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Tela Klassik: Curtindo a Vida Adoidado

Tela Klassik: Curtindo a Vida Adoidado

Saudações, meus caros nerds cabuladores de plantão! Tudo bom convosco? No Tela Klassik de hoje, trago um filme que é impossível que nunca tenhais assistido! Clássico dos anos 80 desde que estreou na TV aberta, passou a ser uma das figurinhas carimbadas da Sessão da Tarde, juntamente com De Volta à Lagoa Azul. Estou falando do repetidíssimo Curtindo a Vida Adoidado.

Lançado em junho de 1986 nos Estados Unidos, Ferris Bueller’s Day Off (título original) chegou aos cinemas brasileiros em dezembro do mesmo ano. Dirigido e produzido por John Hughes, traz como personagens principais o trio Ferris Bueller (Matthew Broderick), seu inseparável amigo, Cameron Frye (Alan Ruck) e Sloane Peterson (Mia Sara), sua namorada. Dentre os personagens secundários de maior relevância à trama, destacam-se: Jeanie Bueller, irmã de Ferris, interpretada por Jennifer Grey, o obsessivo diretor de escola, Edward Rooney (Jeffrey Jones), e o delinquente sem nome, interpretado por Charlie Sheen no auge dos seus 20 anos de idade.

Meu nobre nerd que me perdoe, mas, ao contrário dos Tela Klassik anteriores, não contarei o enredo todo do filme em questão. A razão disto é que daria um texto gigantesco, dada a imensa quantidade de bagunças aleatórias que os protagonistas fazem em apenas um dia! Sendo assim, aqui vai o conceito da história apresentada pela obra.

Em um belo dia numa ensolarada Chicago, Ferris decide cabular aula e aproveitar a vida juntamente com sua namorada e seu melhor amigo. Para tanto, engana seus pais logo de manhã, simulando uma febre. Sua safadeza só não é capaz de ludibriar sua invejosa irmã e o diretor da escola, que simplesmente o odeia. Usando de suas artimanhas, consegue liberar Sloane das aulas, fingindo ser seu pai. Com alguns xavecos, convence o hipocondríaco Cameron a sair de casa e juntar-se a eles nas aventuras que realizariam naquele dia.

E assim começa a sequência de loucuras: saem com uma Ferrari raríssima do pai de Cameron, vão a restaurantes, galerias de arte, invadem um desfile (cena mais emblemática do filme, ao som de Twist and Shout dos Beatles), vão nadar, destroem a Ferrari… e tudo isso acontece ao mesmo passo em que o diretor e Jeanie tentam provar que o adolescente está mentindo. Edward se estrepa todo ao tentar invadir a casa de Ferris e ser atacado por um enorme cão; Jeanie, que estava lá para confirmar o mesmo, se assusta com o diretor, chama a polícia e, por ser extremamente mal educada, é conduzida à delegacia, acusada de passar trote. É justamente na delegacia que se passa a cena com Charlie Sheen, onde a irmã megera toma um baita sermão e lição de vida de um rapaz drogado. A cena é engraçada e bonita ao mesmo tempo.

Já próximo do horário em que seus pais retornariam do trabalho, Ferris volta correndo para a casa. No caminho, é avistado por sua irmã, que estava no carro com a mãe, que fora buscá-la na delegacia. O jovem atravessa boa parte da vizinhança a base de corrida, saltos e invasões de quintais. Assim, consegue chegar segundos antes de sua família. Porém, encontra o diretor na porta de sua casa, todo rasgado, sujo, extremamente zangado e ávido para puni-lo com uma reprovação de ano.

Após o diretor falar poucas e boas a Ferris e se vangloriar da forma que iria puni-lo, Jeanie, que refletira sobre sua relação com seu irmão após o sermão recebido do rapaz drogado, intervém agradecendo ao diretor por ter trazido o “jovem adoentado” de volta para casa, confirmando a história do malandro. Ferris fica feliz e muito surpreso com a atitude da irmã. Ainda por cima, consegue voltar para seu quarto e se deitar na cama segundos antes de seus pais irem ver como estava o “amado filhinho com dodói”.

E assim termina a história, aventureiro nerd, que tenta passar a mensagem às gerações das décadas de 80 e 90 de que vale a pena, às vezes, se desapegar do cotidiano estressante e tradicionalismo a fim de aproveitar a vida, valorizar as amizades e vivenciar novas experiências.

Para um filme cujo roteiro foi criado em pouquíssimos dias (comentam que foi de 2 a 6 dias para que ficasse pronto) e teve um custo de produção de US$ 6 milhões, a receita alcançada de US$70 milhões confere à obra o status de um dos maiores sucessos do ano de 1986. A partir de Ferris Bueller’s Day Off surgiu uma série que, infelizmente, não durou mais do que uma temporada. Também, cogitou-se uma sequência para o filme; mais um penar para os fãs, pois nunca saiu do papel.

Das duas maiores curiosidades da obra, uma refere-se à bendita Ferrari que é destruída em uma das cenas. É com grande prazer que venho lhes informar de que ela não era real! Para as filmagens, foram necessárias três réplicas da Ferrari 250 GT California Spyder, feitas a partir de veículos esportivos comuns com chassis remodelados. Anos 80, meu novíssimo nerd! A época em que super carros esportivos seriam destruídos a toque de caixa viria apenas décadas seguintes com Velozes e Furiosos!

A outra é sobre a icônica cena do desfile. Tudo foi gravado durante um evento anual na cidade de Chicago. Boa parte das pessoas que aparecem dançando não fazem parte do figurino do filme. Tudo ficou tão natural e espontâneo que o diretor do filme decidiu por manter essas tomadas. Essa cena foi tão aclamada que colocou a música Twist and Shout dos Beatles novamente nas paradas de sucesso!

É isso que tenho a dizer sobre esse grande clássico do cinema, meus amigos nerds. Acaso pertença ao 0,0001% de pessoas no país que ainda não o assistiram, faça as honras! Você irá se divertir e, com certeza, refletir, sobre as prioridades de sua vida, tendo em vista que ela passa muito rápido para todos nós.

Abraços e até breve.

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Lukas Melo

É Editor e Autor do UniversoNERD.Net. Profissional da área de EaD, aficionado por RPG, hardware e cinema. Porém, não nega outras nerdices.

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