Life Is Strange: Uma Imersão Emocional

Prezados leitores … Para iniciar minhas publicações sobre games INDIES, escolhi um envolvente, com boa imersão e que faz com que o jogador reflita inclusive em sua vida real.

O game se chama Life is Strange, foi desenvolvido pela Dontnod Entertainment e publicado pela Square Enix, e pode ser considerado como sendo um sci-fi da vida real, com foco basicamente em seu enredo e nas decisões que o jogador toma ao longo da história. Prestem atenção … Você terá que tomar decisões!

O título é oficialmente considerado como um Adventure, dividido em 5 episódios, e possui como personagem principal a acanhada Maxine Caulfield (chamada delicadamente de Max), uma estudante da Academia de Artes e Ciências Blackwell (localizada em Oregon, Estados Unidos da América), que ama fotografia e vive na “pequena” cidade de Arcadia Bay. Tudo muda para a jovem garota quando ela testemunha um crime no local onde estuda e, ao mesmo tempo, também percebe que possui a capacidade de reverter o TEMPO (interferindo no passado, presente e futuro) e CORRIGIR esta e outras coisas que considera erradas.

Entenderam a proposta do game? Você terá que tomar decisões e como garantir que tais ações serão as mais corretas! A IMERSÃO com EMOÇÃO começa a partir deste ponto (ver vídeo abaixo) …

Curtiram o vídeo acima? Agora, vamos entender um pouco mais da história e proposta deste game indie interessante, imersivo, divertido, mas ao mesmo tempo bastante reflexivo e nostálgico …

Com a ajuda de sua amiga de infância Chloe Price, após reencontrá-la (de maneira inusitada) depois de muitos anos, Max, aos poucos, também se envolve na busca da jovem Rachel Amber, aluna desaparecida da Academia e também amiga de Chloe. Mas, conforme usa o seu “poder de reverter o tempo”, sofre com sangramento no nariz, além de visões nem um pouco agradáveis sobre o futuro de Arcadia Bay.

Diferentemente de outras referências do mesmo gênero e estilo, como os títulos desenvolvidos pela Telltale Games, Life is Strange oferece uma maior liberdade de movimentação dos personagens, mesmo que ainda limitados pelo objetivo e/ou ambiente. A mecânica de retroceder o tempo (quando disponível) é muito simples e o próprio game indica se é possível usá-la e, quando ocorre, mostra ao jogador um agradável efeito onde duas realidades coexistem através de variações na iluminação.

Para os jogadores que possuem paciência em explorar cenários e conversar com os chamados “personagens não jogáveis”, o game se encaixa perfeitamente com seu estilo de jogo. Além disso, o que também auxilia muito a entender melhor todos os fatos que ocorrem durante a história, é se atentar à leitura do diário de Max e de suas mensagens (ou SMS’s) disponíveis sempre que se pausa o jogo.

Mas, se você procura por gráficos que sejam considerados da atual geração, vá com calma, pois não é a proposta deste game. Entretanto, independentemente da plataforma na qual o jogo for utilizado, percebe-se (sem esforço) que o foco da desenvolvedora é o roteiro, e que isso não estraga essa envolvente e emocionante história, mesmo dependendo das decisões que você irá tomar durante o seu desenrolar.

A trilha sonora, baseada em indie rock e folk, é fundamental para a história. Assim como após assistir à certos filmes, o jogador perceberá que está com as músicas na cabeça mesmo durante outras atividades. Isso com certeza aumenta a imersão e ajuda o jogador a se conectar cada vez mais com os personagens.

Através dos cinco episódios pelos quais o game é dividido, muitos personagens são apresentados e a narrativa consegue desenvolvê-los gradualmente, abordando diversos assuntos de modo natural como bullying, relacionamentos amorosos, conflitos familiares, entre outros. Esta maturação dos temas abordados vai tomando maiores proporções, especialmente durante seus dois últimos episódios.

As decisões que o jogador toma enquanto está na pele de Max tem influência no seguimento do game mas, oferecendo pouco impacto em sua vertente principal. Em outras palavras, tudo é perfeitamente arranjado de tal forma para fazer com que você se sinta responsável pelos relacionamentos, sorrisos e lágrimas.

E, dependendo da escolha, vai por mim, lágrimas surgem de verdade se você estiver realmente envolvido e imerso na história desta trama … Você acredita? Jogue e me responda posteriormente!

Mais do que uma ótima obra envolvendo “viagem no tempo” e as consequências que isso pode gerar nas vidas dos personagens, Life is Strange é sobre tomar decisões, sejam elas simples ou complexas. E para mostrar isso e seus possíveis resultados, o elogiado game (e indicado inclusive à diversas premiações) questiona até que ponto somos donos de nossas próprias decisões.

Após completar o game, refleti muito sobre como nossas ações no dia a dia podem mudar completamente não somente nossas próprias vidas, mas também de pessoas à nossa volta!

Mas, nunca se esqueça … Não podemos reverter o tempo (ou voltar no tempo) como a envolvente Max! Portanto, pense e escolha muito bem suas ações na vida real … JOGUE e REFLITA!

O game Life is Strange está disponível em versões digitais para PC, PS3, PS4, Xbox 360 e Xbox One.

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