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The Act: do conto de fadas ao conto de terror

The Act: do conto de fadas ao conto de terror

Olá, queridos leitores. Hoje quero contar para vocês um pouco sobre uma série que saiu há pouco tempo na plataforma Starzplay, aqui no Brasil, baseada em fatos reais: The Act, Ficaram curiosos? Vamos conferir!

The Act é uma série de televisão americana, um drama criminal, que estreou em 20 de março de 2019, na plataforma americana de streaming, Hulu. As personagens, Gypsy e Dee Dee Blanchard, vividas respectivamente por Joey King e Patricia Arquette, trabalharam em um sincronismo perfeito de mãe e filha, até mesmo nos desentendimentos.

Na 71ª edição do Primetime Emmy Award, King e Arquette receberam nomeações para Melhor Atriz em Minissérie e Melhor triz Coadjuvante em Minissérie, respectivamente.

Joey King, como Gypsy
Patricia Arquette, como Dee Dee

Um pouco da história

Baseada em fatos reais, a primeira temporada baseia-se na vida real de Gypsy Rose Blanchard e no assassinato de sua mãe, Dee Dee Blanchard, a qual foi acusada de abusar da filha através da fabricação de doenças e deficiências, como consequência da Síndrome de Münchhausen por procuração, a qual ela possuía.

Farei uma pausa aqui para explicar sobre essa síndrome, apenas para que vocês não se percam rs.

Síndrome de Münchhausen é um transtorno onde o indivíduo finge ou causa a si mesmo doenças ou traumas psicológicos para chamar atenção ou simpatia por eles. Sintomas podem ser induzidos por drogas, toxinas ou objetos que simulem ou causem algum mal, com o intuito de convencer os profissionais de saúde a fazerem um diagnóstico induzido.

No caso da Síndrome de Münchhausen por procuração, na maioria dos casos, é praticada em crianças ou adolescentes, considerado um abuso, onde seus cuidadores provocam de forma deliberada, ou informam de maneira falsa, a existência de alguma doença ou distúrbio, como forma de chamar atenção para si mesmos. Os sintomas podem ser induzidos da mesma forma e podem levar os profissionais a diagnósticos errados, somente através de relatos do responsável.

Agora, voltemos à nossa série, que foi baseada em um fato verídico, um assassinato dos mais comentados até hoje nos EUA.

Somos apresentadas, logo no início da série à mãe e filha, chegando à casa nova, após terem perdido tudo no furacão Katrina. Casa cor-de-rosa, parecendo de bonecas, com uma decoração de castelo de conto de fadas no interior, o que já não é considerado muito normal para uma mulher adulta. Mas, devido às condições as quais ela apresenta a filha, é compreensível.

Gypsy é apresentada como uma adolescente com a idade mental de uma criança de 7 anos, doente terminal devido à um câncer, paraplégica e que se alimenta através de uma sonda.

Dee Dee Rose Blanchard não tinha trabalho fora de casa, pois segundo ela mesma, sua filha era muito doente e ela precisava dedicar-se aos cuidados com a filha em tempo integral. A falsa heroína mostra um comportamento exemplar, de dar inveja em qualquer um.

Quando questionada a respeito dos problemas de Gypsy, a mãe relatava muitas complicações, entre elas: anomalias cromossômicas, epilepsia, distrofia muscular, asma severa, apneia do sono, alergia problemas de visão, alergia alimentar, inclusive sendo alimentada por uma sonda, a qual a mãe de Gypsy fez com que um médico colocasse na menina, mediante uma cirurgia.

Parecia uma família feliz, até que em um lindo dia, apareceu uma mensagem na página do Facebook de Dee Dee, que dizia o seguinte: “A vadia morreu!”

Na verdade, a família aparentemente “feliz”, que se levanta mediante obstáculos e continua caminhando, não era bem assim.

O relacionamento entre mãe e filha desanda, quando Gypsy começa a batalhar por sua independência e a mãe, super protetora, se torna cada vez mais controladora e abusiva.

A garota passa a se sentir em uma prisão velada e a medida que a história se desenvolve, ela descobre cada vez mais mentiras a seu respeito. Tudo digno de um filme de terror, ao invés de um conto de fadas.

O relacionamento é envenenado ainda mais, quando Gypsy enfrenta a mãe, expondo várias mentiras contadas à ela e com as quais cresceu. Vejamos:

  • ela cresceu acreditando ser doente, segundo sua mãe, ela tinha câncer. Mas descobre que não era bem assim.
  • ela acreditava ter alergia alimentar, uma vez que sua mãe a alimentava por sonda, colocada mediante cirurgia. Ela não tinha alergia a nenhum alimento, principalmente ao açúcar;
  • ela acreditava que tinha distrofia muscular, mas logo descobre que podia ficar em pé e caminhar, apesar da fraqueza, devido ao fato de ter crescido na cadeira de rodas;
  • a mãe de Gypsy disse que ela tinha 15 anos, quando na verdade, ela tinha mais de 18;

Todos esses fatores levaram o desentendimento das duas a crescer e ficou ainda pior, quando Gypsy conhece Nicholas Godejohn, de 24 anos, em um site de namoro cristão. O rapaz é diagnosticado com o Espectro de Autismo e um QI bem abaixo da média.

Gypsy se envolve em um relacionamento perigoso, virtual, mas deixa claro a ele que enquanto a mãe for viva, eles nunca poderão ficar juntos. Com tudo planejado, ela pede ao rapaz que mate sua mãe.

O corpo de Dee Dee é encontrado esfaqueado, no quarto da casa onde ambas moravam. Gypsy, transformada, sem a cadeira de rodas e sem os tubos de oxigênio, usando uma peruca, pois sua mãe raspava sua cabeça para reforçar a imagem de doente da filha, é presa pela polícia, junto com o namorado, na casa dos pais dele.

Já na cadeia, Gypsy nega ter tramado a morte da mãe e pedido ao namorado que cometesse o crime. Ele, porém, apaixonado, assume que cometeu o crime por ela e que ela pediu a ele que executasse o plano. Inclusive, ele assume à advogada que já foi diagnosticado com transtorno por ter várias personalidades dentro dele.

A temporada termina em mistério, pois Gypsy reencontra o pai, consegue recuperar parte de seus arquivos médicos, mas não tem um desfecho de sua sentença.

O que posso dizer a vocês é que, mesmo com bastante spoiler, não contei nem metade do que aconteceu na primeira temporada. Acho que se vocês se interessarem, terão que descobrir.

A série é baseada em um caso real, onde a personagem, Gypsy, seu nome na vida real também, cumpre pena mínima por homicídio, 10 anos.

Não sei dizer a vocês até que ponto a mente de Gypsy é doente, mas acredito que tudo tenha sido planejado por ela, em momento de desespero em se ver livre da mãe e o instrumento usado por ela tenha sido o rapaz. Não acredito que ela realmente gostasse dele, mas nunca se sabe.

O que posso dizer a vocês é que em uma das afirmações dela, dizia o seguinte: “Sinto-me como em um desses contos de fadas, onde serei a princesa resgatada…”. Pode até ter começado como um conto de fadas, mas terminou com um verdadeiro filme de terror!

Bizarro, não é?

Até a próxima!

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Paula Souza

É Editora e Autora do UniversoNERD.Net, Professora de Língua Portuguesa e Inglesa, amante de leitura e Literatura, além de gamer nas horas vagas.

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