Saudações, meus caros nerds de plantão! Tudo bom convosco? Apenas um mês após o seu lançamento nos cinemas dos países onde já é possível haver concentração de pessoas, o longa em questão já rendeu pouco mais de US$ 36 milhões em bilheteria e tem potencial para alavancar muito mais do que isso. Isso se deve à sorte? Saudade que as pessoas estavam de poder frequentar uma sala de cinema? Ou pelo simples fato do filme ser bom mesmo? É em vista dessas questões que hoje precisamos falar sobre Anônimo.
Escrito pelo mesmo roteirista da franquia John Wick, Derek Kolstad, Nobody (título original) foi dirigido por Ilya Naishuller, músico e cineasta russo que já vem ganhando notoriedade apesar de ser um novato e estar, apenas, em seu quarto grande trabalho para o cinema. No elenco, temos o talentosíssimo Bob Odenkirk (o advogado Saul Goodman da série Breaking Bad e Better Call Saul) como Hutch Mansell, protagonista; Connie Nielsen como Rebecca Mansell, esposa de Hutch; Aleksei Serebryakov no papel do mafioso Yulian Kuznetsov; e Christopher Lloyd (da franquia De Volta para o Futuro) como David Mansell, pai de Hutch.
O conceito do enredo é simples e nada inovador: Hutch Mansell, ex-assassino da CIA, é agora um pacato pai de família que vive uma rotina tranquila e monótona. Seu relacionamento com sua esposa está bastante morno e seu filho mais velho lhe é indiferente. A única da casa que o admira incondicionalmente é sua filha mais nova, uma criança de 5 ou 6 anos. Tudo isso muda quando sua residência é invadida por ladrões durante a madrugada e, mesmo tendo a oportunidade, ele resolve não reagir. Hutch, a princípio, até aguentou a frustração do filho e esposa por terem um “chefe de família bundão”. Porém, quando descobre que os ladrões levaram também a pulseira de gatinho de sua filhinha, imediatamente sua fúria vem à tona e ele parte em uma caçada que terá graves consequências.
A partir daqui, é ação pura, repleta de cenas de pancadaria e tiroteio, todas elas, aliás, muito bem-feitas por sinal. Graças aos efeitos especiais e câmeras da atualidade, qualquer ator que nunca deu um pulo sequer e desferiu um soco numa academia de artes marciais, consegue fazer tomadas mais frenéticas e realistas do que um Bruce Lee ou Jackie Chan fariam em seus tempos. E isso, sem dúvida alguma, é o ponto forte do longa e maior responsável por seu sucesso.
Quem já teve a oportunidade de acompanhar as atuações de Bob Odenkirk em Breaking Bad e, especialmente, em Better Call Saul, sabe o quanto o ator é expressivo e excelente em monólogos e diálogos. Em Anônimo, essas habilidades de Bob acabam ficando em segundo plano, mesmo porque o protagonista interpretado por ele é um homem “seco” e de poucas palavras. Uma das únicas cenas em que podemos ver o melhor do seu potencial é quando ele invade a danceteria para conversar com Yulian Kuznetsov.
Portanto, não espere um filme memorável em dramaticidade e diálogos ácidos com pitadas de humor negro. Caso opte por assistir, contemplará um baita filme de ação moderno, bem ao estilo Treadstone, Salt, The Old Guard, John Wick, Ava, dentre outros. Dentre esses, talvez Anônimo se destaque por nos fazer lembrar que, independente de nosso comportamento, todos temos um lado sombrio e perigoso que fica escondido bem lá no fundo de nossa psiquê; e é melhor que ninguém o atice!
Abraços e até breve.
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