Hoje, vamos falar sobre alguns assuntos que estão ao nosso lado desde os segundos jogos no mundo dos games… Dos segundos, porque para existirem, deveríamos ter antes os primeiros de uma determinada IP! Falamos das “fases de uma velha IP no universo gamer”! Porting, Remaster, Remake, Demake e Reboot.
Muitos não conhecem as diferenças entre elas ou as confundem (como eu, antes de começar a escrever este artigo), mas cada uma tem os seus detalhes e as suas motivações.
Sobre as “fases de uma velha IP”
A primeira fase é o porting ou “temos um jogo e vamos tentar vendê-lo mais”! Funciona basicamente assim: jogos criados para uma plataforma e re-adaptados para rodar em uma outra, desde o Apple II, Atari 8-bit e Commodore 64 até os atuais consoles e PCs, pois um jogo eletrônico possui mercado para rodar em mais do que uma plataforma e, na maioria das vezes, a empresa proprietária da IP faz um porting, mas nem sempre é bom, para uma ou outra plataforma. Isso muitas vezes gera conflitos com jogos de consoles modificados para PC e os PC-gamers, decepcionados com a empresa por ter feito um porting horrível do jogo.
É como se eu pegasse um vestido da minha esposa e emprestasse ou desse para outra mulher… Nunca ficaria perfeito, mesmo possuindo corpos parecidos, pois sempre irão existir diferenças, assim como existe para a otimização de diferentes hardwares existentes, seja nos consoles ou PCs.
A segunda fase é com o remaster e nesta categoria temos, entre outros, Age of Empires II HD Edition (arte da capa deste post), Banjo-Kazooie e Beyond Good and Evil HD, os quais se diferem dos originais nas texturas em alta definição e melhor efeito de iluminação, normalmente não tendo outras grandes modificações necessárias. Em prática, você vai poder jogar o mesmo jogo que jogou na infância, naquele seu velho televisor de tubo, hoje em sua TV mais moderna, jogando o jogo que sua mãe não queria que jogasse porque não gostava que ficasse na frente da tela o dia inteiro e todos os dias… mas pode jogar o quanto quiser (se não tem esposa/esposo que não deseja que você fique na frente de uma tela todo dia).
Agora, você pode ser o caso de alguém que não jogou um jogo antigo e quer jogá-lo atualmente. Isso aconteceu pouco tempo atrás comigo, pois não tinha jogado Beyond Good and Evil e, depois da apresentação do prequel na E3 passada, quis jogar! (Vale a pena!). Em prática, é um jogo com “maquiagem” renovada!
Na terceira fase, tem o conhecido remake, que é diferente do remaster, pois são versões novas dos jogos, tendo mais ou menos os mesmos personagens, histórias e dinâmicas e é com os remasters, que você poderá ter o mesmo jogo que sua mãe não queria que jogasse, mas em uma nova forma. Além da gráfica HD, vai ter efeitos novos, diferente jogabilidade e funcionalidades, basicamente o mesmo jogo depois de uma cirurgia com bio-hack e que pode ser jogado na sua nova TV 4k UHD “ultramegapowersupersajan”.
Mas o que acontece quando alguém quer levar um jogo que roda em console de geração mais recente para um SNES, por exemplo? Acontece que nasce o chamado demake, a quarta fase (não oficial, obviamente) da nossa “velha IP”, uma revisitação do jogo para hardware inferior e, às vezes, obsoleto! O Portal para Flash Player ou Atari 2600, na maioria das vezes, só mantém a ideia de base, o conceito que mexe na base do jogo e todo o restante é adaptado para uma versão que deve aparecer como a da plataforma de referência (3D para 2D com gráficos a 8-bit, por exemplo) ou que possa rodar como na plataforma original (emulador).
Estou aqui escrevendo este texto com o Portal para Atari 2600 aberto no meu PC. É como se todos nós ficássemos na frente de um espelho que distorce um pouco a imagem e então, parece que estamos bêbados! Vendo sua imagem desta maneira é como se tivesse olhando um demake de si mesmo… pode ser uma experiência muito divertida, mas se olhar por muito tempo, irá ficar com dor de cabeça!
Na quinta e última fase tem o reboot, onde as regras abordadas não valem mais, pois nada é real e tudo é permitido! Normalmente, são as empresas que possuem os direitos sobre a IP que querem voltar a trabalhar, depois da mesma quase chegar ao fim (por várias causas). Por exemplo, com pesquisas de mercado na mão em que o resultado não seja “A IP é uma #####!”, uma “EA da vida” faz uma reunião que poderia começar mais ou menos assim: “O último jogo da franquia X foi uma ##### e quero saber quem foi o responsável!? Você?, Ok, está despedido! “Agora, queremos voltar a ganhar dinheiro com isso e quem quer fazer este jogo e não acabar como o cara que está chorando lá fora?” Uma nova empresa, novo motor gráfico, nova história, às vezes um ou dois personagens originais e ai começa a surgir uma nova página da história desta IP.
E, depois de alguns anos, as fases da “velha IP” podem voltar a se repetir!
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