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Cities: Skylines, A Cidade Na Medida Do Controle

Cities: Skylines, A Cidade Na Medida Do Controle

O período? Ano 1989! O lugar? Um monte de PCs! O que aconteceu? Agora vou lhe contar… Eram os anos 1990 (bem no começo), os PCs ainda eram para poucos e eu tinha nascido há pouco tempo, mas já sabia que era o meu destino entrar neste mundo louco da tecnologia… (na verdade eu não sabia de nada, pois tinha só 1 ano, mas faz parte da história!) e um cara bem legal teve uma ideia, uma que revolucionou o mundo dos videogames. O nome dele é Will Wright, sim, aquele nome que aparecia abaixo da logomarca da Maxis.

Este “criativo” estúdio desenvolveu os primeiros simuladores de construção de cidade (e de vida também, como The Sims) que por dezenas de anos fizeram parte do entretenimento para milhares de pessoas.

Com o passar do tempo, vieram novas versões desses jogos, como SimCity 2000, 3000, 4… entre outros. Mas depois que a EA fechou a Maxis, as coisas mudaram e SimCity ficou na história dos games. Ao passar do tempo, alguns competitors chegaram no mercado ocupando este lugar, como Cities XL e XXL e por fim Cities: Skylines, que faz parte do assunto deste artigo e que joguei na versão do Xbox One.

Cities: Skylines é o que tem de melhor quando o assunto se trata de games simuladores de cidades atualmente.

Cities: Skylines

Desenvolvido pela Colossal Order, e distribuído pela Paradox Interactive, este city-building (simulador de construção de cidade) está disponível para Xbox One, PS4, Microsoft Windows, Linux e Mac OS. Como a maioria destes simuladores, o jogo é otimizado para o uso preferencial de mouse e teclado, com uma interface do usuário (ou UI) um pouco complexa de ser usada, mas igualmente viciante na versão dos consoles.

Um jogo que pode parecer simples, mas muitas vezes não é, pois quanto mais o jogo avança, mais desenvolvida fica a cidade, mais problemas irão aparecer, como trânsito, a necessidade de construir estruturas grandes, como uma represa, a questão da poluição, a criação de regras em algumas zonas e quarteirões, entre outros. E um plano regulador da cidade mal feito ou simplesmente mal administrado (como com uso de altos impostos), podem gerar problemas terríveis… uma simulação que representa bem a realidade!

Com o controle sobre as “regras” da cidade, você pode mudar as pessoas e outros alvos do lugar e isso pode ser um grande problema! Tudo é interligado: recursos naturais, vias de acesso, hospitais e muto mais. assim como tudo também pode levar a sua cidade do zero até mil e de volta ao zero em pouco tempo.

Mas o gerenciamento desta cidade não parece ser tão simples e nem fazer tanto sentido.

Com o crescer da cidade, você chegará a desbloquear os monumentos e isso é ótimo, pois são estruturas mais potentes (basicamente são quase códigos) que tiram a poluição ou geram energia limpa e segura, mas para desbloquear estes monumentos, tem que fazer umas ações que são contra o objetivo primário deste jogo e em vez de premiar a melhor cidade, estes monumentos chegam ao jogador destruindo ela!

Para desbloquear a construção de um prédio único (dependendo do monumento, precisa de diferentes prédios únicos) tem que “destruir” o bem estar dos seus cidadãos, com desemprego, criminalidade e lixo, por exemplo, e isso para mim não tem sentido. Um jogo de planejamento, construção e gerenciamento de uma cidade que premia quem não consegue fazer isso direito (abrindo um parêntese politica… parece a realidade!).

A UI as vezes atrapalha, para destruir ou construir algumas partes da cidade, tem que lembrar onde estavam os recursos certos porque não dá para sobrepor o layer informativo com a parte de construção, isso é só um exemplo, mas se aplica à muitas outras situações.

Outro ponto contra é a falta da possibilidade de construir túneis ou pontes, como para conectar 2 partes da cidade divididas por uma rodovia com uma rua simples. Neste caso, tem que construir uma ponte enorme com 4 pistas quando seria mais saudável um túnel ou uma ponte, pois isso gera trânsito e para quem não frequenta cidades grandes, isso é muito ruim! Ainda na lista dos pontos “contra” estão as conquistas, as quais muitas delas são para construir monumentos que são desbloqueados com acontecimentos ruins.

Mas lógico que temos também os pontos “prós” (ou a favor), pois encontramos a possibilidade de gerenciar cada aspecto das cidades, desde os impostos por categoria (residencial, comercial, industrial, entre diversos outros), o budget de todas áreas administrativas da nossa cidade e muitas outras informações sobre o território para permitir o máximo conhecimento da sua cidade.

Outro ponto a favor é o visual do jogo que representa bem a realidade!

Concluindo a experiência

Se gosta de mandar nos outros e ter o “poder dos deuses”, este jogo é feito para você! Se gosta de planejar o futuro de um Éden na terra e destruí-lo com uma inundação ou outro desastre, este é o jogo para você! Se não tem paciência e quer só atirar em alguém, isso não serve para você!

Este jogo requer paciência e dedicação para chegar na cidade “perfeita”, mas apesar de alguns problemas na UI, o jogo vicia os jogadores que gostam dessa tipologia ou quem, como eu, gosta de jogos.

Como sempre, esta é só a minha opinião a respeito de um jogo que tive a oportunidade de testar…pare com “preconceitos” e experimente o jogo se puder…E caso não goste, apenas desinstale!

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Daigor Landi

É Autor/Colaborador do UniversoNERD.Net. Gringo trabalhando como desenvolvedor software, obcecado por videogames e tecnologia. Passo o tempo entre Xbox, trabalho e ouvir os xingamentos de quem revisa os meus artigos!

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