Qual Emoção Ou Sentimento Domina Seu Dia?

Olá, querido leitores. Vocês já pararam para pensar sobre quais as emoções dominam o seu dia-a-dia? Você se considera uma pessoa feliz, positiva ou as emoções e sentimentos negativos tem te dominado? O nosso assunto de hoje tratará a respeito disso: a neurociência das emoções. Vamos lá?

O comportamento humano é basicamente orientado para uma das duas direções: o prazer da satisfação ou o afastamento da dor e do que não faz bem. Podemos dizer que temos o sentimento ou emoção que nos impulsiona a querer mais de determinada sensação ou aquele que nos retrai e leva à fuga de determinada situação que nos trará sofrimento.

Através da psicologia atual, aprendemos que todos os seres humanos vêm ao mundo carregado de emoções e sentimentos.

E tudo está nas nossas características genéticas, porém, a maioria das pessoas não sabem separar e canalizar essas emoções da maneira ideal. Temos, em nosso cérebro, o sistema límbico, o qual é responsável por todas as sensações e emoções do nosso corpo. Esse sistema recebe estímulos, quer sejam visuais, cenestésicos ou auditivos e envia mensagens para o tálamo e hipotálamo, responsável pela ligação entre os sistemas endócrino e nervoso, também responsável pela manifestação desses sentimentos e emoções.

Ativando o sistema endócrino, teremos uma determinada emoção e quanto mais for manifestada, mais o organismo ficará habituado a reproduzi-la e acostumado com as substâncias liberadas por essa reação.

É como se fosse um código que fica salvo e quando acionado, a reprodução fica fácil.

Um exemplo básico e interessante para todos vocês entenderem melhor: quando sentimos raiva, temos uma quantidade excessiva de adrenalina na corrente sanguínea e quanto mais o indivíduo reprime esse sentimento, maior a chance de ter problemas de hipertensão, insônia e outros males, os quais poderão levar até ao enfraquecimento das defesas do organismo; ou seja, do sistema imunológico. Já a alegria é um sentimento que resulta em grandes quantidades de dopamina, serotonina e endorfina, nos deixando com uma sensação extremamente boa de satisfação, de algo prazeroso.

Não estou dizendo aqui que devemos deixar as emoções e sentimentos negativos de lado. Não é isso. Mas, em nossa vida, devemos ter equilíbrio e saber contornar as situações negativas.

O ser humano, geneticamente, tem uma pré-disposição a enxergar “negatividade”. Segundo o filósofo Henrique Tamés, fomos desenhados para enxergar o perigo em tudo e ficar atento a ele. Durante mais de 100 anos foi assim, o homem viveu enxergando o perigo e não o prazer. Ele afirma que “nossa natureza, por mais que a vida seja boa, nos diz que temos que ter preocupação.” O filósofo ainda defende que precisamos de três pontos para equilibra as emoções e sentimentos em nossa vida:

• Equilibrar a felicidade a curto prazo (hedônica) em relação à de longo prazo (eudaimônica). Saber dosar a felicidade imediata, sem afetar negativamente o bem-estar futuro;
• Ter consciência de que os valores positivos nos levarão, sempre, à uma relação complexa com a realidade. Nem sempre o que é certo, nos deixa feliz de imediato;
• Para sermos felizes, é necessário uma relação estreita com as pessoas que nos cercam. Dependemos dessas relações para nosso bem-estar.

Acredito que o segredo está em perceber e identificar as emoções e sentimentos para podermos controlar a forma como os expressaremos, de maneira que tornemos as emoções nossas parceiras e não o grande vilão das nossas vidas. E você? Tem dado lugar a qual tipo de emoção ou sentimento?

Até a próxima!

Este artigo teve como fonte de pesquisa o site da Sociedade Brasileira de Neurociência.

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