Saudações, meus caros nerds pagãos de plantão! Tudo bom convosco? Dada a falta de lançamentos, neste começo de ano estava bem difícil de encontrar uma série inédita para acompanhar. Assisti vários trailers e li algumas sinopses, porém, nada me chamava a atenção. Por fim, resolvi dar uma chance a um título que, num primeiro olhar, encarei com muito preconceito por conter em sua sinopse a junção das palavras “adolescentes”, “desaparecidos”, “misteriosamente” e “passado”, que automaticamente me remetem a um gênero de série que já está ficando um tanto quanto clicherizada.
Todavia, ao ler a pequena síntese de cada capítulo que a Netflix disponibiliza, percebi que havia elementos muito particulares em seu enredo e que a obra não se tratava de uma tentativa barata de pegar carona no “esqueminha” Dark e Stranger Things. Hoje, precisamos falar sobre Equinox.
Dirigida por Søren Balle e Mads Matthiesen, Equinox é uma série dinamarquesa criada pela diretora cinematográfica Tea Lindeburg, que em conjunto de outros cineasta e escritores, desenvolveram o roteiro da obra, adaptando-o de um famoso podcast da Dinamarca chamado Equinox 1985. Foi lançada em 30 de dezembro de 2020, sendo disponibilizada – como já puderam perceber – pela streaming Netflix.
Nos papéis principais, Danica Curcic, como a Astrid adulta do tempo atual, e a fofíssima Viola Martinsen, interpretando Astrid enquanto criança aos nove anos de idade. Dentre outros atores que tiveram papéis de destaque para a trama, cito Karoline Hamm (Ida), Fanny Bornedal (Amelia), August Carter (Jakob), Ask Truelsen (Falke), Hanne Hedelund (Lene) e Lars Brygmann, como Denis, que você só deverá reconhecer caso tenha costume de acompanhar séries nórdicas, que na minha opinião, são as melhores da atualidade nos gêneros suspense e policial/investigação.
Como vocês já estão carecas de saber, em “Precisamos Falar Sobre”, a intenção é chamar a atenção para a existência da obra analisada como uma forma de indicação sem dar spoilers significativos, apresentando apenas o conceito do enredo que presenciarão caso decidam assistir. Portanto, sobre Equinox vale ser mencionado que se trata de uma história onde um grupo composto por 18 jovens dinamarqueses, formandos do Ensino Médio no ano de 1999, desaparecem misteriosamente durante a viagem de caminhão que os levavam de casa em casa para comemorarem e prestar agradecimentos aos seus pais, conforme tradição do país.
Um desses jovens é Ida, irmã de Astrid. Com o sumiço da irmã mais velha, a menina passa a ter pesadelos terríveis que parecem lhe trazer respostas desconexas e assustadoras para o paradeiro de Ida e seus colegas. Com o passar do tempo, esses sonhos pioram a ponto de virarem alucinações e desmaios em plena luz do dia. Astrid, sem nenhum problema de ordem física, é internada para receber tratamento psiquiátrico, pois os médicos que a tratavam acreditavam que ela desenvolvera um enorme complexo de culpa.
No ano de 2020, ainda sem uma resposta plausível, Astrid, agora adulta e mãe de família, ainda carrega consigo o trauma do passado. Trabalhando como radialista, um belo dia recebe uma ligação de um dos melhores amigos de Ida, que também havia desaparecido em 1999. Toda sua obsessão pelo caso reascende novamente e ela decide partir em busca de uma resposta definitiva para que possa, enfim, ter alguma paz. E é em cima disso que o enredo se desenvolverá, meu vidente nerd.
Por não ser hollywoodiana, já tenha em mente que não haverá cenas de perseguição de carros, prédios explodindo, efeitos especiais de quilo, batalhas épicas entre humanos e zumbis, heróis e vilões, e nada que se aproxime disso! Como uma boa série europeia de origem nórdica, espere um ritmo bem compassado, sóbrio e sem exageros para os acontecimentos. E o melhor de tudo: as explicações para os mistérios não são óbvias e tem uma certa originalidade ao valer-se de fortes aspectos culturais da mitologia e religiosidade dinamarquesa.
Mas como já estou começando a falar demais, é melhor parar por aqui… Equinox é, sem dúvida alguma, uma série que vale muito a pena de ser vista caso curta um suspense com as características que descrevi aqui. Agora, se você só se prende em algo que traga alguma ação o tempo todo, deixe-a passar batido e procure outro título. Ostara há de te perdoar.
Abraço e até breve.
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