Saudações, meus caros nerds de plantão! Tudo bom convosco? Acaso confiram cada uma de minhas postagens aqui no Universo Nerd, repararão que nunca falei sobre algo de produção nacional. Teria eu o tal “complexo de vira-lata”? Longe disso! Na verdade, pouco me importo com a nacionalidade dos filmes e séries que assisto; é lógico, desde que sejam bons, principalmente em relação ao enredo e atuação dos atores envolvidos. E é aí que mora o problema…
Me permitam generalizar: nesses quesitos, as produções europeias são as melhores. Tudo é muito sóbrio e sem exageros, tanto em efeitos especiais (isso, quando tem) quanto nas atuações. Na atualidade, não existem séries melhores – principalmente do tipo “policial” – do que as que são produzidas e ambientadas nos países nórdicos.
Já as produções hollywoodianas, que são as que possuem maior disponibilidade de recursos para serem feitas, apresentam os enredos mais “batidos” e sem criatividade, pois tendem a seguir “fórmulas de sucesso” que já deram certo no passado. Nessa escola de cinema trabalham os atores mais famosos e talentosos dentre todas as outras, porém, em contrapartida, por muitas vezes as atuações são ofuscadas por um excesso irritante de efeitos especiais.
Por fim e ainda generalizando, é muito fácil definir o cinema nacional: ou é 8 ou 80, ou seja, ou é muito ruim, ou é muito bom! Simples assim! Desconsiderando totalmente os títulos da época das pornochanchadas, apesar de nossas obras possuírem bons enredos, a produção brasileira é a que tem menos recursos. Quando comparamos o resultado final de um filme ou série feitos aqui com o que é produzido lá fora, temos que reconhecer que o nosso está um passo atrás. Além disso, até temos excelentes atores atuando nos papéis principais; todavia, nos secundários, já não acontece o mesmo. Nos papéis coadjuvantes então, beira-se ao amadorismo! A mimese vai embora! O trabalho todo fica com aquele ar de “forçação da realidade”, bem característico das novelas.
Mas, calma aí, meu nacionalista nerd! Eu bem avisei que iria generalizar! O Brasil possui excelentes trabalhos cinematográficos! Inclusive, boa parte deles são desconhecidos pelo grande público, tendo em vista que este é atraído para o que vem dos Estados Unidos. Você já assistiu O Quatrilho? Central do Brasil? Bicho de Sete Cabeças? O Lobo Atrás da Porta? Ou você é daqueles que diz se orgulhar do cinema nacional, mas só conhece os Tropa de Elite, Cidade de Deus e Carandiru? Pois é…
Todos esses comentários foram só para trazer à tona a abordagem de uma série que foge à regra da realidade do cinema brasileiro. Meus cinéfilos nerds, precisamos falar sobre a excelentíssima Bom Dia, Verônica.
Lançada no começo de outubro pela Netflix, a obra é uma adaptação do romance de mesmo nome escrito por Ilana Casoy e Raphael Montes, que o fizeram sobre o pseudônimo de Andrea Killmore. A produção e a direção ficaram por conta de José Henrique Fonseca (criador da série Mandrake), que contou com a ajuda dos autores do livro para a adaptação do roteiro às telas.
O elenco é recheado de excelentes atores, todos eles bem conhecidos do público, principalmente aqueles que acompanham as novelas “globais”. Nos papéis principais temos Tainá Müller, como a escrivã de polícia, Verônica; Eduardo Moscovis, como Cláudio e Camila Morgado no papel de Janete Cruz. Além deles, destacam-se a participação de Antônio Grassi, Sílvio Guindane, Elisa Volpatto, Adriano Garib e César Mello.
Conforme o costume de “Precisamos Falar Sobre”, a ideia é não trazer spoilers significativos, tendo em vista que as obras aqui abordadas são sempre muito recentes. Então, para ter uma breve noção do que a história da série pode te apresentar, saiba que Bom Dia, Verônica trata-se de uma escrivã de polícia que presencia, muito de perto (literalmente), o suicídio de uma misteriosa mulher que, visivelmente deprimida, procurava auxílio em uma delegacia de polícia.
E mesmo com todas as dificuldades de manter o trabalho longe de casa para não afetar seu casamento, cuidar e dar atenção aos filhos, além de driblar a má vontade e negligência de seus colegas de trabalho em tratar decentemente o caso, ela mesmo decide prosseguir as investigações. Não é preciso nem dizer, meu sagaz nerd, que há muitas conspirações, interesses e inverdades por detrás desse estranho suicídio; e querer descobrir toda a verdade, é extremamente arriscado.
A série está classificada para maiores de 18 anos, então, saiba que, nela, serão tratados temas muito polêmicos e sensíveis, todos eles relacionados à violência contra mulheres, tais como abuso físico, psicológico e sexual. Se não é capaz de lidar com esses temas que, infelizmente, são realidades que estão presentes no cotidiano de muitas pessoas, sugiro que passe longe. Do contrário, não perca a oportunidade de assistir uma obra nacional que se compara – em termos de qualidade – às melhores produções que são feitas em estúdios consagrados no exterior. Portanto, aprecie com orgulho e sem moderação!
Abraços e até breve.
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