NEWS!

Os Jogos E Seus Benefícios À Saúde (Parte 2)

Os Jogos E Seus Benefícios À Saúde (Parte 2)

Olá, queridos leitores. Hoje, darei continuidade à nossa série “Os Jogos e os Benefícios à Saúde”.

Vamos lá?

No post anterior falei sobre os jogos de tabuleiro e os benefícios trazidos por eles aos tratamentos de reabilitação, terapias e até mesmo na interação entre as pessoas e o meio em que vivem. Porém, com o avanço tecnológico, os profissionais da área da saúde sentiram a necessidade de acompanhar essa evolução, através do uso de jogos eletrônicos. Se é algo tão presente na vida das nossas crianças, jovens e adultos e, que tem uma evolução tão rápida e tão significativa, porque não fazer um uso benéfico disso?

Foi assim que alguns profissionais começaram com projetos e experimentos em alguns hospitais e clínicas no Brasil e ao redor do mundo e obtiveram resultados significantes.

Ao longo de alguns anos, os jogos eletrônicos têm sido aliados poderosos à clínicas e alas infantis dos hospitais especializados em Oncologia. Por exemplo, a fundadora do Instituto Beaba, junto com uma produtora da cidade de Santos decidiram desenvolver um jogo para auxiliar as crianças e seus familiares na luta contra essa doença. Ambas tiveram câncer e sentiram a necessidade de levar informações sobre a doença para às crianças de forma mais lúdica e leve. No jogo, AlphaBeatCancer, os personagens passam pelas fases do tratamento, de uma maneira clara, otimista e com uma didática bem incisiva. O jogo teve o apoio da Sociedade Brasileira de Oncologia Pediátrica (SOBOPE) e contou com a ajuda e avaliação de profissionais das áreas competentes: programadores, médicos, enfermeiros, nutricionistas, fisioterapeutas, pedagogos, entre outros. O aplicativo conta com 20 minigames, onde o paciente percorre todas as etapas do tratamento: desde a quimioterapia até os cuidados com higiene e alimentação.

Há um tempo atrás, tivemos sucesso com o game Pokémon Go. Pois bem! O queridinho de muitos gamers também foi utilizado para ajudar na luta contra o câncer nos hospitais infantis. O Instituto de Tratamento do Câncer Infantil (Itaci), em Pinheiros, na zona Oeste de São Paulo, em Agosto de 2016, começou a usar o game para terapia ocupacional, com um grupo pequeno de pacientes. Segundo a equipe, os pacientes reagiam de forma positiva: interagiam com outros pacientes, ficavam atentos às datas das sessões de quimioterapia, trocavam informações sobre a doença e o tratamento e circulavam pelo hospital à caça de Pokémons. Esse hospital não foi o único! Logo após seu lançamento, o hospital infantil C.S. Mott, no Estado de Michigan (EUA), divulgou que estava usando o game para incentivar os pacientes a se movimentarem pelo local.

 

Um outro problema que vem sendo combatido com o auxílio dos jogos e, foi praticamente, o pioneiro nesse tipo de prática, é a depressão, que cada vez toma conta mais e mais dos indivíduos. Pesquisadores da Universidade de Auckland, na Nova Zelândia, criaram um jogo para tratar jovens com depressão: o SPARX, que segundo os médicos, foi tão eficiente quanto o método tradicional de terapia. O estudo foi realizado com jovens entre 12 e 19 anos e a recuperação foi maior do que o tratamento que utilizava o método tradicional. Um outro estudo realizado na Universidade da Carolina do Norte, nos EUA, comprovou que jogos casuais são eficazes contra depressão, pois são capazes de prevenir o estresse do cotidiano e melhorar o humor.

A Empresa PopCap Games contribuiu para as pesquisas com os jogos das séries Plant Vs. Zombies e Bejeweled. As metodologias usadas avaliaram a frequência cardíaca, uma eletroencefalografia e a alteração de humor, antes e depois das partidas. Os resultados foram significativos em várias áreas e foi descoberta uma potencial aplicação terapêutica dos games para o tratamento de transtornos físicos e mentais. Em alguns casos de depressão e ansiedade, os sintomas foram diminuídos em até 57%, após o uso dos jogos citados.

 

Outros dois jogos, Actual Sunlight e Depression Quest recebem um destaque especial por sua abordagem direta e por transformarem a depressão em uma experiência que pode ser compartilhada e vencida pelo jogador, tenha ele depressão ou não. Actual Sunlight coloca o jogador na pele do protagonista Evan Winter, um jovem angustiado com seu futuro, descontente com seu corpo e sem vida social. O game é uma produção independente e ainda conta com a aprovação do público para o lançamento no Steam. Já o jogo Depression Quest lida com a depressão de forma extremamente clara e direta e foi aclamado pela crítica, pela forma como abordou o transtorno e pelo seu valor educacional.

Diversos jogos são utilizados para quem tem dependência química. O princípio do tratamento é o mesmo: o personagem possui dependência de álcool ou de substâncias químicas ilegais e cabe ao jogador vencer o desafio de se libertar e interagir com o ambiente virtual que está à sua volta, sofrendo com fracassos e desfrutando das vitórias e conquistas.

 

É complicado e seria muito precipitado apontar um game como cura para uma doença tão complexa. É necessário medir a eficiência dos consoles e seus games associados à outros itens do tratamento como livros, passeios, atividades físicas, entre outros.

Desde que os controles sem fios e sensores de movimentos foram criados, o videogame deixou de ser uma atividade sedentária. E, atualmente, deixa de ser uma opção exclusiva para quem busca somente diversão. É uma atividade altamente recomendada para a reabilitação de jovens e idosos, que tenham sofrido algum tipo de acidente. O console Wii, da Nintendo, é o mais procurado nesse quesito e tem sido utilizado em terapia de reabilitação na clínica de fisioterapia da Universidade Cidade de São Paulo.

O console, que está sendo incorporado nos principais centros de reabilitação do Canadá, Estados Unidos e Europa, chega ao Brasil como um novo aliado ao tratamento de doenças como acidente vascular encefálico, paralisia e lesões musculoesqueléticas. Os fisioterapeutas da clínica afirmam que o console ajuda os pacientes a recuperarem o equilíbrio, a coordenação, resistência e força muscular, além de estimular a atividade cerebral e aumentar a capacidade de concentração. Segundo alguns pacientes entrevistados, a terapia com o console se torna mais dinâmica e envolvente.

 

Falar sobre videogames ainda é muito polêmico, apesar de que esse assunto vem sendo desmitificado, devido ao crescimento dessa indústria. Até então, os videogames eram favoritos dos psicólogos para avaliação dos danos que, segundo muitos, causava aos indivíduos, como o incentivo à violência e a capacidade de viciar. Com o passar dos anos, devido ao aumento de mercado e da popularização dos games, viu-se a necessidade de enxergar seu lado positivo. Também, com o surgimento de um público mais exigente, tornou-se necessário a melhoria de gráficos, enredos que explorem ambientes desconhecidos, revelem tramas que envolva o jogador como personagem e assim por diante.

Uma equipe de especialistas composta por psicólogos, estagiários do curso de Psicologia, psicopedagogos, psiquiatras, intérpretes de libras e técnicos administrativos comprovou que adolescentes que jogam videogame têm um melhor desempenho social, familiar e escolar. Isso, sem falar que o índice desses adolescentes que possam se envolver com entorpecentes é mínimo.

Bem, galera … Fiquem atentos pois em breve será publicada a Parte Final desta série! Até breve!

_____________________________________________________

“Os Jogos E Seus Benefícios À Saúde” é uma série especial e dividida em 3 partes onde a autora aborda sobre os benefícios que os jogos podem trazer para diversos tratamentos de saúde.

ESTE É O SEGUNDO TEXTO!

O PRIMEIRO pode ser acessado em: Os Jogos E Seus Benefícios À Saúde (Parte 1)

Se você gostou deste post não deixe de registrar sua participação através de sugestões, críticas e/ou dúvidas. Aproveitem para assinar o Blog e o canal do YouTube, acompanhar nossas publicações e ficar por dentro do Projeto Universo NERD, de sorteios, concursos e promoções!

Tags:
Paula Souza

É Editora e Autora do UniversoNERD.Net, Professora de Língua Portuguesa e Inglesa, amante de leitura e Literatura, além de gamer nas horas vagas.

Postar um comentário