Precisamos Falar Sobre: Black Mirror – 6ª Temporada

Saudações, meus futuristas nerds de plantão! Tudo bom convosco? De vez em quando, percorro as plataformas de streamings que possuo em busca de novos filmes e séries recém adicionados ou prestes a serem lançados. Porém, estava com tanta coisa selecionada para assistir que, há muito tempo, não fazia isso. Por esse motivo, alheio aos títulos que chegariam, tal foi a minha surpresa quando, ao abrir a Netflix para assistir uma série sobre sumô, dei de cara com o aviso de que minha obra favorita da atualidade estava por estrear! É por esses e outros motivos que, hoje, precisamos falar sobre a sexta temporada de Black Mirror.

Depois de um longo hiato de quatro anos, a criação de Charlie Brooker retorna com mais cinco episódios. De uma singela produção inglesa, a sexta temporada de Black Mirror estreou na Netflix no dia 15 de junho, agora, com ares claros de megaprodução. Em seu elenco, retornam atores que já deram as caras nas temporadas passadas, além de outros novatos. São eles: Paapa Essiedu, Clara Rugaard, Zazie Beetz, Anjana Vasan, Annie Murphy, Michael Cera, Salma Hayek, Aaron Paul, Samuel Blenkin, Josh Hartnett, Kate Mara, dentre outros.

Mais uma vez, a série, por intermédio de seus episódios, tenta “cutucar” a sociedade contemporânea ao abordar temas polêmicos que permeiam os limites da ética e moral sobre o que seria aceitável – ou não – com a utilização de tecnologias, quer elas antigas, já existentes ou, possivelmente, por virem. Não é à toa que, por esses e outros motivos, a classificação da obra é para maiores de 18 anos, mesmo tendo raríssimas cenas de nudez e algumas de violência explícita ao longo de todas as suas temporadas.

Como não posso spoilar e nem me aprofundar muito, aqui vai uma pequena sinopse do que você, safo nerd, encontrará em cada um dos episódios. Se ligue aí:

• A Joana é Péssima (1º episódio): uma mulher comum que, assim como a maioria, possui segredos, traumas e dramas pessoais, acaba descobrindo que uma versão adaptada de sua vida é narrada em um canal streaming. Imagine você, misterioso nerd, perceber que os mais profundo de suas intimidades é exposto para milhões de pessoas de todo o mundo!

• Loch Henry (2º episódio): um casal de cineastas vai para a Escócia a fim de gravar um documentário sobre a natureza de uma tranquila cidade do interior. Lá, descobrem que o local possui uma lenda muito estranha e, em vez de continuarem o que foram fazer, resolvem investigá-la.

• Além do Mar (3º episódio): uma dupla de astronautas recebe uma missão que consiste em realizar uma viagem espacial no ano de 1969 (porém, numa versão bem mais tecnológica do que realmente foi). Como é de se supor, algo dá muito errado e os dois têm que lidar com vários problemas que se apresentam desde então.

• Mazey Day (4º episódio): o que acontece quando uma pessoa muito famosa se envolve em confusão? Trabalho bem-vindo à imprensa, é claro! É o que se passa com Mazey, uma atriz hollywoodiana que atropela uma pessoa comum e tem o seu sossego, mais do que nunca, atormentado por uma horda de paparazzis.

• Demônio 79 (5º episódio): com um clima de filme de terror e ambientado no final da década de 1970, o episódio conta a história de uma vendedora que passa a ter contato com uma entidade demoníaca em sua casa. Autointitulado “Gaap”, o demônio pede que a protagonista realize três tarefas para que uma catástrofe de proporções globais seja evitada. No lugar dela, você as realizaria?

Em suma, é isso, meu caro nerd. A série continua impecável em proporcionar aos telespectadores sérias reflexões a respeito do quanto a natureza humana tem o potencial de ser perversa com suas atitudes e comportamentos. Assisti-la prestando-se atenção a esse viés, bem como tentando montar uma linha do tempo e conexões com todos os seus 26 episódios até aqui, é impossível não a amar. Aprecie-a sem moderação.

Abraços e até breve.

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