Ao Cinema Americano, Com Carinho #SQN

Tudo bom convosco, caros nerds cinéfilos? Já faz algum tempo que queria desabafar com vocês a respeito da atual baixa qualidade dos filmes norte-americanos ou “Cinema Americano“.

Dado os últimos lançamentos, que criaram uma onda enorme de rage pelas redes sociais, bem como as promessas futuras que ainda serão lançadas, não teria melhor momento para essa oportunidade.

É notória a perda de qualidade nos filmes americanos e isso não é novidade para ninguém. Hoje em dia, qualquer produção é abarrotada de excelentes efeitos especiais (cada vez melhores), bons atores, estratégias extremamente rentáveis de marketing e cinemas lotados. Quanto a isso não há discussão.

Mas, e os roteiros? E a originalidade desses enredos? Como fica?!

De alguns anos para cá, só não percebe quem não quer, Hollywood vale-se de “ondas”, praticamente “receitas de bolo” para entreter seu público. A primeira delas, foi a “Onda do Remake”. Incapazes de criarem histórias novas, fez-se uma verdadeira febre de relançar filmes que foram sucesso, principalmente nos anos 1980. “Poltergeist, Carrie – A Estranha”, “Mad Max”, “King Kong”… A lista é enorme!

E, por favor: não me venham com esse papo de “reboot”!

Outra onda, que está mais do que batida, é a “Onda dos Filmes de Heróis de Quadrinhos”que, infelizmente, é sustentada por muitos de nós. Nessa categoria, dá para contar nos dedos de apenas uma das mãos quais foram os filmes que tiveram atenção especial em seu enredo, de modo que, mesmo que adaptado, fizesse jus à originalidade dos HQ’s. Na maioria, os responsáveis pelos longas não estavam nem aí para isso!

A preocupação era agradar ao público (geralmente não-leitores de HQs) a fim de bilheterias milionárias.

É reboot em cima de reboot, troca constante de atores para o papel dos protagonistas, linhas cronológicas totalmente ilógicas e contraditórias, herói tretando com herói por motivo banal (isso dá uma audiência tremenda! O povo curte!), herói juntando com herói… Enfim, coisas que só agradam aos menos críticos.

Agora, vivemos a nova moda hollywoodiana: “A Onda de Ferrar com Animes”! E o pior de tudo é que não escolhem qualquer anime mediano para estragar.

O “legal” para a indústria americana de cinema é criar adaptações grotescas (caberiam tantos palavrões no lugar do adjetivo!) de verdadeiras obras de arte da animação japonesa. “Speed Racer”, “Dragon Ball Z”, e mais recentemente “Ghost In The Shell”, são apenas alguns dos exemplos que os americanos tiveram a pachorra de exportar para sua cultura e criar verdadeiros “frankensteins cinematográficos”!

Essa discussão foi fomentada graças ao lançamento de “Death Note”, pela Netflix, no finalzinho de agosto desse ano. A adaptação foi tão mal feita, principalmente na questão de inserir elementos irritantemente caricatos da cultura americana, que o filme foi alvo de sérias críticas, vindas de tudo quanto é lado! Finalmente tem gente acordando e não engolindo, goela abaixo, essas porcarias feitas em Hollywood!

O mais triste é saber que obras primas como “Akira” e “Neon Genesis Evangelion” estão na mira dos americanos e há fortes indícios de que também ganhem adaptações em live action.

Como é quase certeza de que, caso sejam adaptados, tenham entre os seus personagens algumas team-leaders, o menino fracote alvo de bullying, o machão que joga futebol americano, o engraçadinho que faz piadas fora de hora, entre outras figuras bem típicas de 97,59% dos filmes estadunidenses, prefiro que os japoneses defendam sua honra não concedendo os direitos autorais!

Concorda comigo, caro nerd?

Nunca é bom demais lembrar que:

1. As opiniões aqui expressas são pessoais, e não do Projeto Universo NERD como um todo.
2. Algumas obras citadas não são 100% americanas, pois possuem parcerias com estúdios de outros países.
3. Hollywood é como uma “catacrese” para “cinema americano”, o que não quer dizer que todo filme aqui citado tenha sido feito por um estúdio localizado em Los Angeles.

Abraço a todos!

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