Olá, queridos leitores. Vocês já pararam para pensar o porquê sentimos o sentimento do medo? Ainda não? Pois hoje vou contar um pouquinho para vocês sobre esse mistério, quais as reações que pode provocar em nosso organismo e o que fazer para confrontá-lo. Vamos lá?
Em primeiro lugar, precisamos entender que o medo não é somente um mecanismo utilizado para o aprendizado, mas também foi essencial, e ainda é, para a evolução das espécies. Enquanto que uma criança que passa por alguma situação traumática, provavelmente venha a se tornar um adulto com medo de algo relacionado à essa situação, existe o medo que foi desenvolvido em outras épocas, lá no começo da história da humanidade, devido à situações comportamentais em um determinado ambiente.
Por exemplo…
Você sabia que o medo de altura foi desenvolvido pelos mamíferos, durante o período Mesozóico, quando a maioria era de porte pequeno, não maiores que um simples rato? Esses mamíferos se escondiam e saíam apenas à noite , para evitar que dinossauros predadores os perseguissem.
Outro medo, o de serpentes, foi desenvolvido no período Cenozóico, pelos símios, na mesma época em que surgiu o medo de animais predadores (tigre, leão, lobo, urso, etc.), assim como de alguns herbívoros extremamente agressivos (elefantes, hipopótamos, rinocerontes, entre outros.
Definição
Medo é uma sensação de alerta que nosso organismo desenvolve, quando se sente ameaçado, tanto fisicamente como psicologicamente, por algo ou alguém. Notem bem que é diferente de Pavor!
Também é diferente de ansiedade: se fosse para montar uma escala dos níveis de medo, diríamos que ansiedade é o nível mais leve e pavor, o nível mais alto.
É como um ato involuntário de nosso sistema nervoso, o qual libera substâncias que nos provocam algumas reações características do medo: dilatação das pupilas, batimento acelerado do coração, os pelos arrepiados que nos dão a sensação de parecermos maiores e muitas outras reações. A explicação para isso é o excesso de Adrenalina e Cortisol, que é lançado no sangue. Mas, paciência, que já explicarei sobre isso.
Além disso, o medo pode ser gerado a partir de algum estímulo, tanto físico quanto mental. Por exemplo, crenças em algo ou imaginação sobre alguma situação, pode desencadear algumas reações fisiológicas.
Porém, a Adrenalina não é liberada somente através do medo, mas também em situações de stress no trabalho, por exemplo. E quando a cadeia de reações desencadeada no organismo não é utilizada como deveria, causa uma sobrecarga no organismo, o que pode ocasionar um problema mais sério.
O medo, como já vimos acima, em um estágio avançado, pode se tornar uma Fobia. Nesses casos, é necessário que haja intervenção de um profissional, através de uma terapia comportamental, para que essa situação não prejudique a vida social e as atividades do dia-a-dia desse indivíduo.
Essas terapias vão trabalhar esse medo, para que o primeiro pensamento do indivíduo seja de que tudo vai dar certo, mesmo esse medo estando presente em sua vida. É necessário um diagnóstico o quanto antes, por um psicólogo, para que seja identificado o grau da Fobia e qual o tratamento adequado para mantê-la controlada.
Relação entre o Medo, a Adrenalina e o Cortisol
Quando o indivíduo se encontra em uma situação de extremo risco, por exemplo, um assalto, antes que esse indivíduo possa correr, seu cérebro já está preparando o corpo para reagir. Isso acontece porque uma carga de hormônios é descarregada no organismo, onde está a Adrenalina e o Cortisol, produzidos pelas glândulas supra-renais e os quais deixam o indivíduo em estado de alerta para enfrentar a situação ou tentar escapar.
Algumas reações, como dissemos acima, são desencadeadas:
- Dilatação das pupilas, deixando a visão aguçada;
- Contração dos vasos sanguíneos, tornando a pele pálida;
- Tensão muscular, deixando o corpo em estado de alerta, pronto para fugir;
- Aumento de transpiração, para que o corpo mantenha uma temperatura mais baixa. Por isso o “suor frio”;
- Respiração profunda e rápida, com o objetivo de captar mais oxigênio;
- O coração bate mais rápido, aumentando a pressão arterial.
Riscos
Um outro hormônio é produzido, a Noradrenalina, responsável pelo aumento da pressão arterial. Por isso, muitas pessoas sofrem um infarto, principalmente as pessoas que tem propensão a ataques cardíacos. Além disso, a produção do Cortisol chega a aumentar vinte vezes nessas situações. Ele é o responsável por retirar os aminoácidos presentes nos músculos, permitindo que o fígado os utilize na produção de glicose.
Para encerrar, um pouco de história
O homem, desde os primórdios da civilização, descobriu que o medo pode dominar uma nação inteira. Era o que acontecia no Egito, quando os faraós utilizavam essa estratégia para levantar grandes Impérios. Ramsés, por exemplo, oprimiu os povos hebreus, que eram em maior número do que os egípcios. Por que? Medo.
O medo nasce no pensamento, dentro de regiões importantes do cérebro. Quer seja no bebê que está aprendendo a andar ou por algo que fazemos para evitar a morte. Tudo, se pararmos para pensar é pelo medo de morrer: nos alimentamos, vamos ao médico, tomamos vacinas, trancamos a porta e ainda voltamos para conferir se está trancada, pelo menos umas duas ou três vezes.
A questão é quando esse medo toma proporções maiores e é usado para controlar e manipular as pessoas. O sistema capitalista, que prega o individualismo em sua essência, nos levou a viver em uma sociedade frágil emocionalmente. Os indivíduos se tornaram egoístas e alienados. Existe sempre uma competição e o medo de ser visto como fracassado.
Segundo o filósofo francês, Michel Foucault, o medo não é uma instituição com corredores, salas e pessoas vestindo uniforme, mesmo assim vai ensinar, de um jeito ou de outro ao indivíduo, como se portar em sociedade. E caso não obedeça às “regras”, vai confiná-lo, para que seja corrigido, adestrado, ensinado.
Concluindo
O medo sempre existiu e nem sempre é algo ruim. Em alguns momentos, faz-se necessário para nossa sobrevivência. Em outros, fundamental para evoluirmos e aprendermos, mesmo que nos levem a cometer alguns erros ou a falhar em algo. Aprender a conviver com eles, buscando sempre a superação é vital.
Espero que tenham gostado! Até a próxima!
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