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Meu Amigo Dahmer… A História Mais Perturbadora Desde Jack, O Estripador!

Meu Amigo Dahmer… A História Mais Perturbadora Desde Jack, O Estripador!

Hoje, venho trazer para vocês um texto sobre um assunto mais forte… bem, neste caso mais perturbador, como disse o ilustre Makson Lima sobre esta graphic novel na forma de quadrinhos (HQ), desenhada e escrita por JohnDerfBackderf e publicada pela editora Darkside Books. Quem me conhece um pouco mais sabe que gosto dos temas suspense/drama/terror, mas confesso que essa história é realmente mais pesada e imprópria para menores de idade. Mesmo assim, trago minha visão e informações para quem deseja saber um pouco mais sobre “Meu Amigo Dahmer” antes de adquirir e começar a ler.

Jeffrey Dahmer foi (e não será errado dizer que ainda é!) um dos assassinos em série mais notórios que o mundo já conheceu. Seus crimes eram numerosos e, além disso, extremamente repulsivos. Entre os verões de 1978 e 1991, “Jeff” Dahmer assassinou 17 homens e meninos, às vezes violando-os de antemão, algumas vezes depois, às vezes mutilando seus cadáveres e até mesmo comendo algumas partes. Como homem, ele era um pesadelo. Mas o drama atrevido “Meu Amigo Dahmer” desafia o público a considerar um menino solitário e bravo que veio antes do perturbado e também conhecido como “O Canibal de Milwaukee”.

Este post contém spoilers e retrata a minha visão após ler essa obra na forma de quadrinhos sobre parte da vida escolar de Dahmer, no olhar de um de seus amigos da época!

Antes de continuarmos, a visão de quem entende do assunto…

Para seguir com o raciocínio deste post e, como citei no primeiro parágrafo, sugiro que antes você assista ao vídeo (abaixo) do Makson Lima, que entende muito sobre assuntos de terror e possui o ótimo Canal “MasQueHorror” no YouTube com publicações semanais sobre o gênero.

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Agora, um pouco mais sobre “Meu Amigo Dahmer”…

Passando no final da década de 1970, “Meu Amigo Dahmer” leva o público de volta à juventude nebulosa, cheia de bebida e sangue a qual Jeff vivia e de seu “amigo”, futuro desenhista e escritor de quadrinhos “Derf” Backderf, que passou a escrever e desenhar a novela biográfica na qual esta HQ e o futuro filme (será lançado em breve!) se baseiam. Naquela época, Backderf era um adolescente sarcástico nos degraus mais baixos do ensino médio, sem uma namorada ou muita ambição. Ele e seus amigos decidiram fazer amizade com o estranho Dahmer, que fingia convulsões e gritava por atenção.

Este foi o início do chamado “Dahmer Fan Club” e de um jogo descuidado e perigoso, que acabou encorajando o assassino serial em ascensão e que tinha como marca principal um comportamento antissocial. O verdadeiro Backderf quer que o público veja Dahmer como um filho que poderia ter sido salvo, entretanto, em meio aos fatos horríveis, de passatempos escuros e desejos reprimidos, essa mensagem de compaixão por um assassino é muito difícil de engolir. Não é mesmo, caro leitor?

A história representa a visão do amigo Backderf na época que estudaram juntos no colégio.

O quadrinho revitalizou o gênero serial killer, mas é mesmo perturbador. A história é verídica e Dhamer é um cara realmente detestável.

Que Dahmer fica permeando a história como uma nuvem escura, revoltado e com constante ameaça de violência é fato. No início, ele é apenas um menino tímido e pálido, com longos cabelos loiros e óculos desajeitados, olhando longinquamente para fora da janela do ônibus escolar em um homem suado troteando ao lado da estrada. Desde o começo, Backderf provoca a luxúria reprimida de Jeff, que coagularia em algo letal. Então, logo adiante, esse garoto fica mais assustador, orientando alguns colegas de classe até uma cabana de madeira onde está preparando um passatempo sinistro. Lá dentro, mostra os frascos de vidro onde guardou os restos de pequenos animais com ácido, para dissolver os corpos, porque gosta dos ossos.

Os verdadeiros fãs do crime sabem bem que a mutilação animal em crianças é uma grande bandeira vermelha, uma característica comum entre os assassinos em série. Mas, mesmo que você não soubesse disso, com que probabilidade você deve simpatizar com esse tipo de garoto, alguém que está escondendo coisas estranhas, coletando cadáveres de animais e admirando os ossos para sua própria diversão? Além de tudo isso, cada vez que seus amigos o chamavam de Dahmer, eu ficava um pouco apreensivo, pois seu sobrenome é tão infame (pela história) e que conseguiu ser perturbador para a sociedade da época.

O quadrinho é rico em detalhes e retrata a convivência de Backderf com Dhamer dentro e fora do colégio.

A cabana que marca a história sobre a vida de Dahmer na época do colégio (ilustração retirada do quadrinho original, em inglês).

De fato “Meu Amigo Dahmer” abriu a juventude problemática do assassino, mostrando não apenas suas convulsões assustadoras, mas também sua mãe mentalmente doente que de certo modo o intimidou e depreciou. Defendendo sua obra e sua adaptação ao filme, Backderf argumentou que, se os adultos apenas tivessem prestado atenção aos gritos de ajuda de Dahmer, ele poderia ter sido salvo. A história faz uma tentativa séria com esta mensagem ao centrar o adolescente em figuras parentes que falham, uma mãe que não quer ou não pode amá-lo, um pai que não pode ser incomodado e professores que literalmente ignoravam o consumo de álcool, suas “convulsões” na escola ou até mesmo um simples rabisco de um rosto perturbado no armário. Mas considerando que Dahmer matou sua primeira vítima duas semanas após a formatura no colégio, esse argumento se torna fraco e egoísta, como se o quadrinhista justificasse seu fascínio mórbido com este estuprador e assassino malicioso.

Atirado em uma paleta doentia e amarela de uma fotografia envelhecida e esquecida no sol, “Meu Amigo Dahmer” pretende colocar uma arte sobre sua narrativa, franca e exploradora. Backderf se mostra como um amigo ruim para um menino que precisa de ajuda, mas também se sente egoísta, parecendo uma desculpa meio arranjada por se concentrar na humanidade de Dahmer, ignorando a de suas vítimas, que não serão nomeadas, apenas contadas, em um cartão de título arrepiante. O drama é nauseante, senão por causa de sua tragédia orgânica, depois pela carnificina que sabemos que irá ocorrer.

O autor realizou uma extensa pesquisa para escrever, inclusive em jornais da época, depoimento dos pais e familiares, pessoas que conviveram com Dahmer de certo modo e até informações do FBI.

Cena da graphic novel ilustrando os ataques forçados de Dahmer para chamar a atenção dos colegas.

Eu não senti nenhuma empatia por Dahmer! O menino que ele era ficou muito ofuscado pelo “mosntro” que se tornou, um terrível mítico em que a HQ penetra especialmente em uma sequência de fantasia, onde o adolescente incomodado se sente atraído pelo corpo rígido do corredor, que deseja de forma estranha. E culpar o mundo em torno de Dahmer por seus crimes sente-se grosseiramente desprezível em sua parte nas violações, assassinatos e mutilações de 17 pessoas. Além disso, até mesmo a narrativa mostra como Dahmer manipulou as pessoas ao seu redor, estimulando-os a participar de um baile de formatura com ele, segui-lo em casa entre outras coisas. Como devemos levar a sério essa proposta de empatia?

No final, senti um Dhamer calculista! Parece que o autor pretende capitalizar um fascínio perverso com o Canibal de Milwaukee, enquanto nos felicitamos por encontrar uma mensagem moral em sua tragédia. Mas não há nenhum revestimento prateado nesta história. Não há redenção a ser encontrada. Há apenas horror!

A narrativa dessa história perturbada é passada muito bem e nessa época ele não assassinou ninguém!

Se você for ler essa história… Por favor, me conte seu ponto de vista com relação à mensagem do autor!

Enfim… Backderf realizou uma bela pesquisa e trabalho jornalístico e, mesmo com um traço pouco expressivo, mas particularmente bom, conseguiu passar parte da vida de Dahmer com os pais. amigos, mas principalmente como se portava no colégio antes dos acontecimentos trágicos e repulsivos. Será mesmo que é possível identificar um provável serial killer com os elementos apresentados pelo autor?

Até o próximo post galera!

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Reinaldo Vargas

Professor, Streamer, Parceiro do Facebook Gaming e ArenaXbox.com.br, Idealizador do UniversoNERD.Net, integrante do Podcast GameMania e Xbox Ambassador. Jogador de PlayStation e Xbox!

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