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The Terror: Uma Série que Passou Batida

The Terror: Uma Série que Passou Batida

Saudações, meus caros nerds de plantão. Tudo bom convosco? Ainda a tempo e de forma bem rápida, volto aqui a dar meus últimos pitacos do ano. Já em ritmo de férias, pude acompanhar uma obra que, no meu ponto de vista, passou bem desapercebida pelo grande público devorador de séries: estou falando de The Terror.

Sem dúvida alguma, alguns dos principais motivos para isso se deve ao fato da série pertencer à AMC, que é uma emissora de TV por assinatura não tão popular no Brasil, não ser transmitido em um canal aberto (ao contrário de Walking Dead, que também é da AMC, porém, popularizou-se com as transmissões da Band) e por ser streamado pela Amazon Prime, ainda inferior à Netflix por aqui.

Já com duas temporadas, que contém histórias e elencos totalmente diferentes, The Terror agradou positivamente a crítica especializada, principalmente com sua primeira. A segunda gerou uma expectativa muito grande, principalmente pelo contexto histórico em que seria ambientada. Todavia, por fatores que comentarei adiante, acabou não agradando aos expectadores mais exigentes, o que não tira seus méritos e minha recomendação para que as veja, meu curioso nerd. A seguir, comentarei um pouquinho sobre cada uma, obviamente, sem spoilers maldosos.

The Terror

Com um total de 10 episódios de 45 minutos de duração em média, The Terror estreou em março de 2018. A série foi baseada no romance de Dan Simmons, que leva o mesmo nome. A produção foi feita por, nada mais, nada menos, que Ridley Scott, um dos mestres do gênero terror, responsável pela franquia Alien.

O livro conta a história de militares da Marinha Real Britânica, que no ano de 1845 saíram em dois barcos gigantescos, o HMS Terror e o HMS Erebus, a fim de encontrar a Passagem do Noroeste no Ártico, e acabaram ficando presos nas geleiras. A série segue o mesmo enredo, porém, adiciona uma pitada de ficção (vinda na forma de uma criatura nada sociável) para aumentar os horrores que as tripulações sofreram.

* HMS: Her/His Majesty’s Ship (Navio de Sua Majestade)

Tudo na primeira temporada é perfeito: figurino, cenários, fotografia e trilha sonora. Se ainda posso destacar um ponto principal, este fica por conta das atuações dos atores, até mesmo dos coadjuvantes, já que, no início, a tripulação conta com quase 130 marinheiros. Mesmo que o personagem principal seja o Capitão Francis Crozier, interpretado por Jared Harris (série Chernobyl), muitos dos personagens secundários são extremamente importantes para o desenrolar da trama. Suas atitudes, medos e degeneração frente às dificuldades enfrentadas dão um toque muito especial ao tipo de terror da série, que claramente é o psicológico. Se você é fã do gênero, preferindo um enredo mais compassado e sem cenas bobas de “sustinhos com aumento de som significativo e repentino”, a primeira temporada de The Terror foi feita especialmente pra você!

The Terror: Infamy

Estreada em agosto desse ano, The Terror: Infamy traz uma história totalmente diferente da primeira temporada. Dessa vez, não foi baseada em um livro, entretanto, ainda manteve a ideia original da série que é de mesclar fatos reais com ficção e elementos sobrenaturais. O contexto histórico se passa durante a 2ª Guerra Mundial após o ataque dos japoneses à base americana de Pearl Harbor. Na ocasião, o governo americano ordenou que todos os descendentes de japoneses que moravam nos Estados Unidos fossem levados a locais seguros (leia-se “campos de concentração”) para que pudessem ser vigiados. Na série, as famílias que foram levadas para um desses locais na Califórnia acabaram sendo seguidas e perturbadas por uma entidade fantasmagórica.

O roteiro e a produção ficaram por conta de Alexander Woo, enquanto a direção foi de Josef Kubota Wladyka, diretor de alguns episódios de Narcos. Os papéis principais trazem Derek Mio, como Chester Nakayama, e a belíssima Kiki Sukezane, como Yuko. Alguns dos personagens secundários também foram interpretados por atores experientes, tais como George Takei e Miki Ishikawa. Porém, a maior parte do elenco foi composta por atores figurantes, e isso influenciou negativamente na qualidade da série.

Assim como na primeira temporada, não há o que se reclamar do figurino, cenários, fotografia e trilha sonora de Infamy. Contudo, a interpretação dos atores deixou muito a desejar. No caso dos figurantes, as ações são muito artificiais, nitidamente amadoras. Já com os protagonistas e secundários, creio que por culpa da direção, são típicas de uma novela de época da Rede Globo! Os diálogos, as expressões corporais e faciais… é tudo tão romantizado que, de longe, lembra o gênero terror.

E é isso, meus cinéfilos nerds. Como eu disse mais atrás, isso não tira os méritos da segunda temporada e a maioria das pessoas não terá essa mesma percepção que tive. Recomendo que assistam pois, certamente, gostarão. Já a primeira temporada é tiro certeiro e agrada até aos mais exigentes, fãs de terror psicológico, compassado e sem clichês.

Boas festas a todos! Ano que vem continuaremos a nos ver por aqui. Abraços e até breve!

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Lukas Melo

É Editor e Autor do UniversoNERD.Net. Profissional da área de EaD, aficionado por RPG, hardware e cinema. Porém, não nega outras nerdices.

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