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Uma Nova Postura Para Anunciar Games

Uma Nova Postura Para Anunciar Games

Para quem acompanha o “universo” dos Games, principalmente de 2016 adiante, após o lançamento do PlayStation 4 Pro (PS4 Pro) e, agora mais recentemente, com a E3 2017 e a chegada do Xbox One X (até então “Project Scorpio”), sabe que o mercado dos consoles está mudando e por consequência o dos games.

Do meu ponto de vista, a mudança de postura é inevitável, em decorrência das tendências desse mercado como um todo e atrelada ao desenvolvimento e aperfeiçoamento das tecnologias correspondentes.

Mas isso será ruim para o mercado dos games?

Esta pergunta deve ser analisada com cuidado, mas podemos ter certeza, caros leitores, ruim certamente não será! Entretanto, antes de respondê-la mais claramente, vamos entender um pouco sobre a nova postura que a gigante de Redmond conduziu muito bem em sua conferência na E3 deste ano e, num próximo post, sobre as mudanças com relação aos lançamentos de consoles que tanto Sony quanto a própria Microsoft estão se direcionando para aproveitar as tendências de mercado e atender a uma maior diversidade de consumidores.

Phil Spencer esclarece mais detalhes…

Após a apresentação na E3, muitas pessoas ficaram impressionados com o Xbox One X, que é o novo e mais poderoso console da “Família Xbox”, além de ser o mais poderoso console criado até então. Além disso, a empresa também surpreendeu com um catálogo extremamente diversificado de games. Mesmo assim, existiram ponderações com relação a games denominados de first party. Em decorrência, Phil Spencer, chefe da divisão Xbox, explicou o motivo desse posicionamento em uma entrevista (ver vídeo abaixo).

O vídeo, publicado pelo canal Waypoint do YouTube, está em inglês, mas pode-se acionar as legendas automáticas para o português em detalhes (ver engrenagem, Legendas/CC e “Traduzir automaticamente”)  de modo que não prejudique uma melhor compreensão para quem necessitar.

Para exemplificar, Phil Spencer explica que estava focado em melhorar o hardware do Xbox One e dar para os jogadores o máximo de opções do que jogar e onde jogar, mas com os “pés no chão”, anunciado somente o que iria ser lançado e evitando apresentar games que não serão lançados tão cedo ou que não possuem certeza de período de lançamento. Um trecho da entrevista segue abaixo:

Quando eu comecei este trabalho, há três anos, o hardware era um foco real para nós porque achava que tínhamos mais trabalho para se fazer. A Xbox Live era algo que queria focar, chegando no Android, iOS, Windows PC, porque eu realmente quero que as pessoas joguem no lugar que querem jogar. Nossos games first party são uma parte crítica dessa equação. Eu sei que as pessoas querem ver as novidades que estamos desenvolvendo e realmente estamos investindo em coisas novas, assinamos coisas recentemente que eu pensei: ‘Ei, do ponto de vista das Relações Públicas, seria muito fácil para eu colocar um trailer disso na tela’, mas então eu sei que o game não está acontecendo nos próximos dois ou três anos, então eu não queria fazer isso. Nós temos Sea of ​​Thieves, Crackdown 3, State of Decay 2, Lucky’s Tale, Ori e Will Of The Wisps… Mas eu sei que está perguntando sobre mais grandes games AAA, eu ouço isso e estou comprometido com isso. Hoje eu queria falar sobre as coisas que, se você vai comprar o console, poderá jogar, mas vou continuar trabalhando para oferecer games. Nós fizemos melhorias no hardware, na plataforma e na retrocompatibilidade e também faremos isso nos jogos exclusivos.

Pois é, caros leitores… A declaração do “tio Phil” é coerente com o seu posicionamento quando o então aguardado game “Scalebound” foi cancelado. Naquela ocasião, afirmou que não iria mais falar de nenhum game sem ter a certeza de quando o mesmo seria lançado. Será que a postura da Microsoft com relação à divisão Xbox começou a mudar a partir deste momento? Provavelmente, sim e isso poderá ser benéfico para com os jogadores, pois estamos vendo serem anunciados produtos e serviços concretos.

Já tem um tempo que venho conversando com amigos e conhecidos sobre a possibilidade de mais games, inclusive nova IP (propriedade intelectual) serem apresentados na Gamescom, que será realizada de 22 a 26 de Agosto, na cidade de Colônia, na Alemanha. E vou destacar que Mike Ybarra (ver imagem do tweet abaixo) também revelou em seu Twitter que a Microsoft possui mais games para apresentar em breve.

Quem sabe realmente isso ocorra na Gamescom 2017!

Numa outra entrevista, desta vez para o canal GameSpot do YouTube, Spencer aproveitou para falar sobre os conteúdos e games que foram adquiridos temporariamente por Microsoft e Sony. Ele destaca que a Microsoft tem se posicionado com relação às parcerias para trazer games completos em vez de conteúdos temporários e enfatiza que não considera benéfico que uma plataforma tenha mais conteúdos que a outra em um determinado game. Neste vídeo, pode-se também acionar as legendas como descrito no anterior:

Durante a entrevista, Spencer destaca sobre um possível acordo de empresas com estúdios para segurar o maior desempenho do Xbox One X, E, como está sendo especulado no polêmico caso do game Destiny 2, que estaria sendo “capado” no novo console da “Família Xbox”, por causa de um acordo comercial da produtora Bungie com a Sony. Novamente para exemplificar, segue trecho da entrevista:

Eu disse que não sou um fã de sair e fazer negócios para que algo não seja jogável em outra plataforma. E as pessoas vieram dizer: ‘Ei, vocês fizeram isso primeiro com o Call Of Duty’. Eu não estava nessa posição quando aconteceu. Não que quero me responsabilizar, pois não fui eu que fiz esse acordo. Os que fazemos agora, e você viu nossos relacionamentos com estúdios terceiros no palco com Shadow Of War e Assassin’s Creed, e não vai ouvi-los dizer nada sobre um certo personagem que não é jogável. E nunca entro em uma situação em que digo: ‘Você não pode fazer algo que seja possível em outra plataforma’ para se beneficiar. Se isso começou a acontecer na indústria, eu não acho que isso é bom ou que trará benefícios para qualquer lado. Eu vou me esforçar para não me meter em problemas com esse assunto. Eu vou apenas dizer, que não sei de nada sobre outros acordos de desenvolvimento. Mas se alguém fez qualquer acordo para reter a inovação técnica em um videogame em qualquer outro lugar, isso não me parece bom para a indústria.

E essa polêmica aumentou recentemente, pois a Bungie afirmou que não se comprometeu com a resolução 4K no Xbox One X, sendo que já havia confirmado a mesma no PS4 Pro, que possui hardware inferior. E é bom recordar, ou informar para quem não sabe, que o Xbox One X consegue entregar 4K Ultra HDR com 60FPS, mas cabe a cada desenvolvedor explorar 100% deste recurso. Certamente a polêmica irá continuar, mas não abala a filosofia abordada com relação a nova estratégia da Microsoft para anunciar novos e futuros games.

Eu gosto muito deste tipo de postura e irei continuar apoiando junto da comunidade.

Mas e você, caro leitor gamer, dê sua opinião a respeito e vamos conversar sobre este assunto!

Recordo, como abordado no começo do post, que a mudança de mercado não está acontecendo somente para os games, mas também para os consoles, como os conhecemos até então. Durante a próxima semana iremos tratar deste assunto aqui no Blog e esclarecer mais novidades que estarão chegando ao longo de 2017.

Até breve!

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Reinaldo Vargas

Professor, Streamer, Parceiro do Facebook Gaming e ArenaXbox.com.br, Idealizador do UniversoNERD.Net, integrante do Podcast GameMania e Xbox Ambassador. Jogador de PlayStation e Xbox!

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