Saudações, meus caros nerds modelistas de plantão! Tudo bom convosco? Só para relembrar: na primeira parte dessa matéria, relatei como foi o meu início no hobby e como cheguei ao nível de montagem que possuo hoje; já na segunda parte, publicada há duas semanas, trouxe a conceituação de plastimodelismo e como você, nerd leitor, poderia fazer para ingressar nele e de quais materiais e ferramentas precisaria ter à disposição. Ficou faltando, para agora, falar o que é necessário para as etapas finais da montagem do seu kit, ou seja, pintura e acabamento (colocação de decais, técnicas de envelhecimento, destaque de relevo, dentre outras).
Com o seu kit devidamente montado, lixado (para deixá-lo uniforme e liso, principalmente onde foi necessário aplicações de massa putty) e lavado com água e detergente neutro, a fim de se retirar resíduos de gordura oriundos da mão do modelista, é chegada a hora da pintura. Nessa parte, o plastimodelista tem dois caminhos a seguir, que dependerão de qual nível de acabamento que ele pretende dar ao modelo e de quanto dinheiro está disposto a gastar para isso. Vamos a eles:
Pintura com Pincel
A forma mais simples e barata de dar acabamento a um modelo; porém, depende de muita habilidade e paciência do modelista para que ele consiga um resultado satisfatório (pintura lisa e uniforme, sem marcas de traço). Para isso, será necessário:
- pincéis de ponta chata com cerdas macias e de tamanhos variados, que dependem da escala do modelo e tamanho das áreas a serem pintadas;
- pincel redondo com a ponta bem fina (número 2 ou menor) para pintar detalhes; e
- tintas do tipo acrílica ou esmalte sintético nas cores necessárias.
Existem diversas marcas de tintas especializadas em modelismo. No caso de esmalte sintético, a referência em qualidade é as da Humbrol; tratando-se de acrílicas, a preferida da galera que pinta com pincel é as tintas da Vallejo.
O vídeo abaixo traz dicas valiosíssimas e ensina como deve ser feita a pintura com pincel. Deem uma olhada:
Pintura com Aerógrafo
Aqui é onde se deseja um nível de excelência em acabamento. Porém, o investimento necessário em ferramentas e materiais é proporcional ao que se almeja. Serão necessários:
- compressor;
- aerógrafo (de preferência, de dupla-ação);
- tintas do tipo acrílica ou automotiva nas cores necessárias (para aerografia, as mais utilizadas são as acrílicas da Tamiya);
- tinta primer;
- verniz brilhante, fosco e acetinado do tipo acrílico ou sintético (dependem do tipo de modelo montado e do tipo de tinta utilizada na pintura);
- fitas de modelismo para mascarar (no caso de faixas, camuflagens, etc); e
- solventes (podendo ser thinner, álcool isopropílico, aguarrás, dentre outros, de acordo com o tipo de tinta a ser utilizado).
Dentre o que foi citado, certamente o aerógrafo e compressor necessitarão de um investimento maior. É possível encontrar desde kits com essas duas ferramentas na faixa de R$350 a preços onde cada uma delas passa, facilmente, a casa dos R$2000. Acaso não tenha familiaridade nenhuma na utilização desses itens, é recomendado que invista pouco, começando com ferramentas mais simples até que se sinta confortável para partir para algo mais profissional.
O vídeo abaixa fala bastante sobre tipos de aerógrafos e compressores:
Após pintado o modelo, é necessária a realização de técnicas de envelhecimento e outras que destaquem os relevos do objeto, principalmente no caso de aviões, tanques de guerra, navios e figuras, a fim de torná-los mais realistas. O washing, chipping e dry bush são alguns exemplos de procedimentos que conferem essas características. Felizmente, essas técnicas exigem materiais bem simples para serem realizadas, tais como:
- pincéis de ponta chata com cerdas macias (do número 0 ao 8);
- pinceis de ponta chata com cerdas duras (do número 0 ao 8);
- tinta a óleo ou acrílica (depende do tipo de tinta utilizada na pintura) nas cores preta, cinza, verde, branca e marrom;
- solvente (depende do tipo de tinta utilizada na pintura, devendo ser de um tipo diferente e que não reaja contra, a fim de não danificar a pintura de base); e
- material para limpeza, como papel higiênico, algodão e panos lisos.
Independentemente do tipo de pintura que for praticar, é necessário estudar cada uma dessas técnicas citadas, além de outras, que variam de acordo com o tipo de modelo que monta e quais efeitos quer dar a ele. O que fiz aqui foi apenas passar a ideia dos materiais necessários; para fazer um washing, por exemplo, é preciso saber o tipo de solvente que usará. Basta utilizar o solvente errado e toda a pintura de base do seu modelo vai por água abaixo! Portanto, procure aprender cada uma dessas técnicas com pessoas que entendem do assunto.
Para tanto, deixarei, abaixo, links de canais de Youtube e sites especializados em plastimodelismo que utilizo para meus estudos:
- site sobre o hobby e técnicas: SPModelismo
- banco de dados: Scalemates
- fórum e loja: WebKits
- canais do Youtube sobre o hobby, montagem e técnicas: Blog do Chiquito, Tom Plasti e PlastiTV
- canal do Youtube sobre aerografia: IPMS_RJ
Peço que, antes de se aventurar no hobby, dê uma boa olhada nos materiais disponíveis para que sua jornada seja menos árdua e mais assertiva! Espero que, com esses posts, consiga ter passado um pouco daquilo que conheço, mostrado o meu amor pelo plastimodelismo e o quanto ele pode ser prazeroso e lhe trazer inúmeras horas de paz e concentração.
Abraços e até breve.
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