Olá, queridos leitores. Hoje quero falar um pouquinho para vocês cobre um assunto não muito recente, mas que ainda necessita de aprofundamento: a Alfabetização Midiática ou AMI. Já ouviram falar? Não? Então venha conhecer um pouquinho a respeito!
O que é Alfabetização Midiática?
O conceito desse termo ainda é aberto à discussões. E essas discussões, na maioria das vezes, são no âmbito acadêmico. Na comunicação em massa, ou seja, para a maior parte da população, que é aquela atingida pelas mídias tradicionais como jornal, revista, rádio e televisão, esse termo é bem conhecido.
Cabe aos profissionais de Educação, em âmbito escolar ou universitário, promover esse debate para apresentar projetos e soluções práticas. Como? Levando em consideração as reflexões de muitos teóricos a fim de construir um fator comum acerca do conceito da AMI.
Enquanto não se encontra um conceito em comum a todos os envolvidos, vamos ficar com o que se aproxima mais, que é o conceito apresentado pela Unesco e o qual diz o seguinte: são competências que enfatizam o desenvolvimento de habilidade a partir de investigações e a capacidade de engajamento significativo junto às mídias e aos canais de informação, independentemente das tecnologias usadas nesse processo.
Resumindo: é pegar o usuário consumidor e transformá-lo em um produtor de conteúdos de alguma forma e que vá agregar algo à sociedade.
Hoje, nossas crianças e adolescentes tem acesso a conteúdos digitais, mas não têm a menor ideia de como isso surgiu. O que eles enxergam é que simplesmente devem isso à internet, mas não é verdade. Existe uma história por trás das mídias digitais, desconhecida por muitos, mas nem por isso menos importante.
O que temos disponível hoje, digitalmente, está lá presente de forma escrita ou de forma visual e sonora. O suporte é digital, mas um podcast, por exemplo, é um arquivo em áudio e nos remete ao rádio. O YouTube possui conteúdos em vídeo, alguns com texto e contexto, outros sem nada, somente com a imagem, o que nos remete à televisão.
Assim, com o propósito de criar cidadãos com senso crítico, porque não transformar os consumidores de informação em produtores de informação, para que saibam reconhecer todas as etapas de construção desse processo, até esse conteúdo ser disponibilizado na internet, de forma gratuita ou não?
Porém, é importante tomarmos cuidado com um detalhe: para criarmos conteúdo é necessário uma coleta de informações antes. Existem alguns processos esenciais como: empatia com o público e o assunto, definição da ideia, idealização e provas, quando houver.
Partindo desses processos, podemos colocar uma ideia bem planejada em prática, levando os usuários da internet à uma reflexão diante das informações que circulam hoje nos muitos veículos de comunicação. E mesmo que os processos citados acima não sejam aplicados, através da discussão de determinados assuntos, podemos garantir reflexões críticas.
O fato é que ferramentas não faltam para que essa criação seja motivada. Basta cada indivíduo identificar sua própria habilidade, pois a alfabetização midiática se tornou uma prática essencial com o passar dos anos, principalmente nos dias atuais.
Não basta ser consumidor, tem que ser um formador de opinião. Na verdade, a falta da AMI acaba contribuindo para práticas perigosas, como o cyberbullying, a propagação das notícias falsas (fake news), exposições excessivas, entre outros. Isso só deixa claro o quanto falta de informação à respeito das mídias em questão.
Para isso, algumas escolas estão adotando práticas desde o Ensino Básico, como a criação de rádios escolares, a realização de encontros que abordam as práticas de comunicação na educação, com direito à mesa de debates sobre o tema. Essas práticas ressaltam o quanto é essencial falar sobre a formação de profissionais, a resistência das mídias alternativas e a necessidade de dar uma voz igual a todos, quando se usa a mídia de forma crítica.
Hoje, é uma realidade que as crianças e adolescentes passam muito mais tempo em contato com conteúdos digitais, do que com cadernos e livros. Existe uma defasagem em conteúdos de ensino básico, como português e matemática e consequentemente, esse mesmo público serão futuros consumidores passivos de notícias e conteúdos das mídias existentes.
O fato inegável é que todas as faixas etárias, de um bebê até os idosos, têm algum tipo de contato com mídia e tecnologia, alguns de forma mais intensa, outros nem tanto. O grande problema é ser um simples consumidor passivo, sem postura crítica e reflexiva, fato que vem sendo trabalhado e quanto antes mudarmos esse quadro, melhor será para o futuro de nossos filhos.
Até a próxima!
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