas a história, a cronologia ou os atores, mas avalio a obra toda em si. LOST foi escolhida como meu primeiro post da série Cinerama não apenas por ser uma serie “legal”, e sim pelo fato de ser um seriado que, embora antigo, teve uma excelente inovação na época. Tanto na boa historia saindo da mesmice das demais séries, quanto em utilizar os recursos de cronologia temporal já citados anteriormente como flashbacks, flashforwards e flash-sideways de forma coerente.
Com um roteiro magnífico e com um suspense que praticamente guia o telespectador a achar que está descobrindo o final no meio de cada temporada e, depois desenganar aquele “final”, assim como nos filmes “Os Outros” e “Sexto Sentido”, LOST é uma série que somente vendo até o fim você descobrirá o desfecho, ou NÃO! 😛 Visto que o final é ate hoje discutido nas redes sociais e compreendido de maneiras diferentes por cada pessoa. Afinal, os autores deixaram um final meio subjetivo, tanto para não desagradar o público mais cético, criando conflitos com suas crenças (ou descrenças) pessoais, quanto para deixar nas entrelinhas o que pode ser assimilado pela maioria. Eu não acho isso totalmente ruim, prefiro muito mais um final subjetivo, mas planejado (roteirizado) desde o inicio da serie, do que finais
Porém, deu para perceber que o receio ou mesmo medo de não agradar a todos, fez com que o final escrito pelos roteiristas fosse muito conservador ao que poderia alcançar, ficando algumas coisas que não se encaixam ou que são de respectivas crenças ou ciências diferentes; enfim, não farei spoiler algum, caso você não tenha assistido, afinal como já disse no início aqui é um espaço para avaliar, mas por estas e outras dei apenas 3 estrelas ao encerramento, que embora tenha gostado, não vai satisfazer muita gente ou deixou nas entrelinhas demais com medo de arriscar e tentando esse negócio do “agrade a todos” que eu particularmente não sou fã. O roteiro ganha 5 estrelas, pois embora na 4ª temporada a série amorne um pouco, logo o roteiro volta a melhorar prendendo, novamente, o telespectador.
Um dos pontos fortes é que, devido à mudanças nas condições e fatos subsequentes que ocorrem com os sobreviventes, a série não cai na rotina, pois sempre tem um perigo, um conflito com algum grupo, um desafio ou quebra cabeça a ser resolvido, como as curiosas e tecnológicas bases e fundações da Incitativa Dharma, na ilha, que deixa, particularmente Locke, com a pulga atrás da orelha e louco para desvendar os mistérios.
Alguns atores tiveram sua atuação de início mediana ou fraca, como Evangeline Lilly (Kate), Maggie Grace (Shannon) e Ian Somerhalder (Boone), porém percebe-se que eles evoluiram muito na série, principalmente Evangeline Lilly, que no inicio não sabia articular muito bem e era bem “avoada” mesmo, mas, no meio da série, já se percebe a grande evolução dessa atriz estreante. Mas vamos dar uma colher de chá à ela, pois LOST foi seu primeiro grande papel e antes só havia aparecido como figurante por ai. Agora, péssimo mesmo foi o casal Kiele Sanchez (Nikki) e Rodrigo Santoro (Paulo).Sinceramente, a Kiele é o famoso picolé de chuchu e Rodrigo, na minha opinião, teve a pior atuação que eu tenha visto. O desempenho dos iniciantes, na primeira temporada, foi muito fraco, principalmente deste casal sem graça.
Houve perda de uma estrela para atuação do elenco, mas repleto de personalidades carismáticas e atuações dignas de 5 estrelas, como Josh Holloway (Sawyer), Matthew Fox (Jack Shephard), Terry O’Quinn (John Locke), Naveen Andrews (Sayid Jarrah), Nestor Carbonell (Richard Alpert), Jorge Garcia (Hugo Hurley), Mark Pellegrino (Jacob), Daniel Dae Kim (Jin Kwon), além de Emilie de Ravin (Claire), Yunjin Kim (Sun Kwon), Elizabeth Mitchell (Juliet), Mira Furlan (Danielle Rousseau) na idade adulta.
DADOS TÉCNICOS
Avaliação Final
ROTEIRO 5/5
ATUAÇÃO 4/5
CRONOLOGIA 5/5
INOVAÇÃO 5/5
ENCERRAMENTO 3/5
NOTA FINAL 22 de 25
LOST encerra com 22 de 25 possíveis estrelas na minha avaliação e sendo o 4º lugar na classificação.
RANKING ATUAL DE RENATO VARGAS – Última Atualização em 29/05/17
1 | Arquivo X |
2 | House |
3 | Dexter |
4 | Lost |
5 | Chuck |
6 | Super Natural |
7 | The Walking Dead |
8 | Revolution |
9 | Os 3% |
10 | The 100 |
11 | Falling Skies |
12 | Grimm |
13 | Terra Nova |
14 | Breaking Bad |
15 | How to Get Away with Murder |
16 | 24 Horas |
17 | The Returned |
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*Cinerama é uma série onde o autor faz uma análise pessoal e crítica de series, filmes e até mesmo games. Spoilers são evitados, mas pode sair algum sem querer. ESTE É O PRIMEIRO TEXTO!
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