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Furiosa: Breve Visão Da Saga Mad Max

Furiosa: Breve Visão Da Saga Mad Max

Mad Max: Estrada da Fúria é um filme singular, e que se sustenta tão bem por conta própria que não há necessidade de outro exatamente igual – inevitavelmente pareceria uma repetição vazia. Felizmente, Furiosa: Uma Saga Mad Max está longe de ser “apenas mais um”, trocando uma história que se desenrolava quase em tempo real por uma épica extensa que se passa ao longo de duas décadas. É uma mudança de ritmo brilhante que justifica a existência deste prelúdio. Mesmo com a mudança na estrutura, Furiosa ainda é implacável com sequências de ação incríveis, e tem um clima que facilita muito afundar na poltrona enquanto a loucura toma conta de você.

Como o título indica, Furiosa é um prelúdio que conta a história de vida da personagem de Charlize Theron em Estrada da Fúria, começando com seu primeiro encontro com um novo vilão chamado Dementus (Chris Hemsworth). Dementus é basicamente Toecutter do Mad Max original: um maníaco descontrolado liderando uma enorme gangue de motociclistas pelo deserto, aterrorizando todos que encontram pelo caminho.

E começando com a jovem Furiosa e sua mãe na sequência de abertura do filme!

A luta de longo prazo de Furiosa contra Dementus é a moldura desta história. Ao longo do filme, Dementus devasta o deserto, atacando a Cidadela de Immortan Joe de Estrada da Fúria, assim como a Fazenda de Balas e Gastown, em lugares mencionados em Estrada da Fúria, mas não mostrados, pois ele se torna uma ameaça geral para todos durante décadas enquanto tenta lutar contra todos que encontra pelo caminho.

Embora o filme retrate a ascensão e queda de Dementus, essa parte da história é principalmente um pano de fundo – Furiosa é apenas alguém que foi apanhada nessa guerra no deserto, não a heroína que vai acabar com ela. Furiosa é uma jovem tentando não ser morta e, nesse processo, se envolve em muitas situações selvagens e dramáticas. Mas como Dementus consegue continuar sua guerra de terror, Furiosa tem várias oportunidades convenientes para se vingar do homem que a sequestrou e forçou a viver nessa vida nômade no deserto quando era criança.

Se você estava preocupado que as habilidades do diretor George Miller como cineasta de ação tivessem se deteriorado desde Estrada da Fúria, ou que a ação fosse muito semelhante à de Estrada da Fúria, pode relaxar. Apesar dos anúncios tentarem ao máximo fazer este prelúdio parecer exatamente como Estrada da Fúria novamente, cada sequência neste filme segue seu próprio caminho inovador, e isso mesmo quando o filme retrata a primeira jornada caótica de Furiosa na Estrada da Fúria, quando ela se escondeu a bordo de um caminhão e acabou tendo que salvá-lo dos homens de Dementus.

Mesmo com essa cena sendo, na superfície, muito similar a coisas do último filme, os detalhes são tão diferentes que Miller consegue mantê-la fresca.

Tão importante quanto a aparência da ação é como ela se sente. Miller e sua editora/esposa, Margaret Sixel, cultivaram uma vibração orientada pela música para Furiosa, similar a como Estrada da Fúria foi construída, mas talvez ainda mais eficaz com uma história que não é tão densa em ação quanto aquela, pois isso dá até mesmo às cenas silenciosas uma sensação de movimento. Embora a história seja muito diferente e estruturada de forma diferente de Estrada da Fúria, aquela vibração de videoclipe de duas horas permanece.

E as atuações quase sem diálogos de Alyla Browne e Anya Taylor-Joy como Furiosa – cada uma aparecendo em cerca de metade do filme, pois se encaixam perfeitamente nisso. Como Theron antes dela, Taylor-Joy é uma atriz com muita presença, ótima em comunicar muitos sentimentos sem palavras. Mas pode ser Chris Hemsworth quem mais lembraremos deste filme, não que ele seja melhor que Taylor-Joy no filme, mas ele provavelmente tem mais falas do que todos os outros personagens juntos, e assim ele fica gravado na sua mente um pouco mais.

Mas isso é tanto uma bênção quanto um pouco de maldição, porque quando ele entrega seu longo e filosófico solilóquio culminante no final, parece um exagero.

Por fim, admito que eu estava entre aqueles que não viam realmente a necessidade deste filme existir, mas este prelúdio é interessante que volto a acreditar que Miller, aos 79 anos, pode fazer mais algum bom filme.

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Reinaldo Vargas

Professor, Streamer, Parceiro do Facebook Gaming e ArenaXbox.com.br, Idealizador do UniversoNERD.Net, integrante do Podcast GameMania e Xbox Ambassador. Jogador de PlayStation e Xbox!

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