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Língua Portuguesa Sem Mistério #1

Língua Portuguesa Sem Mistério #1

Olá, queridos leitores. Hoje quero mostrar para vocês, os erros mais comuns na Língua Portuguesa, em nosso dia-a-dia. Todos nós já cometemos algum erro desses, pelo menos uma vez. Porém, apesar de serem palavras de uso simples, muitas pessoas erram na hora de empregá-las, quer seja na escrita, como na fala. Vamos conhecer um pouco mais?

Apesar de ser professora formada e habilitada a lecionar a Língua Portuguesa, não sou perfeita. Também já cometi e ainda cometo erros, quer seja por cansaço ou por pura distração. Mas confesso a vocês que tem alguns erros que chegam a doer na alma (rs). É o que acontece com nosso primeiro tópico:

  1. Houve ou Houveram?

O verbo haver, enquanto verbo impessoal, no sentido de “existir”, só é conjugado na 3ª pessoa do singular. Não importa se o restante da frase está no singular ou no plural, o verbo nunca estará no plural. Entenderam?

Esse verbo é muito complexo e com peculiaridades em sua forma de conjugação. Ele pode se referir ao ato de existir, acontecer, estar, recuperar, julgar e muitos outros significados. Porém, não são usos comuns. O mais comum é no sentido de “existir”              .

Exemplo:             Houve problemas.

                               Houve mudanças.

                               Nunca houve reclamações.

O único caso em que se usaria “houveram”, quase não é usado mais. Mesmo assim, é importante saber diferenciar.

Observem o exemplo:  Eles houveram (tiveram/precisaram) de ir conversar com o diretor sobre seus problemas.

Estranho, não é? Uma maneira simples de identificar o uso adequado é através da substituição por sinônimos. NO caso, substituir por “existir”, já sabem: o verbo “haver” será flexionado no singular.

2. Mais ou Mas?

Este é um equívoco cometido muito comum, mas a diferença é muito simples de ser entendida. Observem:

Exemplo:            Quero muito estudar, mas estou com preguiça.

Mas, sem “i”, é uma conjunção adversativa, indica ideia contrária ou algum contratempo que interrompa a continuidade da ideia principal. Pode ser substituído por todavia, contudo, porém, entretanto, etc. Observem: Quero muito estudar, contudo, estou com preguiça.

Exemplo:             Quanto mais trabalho, mais ganho experiência.

Neste caso, Mais, com “i”, é usado como advérbio de intensidade, transmitindo uma noção de quantidade maior, ou ainda como conjunção aditiva, passando uma noção de acréscimo de algo à ideia inicial.

Fácil, não é?

3. Menos ou Menas?

Acho que não preciso nem falar que menas é uma palavra que nem existe na Língua Portuguesa. Sua única forma correta é menos. Lembre-se bem: sempre que se referir a algo em menor quantidade, menor valor, posição inferior, utilize menos.

Exemplo:             Hoje estava menos calor que ontem.

4. Meia ou Meio?

Este caso, confesso a vocês que é um pouco confuso, mas não é difícil. Já vi pessoas que escrevem muito bem, errarem.

Meio, pode ser tanto advérbio de intensidade, como numeral fracionário. É aqui que a maioria das pessoas se confunde. Como advérbio, significa “um pouco” e sempre vem acompanhado de um adjetivo.

Exemplo:            meio cansada

                               meio doido

                               meio aventureiro

Meia, usado como numeral, é vinculado a um substantivo e vai concordar com o gênero.

Exemplo:            meio litro

                               meio copo

                               meia dúzia

                               meia jarra 

5. Porque, por que, porquê ou por quê?

Este erro é o mais cometido e não culpo ninguém: é realmente complicadinho de entender. Somente a prática da leitura e escrita é que vai ajudar a diminuir a quantidade de erros na hora de sua utilização.

Vamos à explicação e exemplos, para vocês entenderem:

PORQUE: junto e sem acento, tem a função de conjunção para ligar duas orações, normalmente onde a segunda oração representa uma explicação ou causa em relação à primeira.

Exemplo:            Não consegui encontrá-la porque o mercado estava muito cheio.

POR QUE: separado e sem acento, advérbio interrogativo, usado quando pedimos por uma causa ou motivo de algo, não necessariamente terminando a frase com ponto de interrogação. Para não confundir, pode ser substituída por “para que”, “pelo(a) qual” e “pelos (as) quais”. Pode-se ainda substituir pela palavra “razão” logo após.

Exemplo:            Não sei por que (razão) ela não me ligou.

PORQUÊ: junto e com acento, substitui a palavra causa, motivo e razão. Por ser um substantivo, pode vir acompanhado de artigos, pronomes e adjetivos.

Exemplo:            Não consigo entender o porquê do seu silêncio.

POR QUÊ: separado e com acento, sempre será usado no final da frase, seja uma indagação ou não. Muito simples: substitua por “por qual razão?” ou “por qual motivo?”.

Exemplo:            Ela chorou, não sei por quê.

Espero que tenham gostado! Fiquem ligados que logo, logo tem mais!

Até a próxima!

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Paula Souza

É Editora e Autora do UniversoNERD.Net, Professora de Língua Portuguesa e Inglesa, amante de leitura e Literatura, além de gamer nas horas vagas.

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