Olá, queridos leitores. Vocês já devem ter ouvido falar sobre Cromoterapia. Para quem não conhece, Cromoterapia é uma terapia complementar que utiliza as cores para equilibrar corpo e mente, melhorando a sensação de bem-estar e tratando até algumas doenças, como depressão, por exemplo.
Mas, o artigo de hoje não é sobre Cromoterapia e sim, sobre o significado das cores em diversas áreas, desde Saúde, até Literatura. Vamos saber mais a respeito?
Linguagem das cores é o modo como as emoções, percepções e comportamentos são influenciados pelas cores. É o modo como nosso cérebro processa e identifica cada cor, transformando-as em sensações e emoções.
A compreensão dessa linguagem é extremamente importante para várias áreas, como Marketing e Publicidade, Design gráfico, artes, ciências e assim por diante. No Marketing e Publicidade, por exemplo, são feitos estudos e cada detalhe é pensado, isso inclui as cores utilizadas, para que o produto final cause impacto no consumidor.
Mas, vamos lá….. O que são as cores?
As cores são percepções visuais que nossos olhos identificam quando há presença de luz. Essas percepções surgem das diferentes faixas de luz que conseguimos enxergar. O termo “cor” tem origem no latim color, que significa “encobrir” ou “esconder”.
O interessante é como as cores se formam. As cores são manifestações físicas provocadas pela luz. A luz branca, por exemplo, é composta pela combinação das sete cores do espectro visível: vermelho, laranja, amarelo, verde, azul, anil e violeta. Por outro lado, o preto simboliza a ausência total de luz ou de cor.
A variedade de cores é imensa, tornando difícil determinar exatamente quantas existem. No entanto, elas podem ser agrupadas em três categorias principais: cores primárias (conhecidas como “cores fundamentais”), cores secundárias (resultam da combinação de cores primárias) e cores terciárias (mistura de uma cor primária e uma secundária).
As cores também podem ser classificadas por temperatura: cores quentes (provocam sensação de calor e estão ligadas a elementos como fogo e luz), cores frias (provocam sensação de frescor e tranquilidade e estão ligadas a elementos associados à água) e cores neutras (tons mais discretos e equilibrados como cinza e marrom).
As cores também possuem propriedades:
- Matiz: Refere-se à variação específica de uma cor, como verde, amarelo ou roxo. Todas as cores — sejam primárias, secundárias ou terciárias — são consideradas matizes.
- Tom: Indica o grau de luminosidade de uma cor. Ao adicionar preto, o tom se torna mais escuro; ao incluir branco, a cor se torna mais clara. Por exemplo, misturar vermelho com branco resulta em rosa, um tom mais suave.
- Intensidade: Diz respeito ao brilho ou vivacidade da cor. Cores como o amarelo têm alta intensidade, enquanto o marrom, por ser mais apagado, possui baixa intensidade.

Bem, agora que vocês já viram o conceito de cores, vamos continuar?
Para quem não conhece nada sobre o assunto, existe um campo de estudo na área da Psicologia, chamado Psicologia das Cores. Esse é um campo que investiga como o cérebro humano interage com as cores, reconhecendo-as e interpretando-as. Esse campo, além disso, vai analisar quais sensações e emoções as cores são capazes de provocar. Essa abordagem, na Psicologia, tem uma ligação direta com a Teoria das Cores.
A influência das cores é especialmente evidente nas áreas de marketing e publicidade, onde cada elemento visual é cuidadosamente planejado para causar impacto no público. O objetivo é entender como determinadas cores podem estimular o consumidor a tomar decisões, como adquirir um produto ou contratar um serviço.
A simbologia das cores é essencial na criação de layouts e materiais visuais. Quando utilizadas de forma estratégica, as cores se tornam um diferencial que contribui para a atratividade e eficiência da comunicação visual.
No universo do marketing, a psicologia das cores desempenha um papel estratégico. Ela é usada para reforçar a identidade visual de marcas e produtos, agregando valor e transmitindo a essência da empresa.
É fundamental que as cores escolhidas estejam alinhadas com o perfil da organização ou do item promovido. Por isso, muitas agências especializadas utilizam esse conhecimento para desenvolver logotipos e materiais gráficos eficazes.
Características e Classificação das Cores
Cada cor provoca uma resposta emocional distinta, e compreender essas reações é fundamental para aplicá-las corretamente. Veja os principais fatores que influenciam essa percepção:
- Temperatura: As cores podem transmitir sensações térmicas. Tons frios, como azul e verde, evocam frescor, enquanto os quentes, como vermelho e laranja, remetem ao calor.
- Emoção: As cores têm o poder de influenciar o estado emocional das pessoas, afetando humor, motivação e bem-estar.
- Simbolismo: O significado atribuído a cada cor varia conforme as vivências individuais. Uma mesma cor pode despertar sentimentos diferentes em momentos distintos da vida.
- Dimensão: Certas cores podem alterar a percepção de espaço, fazendo com que um ambiente pareça maior ou menor do que realmente é.
- Peso visual: A tonalidade de uma cor pode fazer com que um objeto pareça mais leve ou mais pesado aos olhos.
- Iluminação: A capacidade de refletir ou absorver luz varia conforme a cor, influenciando a sensação de claridade ou escuridão em um ambiente.
- Memória: As cores podem estar associadas a lembranças específicas, funcionando de forma semelhante aos aromas ao evocar experiências passadas.
De acordo com estudos feitos na área da Psicologia, cada cor pode provocar diferentes reações emocionais e transmitir significados simbólicos. Por exemplo, a cor azul pode representar calma, mas também pode representar tristeza; a cor branca pode representar pureza, equilíbrio; assim como o vermelho pode representar irritabilidade, mas também pode representar energia.
Para quem já assistiu o filme de animação “Divertidamente” (Inside Out) deve ter notado que os personagens tem cores e cada um tem uma personalidade associada a essa cor. As cores não foram escolhidas por acaso, mas sim porque cada uma representa uma emoção e uma personalidade.

Alguns Pintores Famosos e a Simbologia das Cores
No mundo da Arte, da Pintura e até mesmo da Literatura, temos alguns nomes bem conhecidos eu até “exageravam” no uso das cores. Mas será que para eles, esse uso das cores também simbolizava algo? Vamos ver!
È muito comum, no mundo artístico, o uso das cores como simbologia de sentimentos e emoções.
Para Claude Monet, por exemplo, o significado das cores está totalmente ligado a sua abordagem Impressionista.
Para quem não sabe, o Impressionismo foi um movimento artístico que surgiu na França no final do século XIX, caracterizado por uma nova abordagem da arte que enfatizava a luz e a cor.
Os artistas impressionistas, como Claude Monet, Edgar Degas e Èdouard Manet, buscavam capturar a realidade da forma como a percebiam , utilizando algumas técnicas como pinceladas soltas e pinturas feitas ao ar livre, algo que explorava espontaneidade nas obras.
Um exemplo disso é o quadro que deu origem ao termo “Impressionismo”, chamado “Impressão, nascer do sol”, de Claude Monet, 1872.

Outro grande nome que trabalhava com as cores é Leonardo Da Vinci, que assim como Aristóteles, acreditava que os objetos tinham as cores como propriedade. No início do século XVI, Leonardo Da Vinci defendeu que a cor branca e a cor preta eram cores e destacou-as como “primárias” junto com a amarela, verde, azul e vermelha. Criou uma ordem ainda, de acordo com sua importância, sendo a cor branca a primeira e mais simples e, por último, a cor preta, representando a escuridão total. Seus estudos foram reunidos em um só livro e, mais tarde, viria a se opor a Aristóteles, ao afirmar que a cor não era uma propriedade dos objetos, mas sim, da luz.
Apesar de sua contribuição, a teoria da cor, as ideias de Aristóteles não foram contestadas até a Renascença quando Franciscus Aguilonius (François d’Aguilon, 1567-1617, jesuíta, filósofo, matemático, físico e arquiteto), desenvolveu um diagrama de cores.

Trazendo o assunto para nossos dias, temos um nome bem conhecido por sua explosão de cores vibrantes e formas geométricas: Romero Britto. Artista brasileiro que se destacou internacionalmente por seu estilo de arte pop, caracterizado pelo uso de cores intensas, transmite a ideia de alegria e vitalidade em suas obras.


Quem me conhece sabe que eu não poderia deixar de fora desse assunto a Literatura (rsrs). Assim como na arte, as cores são usadas na literatura para transmitir emoções, sentimentos e criar cenários com atmosferas únicas. Prova disso são dois clássicos da literatura: The Great Gatsby (O Grande Gatsby) de F. Scott Fitzgerald, que explora a cor verde, para representar a esperança e a ilusão do sonho americano; a outra obra é Wuthering Heights (O Morro dos Ventos Uivantes), de Emily Brontë, que em meio a um cenário onde os tons escuros e mais apagados predominam, simbolizando a melancolia das personagens, o vermelho também é explorado como símbolo do amor intenso não vivido pelo casal Catherine and Heathcliff.


Os autores podem utilizar a mudança de cores durante uma estória para simbolizar o estado de espírito ou até mesmo a mudaça de situação e de condição social de uma personagem. Um excelente exemplo disso é a obra Sense and Sensibility (Razão e Sensibilidade) de Jane Austen. A história se inicia em um ambiente sombrio com a personagem à beira da morte. Logo em seguida, o cenário muda para a mesma casa, porém em cômodos mais claros, com alguns toques coloridos. Quando a situação fica ruim, volta-se a explorar um casa em tons escuros, mais sombrios, simbolizando a condição de pobreza e desprezo das personagens principais. E a obra toda alterna esses cenários, carregando as personagens e suas emoções.

Campanhas de Conscientização
Como muitos de vocês já sabem, atualmente existem várias campanhas de conscientização ao longo do ano, cada qual com sua cor correspondente.
A campanha de conscientização é uma ação estratégica que combina técnicas de marketing e recursos da publicidade com o objetivo de informar o público e incentivar transformações sociais. Essas iniciativas podem abordar desde temas relacionados à saúde pública até pautas ligadas aos direitos de grupos minoritários.
As campanhas de conscientização costumam ser ações pontuais e de caráter sazonal, focadas em temas específicos durante um período determinado. Após cumprirem seu propósito, são encerradas. Essas iniciativas desempenham um papel relevante na construção de uma imagem social positiva para a empresa, além de promoverem maior engajamento junto ao público-alvo.
Ao longo do ano, diversas campanhas de conscientização são promovidas com o objetivo de informar a população e incentivar atitudes preventivas sobre temas relevantes à saúde e à sociedade. Cada mês é marcado por cores e causas específicas. Confira algumas das principais:
- Janeiro Branco: Voltado à saúde mental, estimula reflexões e diálogos sobre o bem-estar emocional e psicológico.
- Janeiro Roxo: Foca na hanseníase, alertando sobre sintomas e formas de prevenção.
- Fevereiro Roxo: Aborda doenças como Alzheimer, lúpus e fibromialgia, destacando a importância do diagnóstico precoce.
- Fevereiro Laranja: Promove a conscientização sobre a leucemia e incentiva a doação de medula óssea.
- Março Azul: Enfatiza a prevenção do câncer colorretal, com foco em exames regulares e hábitos saudáveis.
- Março Lilás: Direcionado à prevenção do câncer de colo do útero, com atenção especial ao público feminino.
- Abril Azul: Dedicado ao Transtorno do Espectro Autista (TEA), reforçando a inclusão e o respeito às pessoas com autismo.
- Maio Vermelho: Alerta para o câncer de boca, destacando sinais e a importância do diagnóstico precoce.
- Outubro Rosa: Uma das campanhas mais reconhecidas, promove a prevenção do câncer de mama e incentiva exames regulares.
- Novembro Azul: Focado na saúde masculina, especialmente na prevenção do câncer de próstata.
- Dezembro Vermelho: Conscientiza sobre HIV e AIDS, incentivando a testagem, o tratamento e a prevenção.
Vou ficando por aqui. Espero que vocês tenham gostado e aproveitado a leitura! Até a próxima!
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