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Grandes Nomes da Literatura: Jane Austen

Grandes Nomes da Literatura: Jane Austen

Olá, queridos leitores. Hoje, quero falar para vocês sobre uma das minhas autoras preferidas e que, para a época, foi uma revolução no mundo da Literatura: Jane Austen. Vamos lá?

Jane Austen foi o primeiro nome a aparecer em uma lista dos maiores autores da literatura ao redor do mundo, representando uma das primeiras contribuições literárias ao início de um movimento feminino.

Suas personagens são definidas com uma ironia tão sagaz que a coloca entre os clássicos da literatura.

Embora pareça que são personagens inocentes, não se deixe enganar por essa falsa aparência, pois é justamente isso que garante vários meios de interpretação de suas obras. Através disso, a autora consegue alcançar um público bem amplo.

Um pouco sobre a autora

Jane Austen pertencia à uma família da nobreza agrária, portanto, sua situação e o ambiente em que cresceu serviram de contexto para todas as suas obras, espelhando-se em seu próprio casamento para desenvolver as histórias que escreveu.

A autora possui várias obras, hoje famosas, mas as quais tiveram suas publicações rejeitadas por vários editores naquela época. Seu pai, reverendo George Austen, possuía uma vasta biblioteca, mais uma fonte de inspiração de Jane Austen.

Jane trocava cartas com sua irmã Cassandra, sua confidente, às quais são conhecidas hoje e foram outra a fonte de inspiração de muitas de suas obras.

Obras como Sense and Sensibility, Pride and Prejudice e Emma retratam de forma bem nítida as diferenças sociais enfrentadas na época. Não existe registro de que Jane tenha sido cortejada por alguém, porém existem relatos de que ela tenha tido uma pequena relação de amor juvenil com um parente irlandês de uma de suas amigas. Mas, em uma carta à sua irmã Cassandra, em 1796, ela disse que havia terminado tudo por motivos econômicos, história bem parecida com sua obra Pride and Prejudice.

Em 1803, Jane Austen consegue vender seu primeiro romance, Northanger Abbey, por 10 libras esterlinas, apesar de sua publicação ocorrer somente 14 anos depois. Em 1810, SEnse and Sensibility foi aceita por um editor, mas publicada de forma anônima: “By a Lady”, era o que dizia na capa.

A Escritora

Durante os anos de aprendizado de Jane Austen não existia uma escola com sistema de educação estabelecido por nenhum órgão público, propriamente dito. A educação das crianças e adolescentes era fornecida através das escolas dominicais das paróquias ou ainda, no caso das famílias com mais posses, através de tutores particulares.

Retrato de Jane Austen

Mas, além disso, existiam algumas “escolas para damas”, as quais tinham uma péssima reputação. A educação nessas instituições era deficiente. O único sistema de educação pré-estabelecido era baseado no Iluminismo de Rosseau, onde el propunha que todos os males da época, surgiam dentro da própria sociedade falsa e hipócrita em todos os sentidos.

Para os princípios iluministas, a educação poderia transformar o homem, por isso seu sistema educacional era baseado unicamente na razão. Assim sendo, a mulher estava excluída dessa possibilidade nesse sistema, não só para Rosseau, como para todos os outros iluministas.

Na obra de Jane Austen há várias passagens onde ela deixa explícita a necessidade da sociedade da época, onde as mulheres deveriam ter “talentos” que atrairiam os olhares masculinos, mas a autora também deixa claro que suas personagens não davam a mínima para esses “talentos”. A autora se coloca a favor de uma educação liberal para as mulheres.

Como a autora vinha de uma família onde se valorizavam as letras e o aprendizado, ela desenvolveu a habilidade de compor textos onde destacava esses valores familiares, os quais achava importantes. Como ressalta em Pride and Prejudice, a boa educação dos filhos e filhas dependia de pais exemplares presentes. Assim também como na mesma obra, ela deixa bem claro a figura de mulher ideal para a época: ela colocava em dúvida se existia uma mulher que soubesse se encaixar nos padrões perfeccionistas da sociedade e ainda ter carisma e expressão que as favorecesse.

Características de suas obras

As obras de Jane Austen eram diferentes de todos os outros romances escritos, pois apresentava o bom comportamento como exemplo a ser seguido. Apesar de apresentar, em certos momentos, experiências fictícias, os elementos envolvidos sempre estão de acordo com a realidade e a veracidade dos fatos narrados. Isso porque a autora sempre se inspirava em fatos e acontecimentos reais para escrever.

A sociedade da época, assim como as de outros períodos, era falsa moralizadora. Portanto, o objetivo de suas obras era de ridicularizar; modelar perante o ridículo, os pilares que deveriam reger o comportamento do ser humano.

Em várias de suas obras, mas principalmente em Pride and Prejudice, a autora tenta romper a barreira da mobilidade social e da diferença entre as classes…

… moldando o comportamento de suas personagens, oferecendo características fundamentais à raiz de seus personagens. Para a autora, a melhor maneira de romper essas barreiras era através do matrimônio.

Jane Austen tem como característica bem marcante e definida seu gosto pelo decoro, proveniente de sua educação moral cristã. Durante o decorrer da obra, ela consegue ensinar a seus leitores todos os princípios morais abordados, mas sem empurrar tudo ao leitor de forma forçada. A autora, simplesmente, utiliza fatos acontecidos em sua vida ou na vida de pessoas reais para esse aprendizado, sem utilizar somente teorias.

O que há de mais belo e intrigante em Jane Austen, segundo alguns críticos, é o fato de ela não ter tido contato com nenhum escritor ou autor contemporâneo, dessa forma, não sofrendo influência de terceiros em seu estilo. Porém, a veracidade dessa informação não foi confirmada até hoje. Por isso, em suas obras, às vezes, há uma certa intertextualidade.

Sabemos por meio das cartas que ela escrevia à sua irmã, Cassandra, que elas viajavam muito e visitavam sempre a casa de amigos. Segundo as cartas, Jane Austen sempre esteve muito familiarizada com as obras publicadas, mas não se sabe se ela deixou que isso a influenciasse.

Vários exemplos de intertextualidade estão presentes em suas obras: em Pride and Prejudice, suas primas leem os Sermons for Young Women (manual destinado à formação moral de jovens) em uma tentativa de ridicularizar Mr. Collins.

Jane Austen recebeu várias críticas de escritores e escritoras renomados, como Charlotte Brontë, a romancista Margaret Oliphant e outros, sobre seus personagens serem, na maioria das vezes, da classe média, sempre envolvidos em um mesmo contexto e em um mesmo cenário, sem muita expressão viva, mas sim com semblantes apáticos e sem refinamento. Também foi criticada por suas obras não terem muitas “aventuras” e sim serem focadas muito mais no amor fraternal e na amizade.

Romances publicados

Estas são apenas algumas das obras publicadas, pois existem peças de teatro, filme e obras mais curtas que também foram escritas pela autora. Das obras abaixo, todas foram exibidas ou como produções cinematográficas ou como trabalhos para a televisão.  

  • Sense and Sensibility (1811)
  • Pride and Prejudice (1813)
  • Mansfield Park (1815)
  • Emma (1815)
  • Northanger Abbey (1818) (póstuma)
  • Persuasion (1818) (póstuma)

Espero que tenham gostado! Até a próxima!

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Paula Souza

É Editora e Autora do UniversoNERD.Net, Professora de Língua Portuguesa e Inglesa, amante de leitura e Literatura, além de gamer nas horas vagas.

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