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Precisamos Falar Sobre: Samaritano e a Decadência

Precisamos Falar Sobre: Samaritano e a Decadência

Saudações, meus caros nerds de plantão! Tudo bom convosco? Juro a vocês que o post dessa semana era para ser sobre outra coisa totalmente diferente. Na verdade, mesmo com o filme ainda bem fresco na memória, fiquei receoso em tecer comentários tão negativos sobre ele, tendo em vista que é estrelado por um ator veterano e venerado por várias gerações, inclusive a minha. Todavia, como não sou “pipoqueiro” e aqui no Universo Nerd tenho total liberdade de expor minhas opiniões, hoje precisamos (e iremos!) falar sobre o filme Samaritano.

Com o enredo criado por Bragi Schut e dirigido por Julius Avery, Samaritano é um filme de ação/herói que estreou na Prime Video no final do mês de agosto. O elenco traz, como grande nome de peso, o veteraníssimo Sylvester Stallone no papel de Joe; o ator mirim Javon Walton como o curioso Sam Cleary; Pilou Asbaek (Cyrus, o antagonista); Dascha Polanco (Tiffany, mãe de Sam); Moises Arias (o maloqueiro Reza); a bela Sophia Tatum como Sil, namorada de Cyrus; dentre outros atores não tão conhecidos como os anteriores.

A história não traz novidade alguma: um homem já de idade e bastante recluso, vive pacatamente em seu singelo apartamento enquanto tenta esconder um segredo sombrio sobre seu passado. Porém, por culpa de um pentelho intrometido, acaba se expondo e revelando aquilo que lutara anos para ocultar. Essa introdução funcionaria perfeitamente para qualquer tipo de filme já estrelado por Stallone, tais como um ex-combatente traumatizado pela guerra do Vietnã, um ex-boxeador, ex-matador da Máfia ou mesmo um policial durão que não segue regras, só pra citar alguns exemplos. Mas como a onda agora é fazer filmes de heróis, o tal de Joe é, segundo as investigações de Sam, o Samaritano, um poderoso vigilante do crime que protegeu as ruas de Granite City e que todos acreditavam que havia morrido.

Por necessidade financeira, Sam acaba se envolvendo com criminosos, estes, liderados por Cyrus, um perigosíssimo bandido fanático por Nemesis, o principal inimigo do Samaritano em seus tempos áureos, também dado como morto. E assim a história prossegue, altamente previsível, sem nenhum detalhe do drama, especificidades técnicas, atuações, interpretações ou referências acerca dos temas abordados que mereça algum destaque. Tudo muito simples e raso!

Mas, se o filme é assim tão “meia-boca”, o que me fez escrever sobre ele? Resposta fácil: a notória decadência dos atores veteranos, principalmente aqueles que ficaram famosos por obras do gênero “ação”. Enquanto gênios da atuação, como Robert De Niro, Al Pacino, Joe Pesci e Anthony Hopkins (se bem que este último andou fazendo umas tranqueiras também!) continuam a participar de ótimas produções, a galera que estava nas telas nas décadas de 80 e 90 unicamente por conta de seus músculos, hoje amarga trabalhos bem medíocres.

Atualmente, é impossível terminar de assistir um filme que seja estrelado por Bruce Willis, Dolph Lundgren, Arnold Schwarzenegger, Van Damme e afins! Além de conterem roteiros extremamente simplórios, o excesso de uso de dublês, maquiagem pesada e computação gráfica acabam matando o que esses atores tinham de melhor: realizar cenas de ação bem realistas. No afã de compensar o que a idade avançada já não dá mais conta, além de criarem filmes com histórias ruins, diretores acabam produzindo filmes bem artificiais quando esses astros atuam.

Na minha opinião, deveria haver um pouco mais de respeito com esses atores, oferecendo-lhes papéis dignos em filmes de gêneros que consigam atuar em vista de suas atuais condições físicas. É claro que isso vai muito do orgulho e ganância dessas estrelas em ganhar ainda mais dinheiro, porém, não vejo necessidade de sofrerem tanto para modificar seus corpos (à base de muita malhação, plástica e sabe lá Deus quantas substâncias para acelerar o processo!) para “atuarem” em filmes inexpressíveis. Já deveriam, há muito tempo, selecionarem melhor seus papéis.

Mas quem sou eu para dar conselho a Sylvester Stallone e sua turma? Só me resta fugir dos próximos filmes desses astros citados se a pegada do filme for mais agitada. Cansei de contemplar tanta decadência! Não vou deixar que esse mau sentimento manche minhas memórias referentes ao saudosismo dos bons filmes que essa galera fez quando tinha condições para tal e que tanto alegraram minha infância e juventude. Sobre o Samaritano, caso não tenha assistido e queira se arriscar, boa sorte! Só não crie grandes expectativas, pois assim sua frustração será menor.

Abraços e até breve!

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Lukas Melo

É Editor e Autor do UniversoNERD.Net. Profissional da área de EaD, aficionado por RPG, hardware e cinema. Porém, não nega outras nerdices.

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