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Precisamos Falar Sobre: DNA do Crime (2ª Temporada)

Precisamos Falar Sobre: DNA do Crime (2ª Temporada)

Saudações, meus caros nerds de plantão. Tudo bom convosco? Felizmente, foi-se o tempo em que, mais do que ditar tendências, o cinema americano era o que havia de bom e melhor em termos de filmes e seriados. Atualmente, sem levar em consideração o nível de efeitos especiais e utilização de IA nas produções, as outras escolas não ficam devendo em nada à estadunidense. As melhores séries de suspense investigativo não são suecas ou norueguesas?! Os melhores e mais originais filmes de terror não são asiáticos?! Alguém consegue fazer séries de ficção científica melhores do que os alemães?! Pois então! É justamente nessa era que o cinema brasileiro vem se destacando, inesperadamente, em um gênero bem exigente: séries de ação policial. É por esse e outros motivos que, hoje, precisamos falar sobre a segunda temporada de DNA do Crime.

 

Lançada na Netflix no começo de mês de junho, a segunda temporada de DNA no Crime, criada e dirigida por Heitor Dhalia, retorna com todo o elenco que participou da primeira. Os protagonistas continuam sendo os agentes federais Suellen e Benício, respectivamente interpretados por Maeve Jinkings e Rômulo Braga; em contrapartida, os antagonistas continuam sendo Sem Alma e Isaac, interpretados por Thomás Aquino e Alex Nader; Rossi, papel de Pedro Caetano, sobe de cargo e dá lugar à delegada Vendramin, interpretada por Letícia Tomazella; Nico Garcia Hume no papel de Embaixador; dentre outros.

Como é de se esperar do gênero ação policial, o enredo não tem segredo algum: o grupo da Polícia Federal, agora liderado pela Delegada Vendramin e com Suellen no comando das ações de campo, parte em perseguição a Isaac e sua Quadrilha Fantasma que, nessas alturas, está ainda mais audaciosa após ajudar o Embaixador a fugir da prisão. A narrativa mergulha no submundo do crime transnacional, com roubos planejados, tensão policial intensa, estratégias criminosas sofisticadas e conflitos emocionais profundos — especialmente para Suellen, mãe de um bebê – e Benício, ainda abalado com a morte do parceiro, assassinado por Sem Alma, que também consegue retomar suas atividades criminosas a fim de pagar suas dívidas com o “Partido” e prover sustento para sua esposa e filho.

 

Se a primeira temporada alcançou um público magnífico, configurando, por bastante tempo, entre as 10 séries mais assistidas em outros idiomas que não o inglês, é fatal que esta temporada consiga números e prêmios ainda mais expressivos! No que se propõe, de fato, que é entreter os telespectadores com boas cenas de ação, perseguição, troca de tiros, roubos e assaltos cada vez mais planejados e quase impossíveis de serem feitos, DNA do Crime é nota 10! Conforme dito no começo desse artigo, de nada perde para as grandes produções hollywoodianas!

Mas como nem tudo são flores, a série apresenta velhos pontos negativos bem característicos do nosso cinema. O primeiro deles é o desnível gritante de atuação entre os atores, principalmente se levarmos em consideração os coadjuvantes. Enquanto alguns têm atuações perfeitas, outros agem de forma desnaturalizada, robótica ou “forçada”! Pelo fato da obra estar em nosso idioma materno, é muito fácil de notar isso. De criminosos se divertindo em um churrasco, prostitutas fazendo ponto nas ruas a garçons perguntando aos clientes o eles desejam – mesmo que de fundo nas cenas – chama a atenção pela mecanicidade dos figurantes.

 

Outro ponto negativo, e bem irritante por sinal, é o tanto de palavras de baixo calão que todos os personagens falam: de bandido a autoridades da Polícia Federal e internacional, são raras as frases limpas de palavrão! A questão aqui, meu caro nerd astuto de plantão, não é o mero moralismo, mas, sim, a falta de necessidade disso, somado à preguiça do roteirista em criar diálogos ou frases curtas mais bem elaborados. A impressão que fica é que foi muito mais fácil abarrotar tudo de palavrões do que pensar melhor no que poderia ter sido dito. Além disso, fica muito forçado! É verdade que nós, brasileiros, falamos muitos palavrões e até incorporamos vários deles até como pausa em nossas frases. Mas do jeito que a série os utilizou é muito exagerado, tirando um pouco da sensação de naturalidade e realidade.

Mesmo assim, essas duas faltas, a meu ver, não tiram o brilho da série. DNA do Crime é sim uma baita série que, com certeza, ganhará outras temporadas, pois já conquistou o coração do povo brasileiro e fãs de cinema alternativo. Então, acaso esteja em dúvida se deve ou não dar uma chance a ela, pode assistir sem medo de perder tempo, caso curta uma boa obra de ação.

Abraços e até breve.

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Lukas Melo

É Editor e Autor do UniversoNERD.Net. Profissional da área de EaD, aficionado por RPG, hardware e cinema. Porém, não nega outras nerdices.

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