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A Literatura Como História Em Quadrinhos

A Literatura Como História Em Quadrinhos

Olá, queridos leitores. Hoje vou falar um pouco sobre um assunto que envolve um tema, o qual de certa forma, já fez parte da infância de todos nós e ainda faz parte da vida de alguns de nós. Vamos ver um pouquinho sobre a quadrinização de alguns clássicos da literatura. Vamos lá?

Na infância, passamos por um período onde somos mais abertos a esse tipo de leitura: ilustradas, com mais vida e vigor. Todo mundo, em algum momento, já leu uma história em quadrinhos, nem que seja da Turma da Mônica, criada pelo cartunista Maurício de Sousa, em 1959.

O fato é que elas fazem parte da vida de milhares de brasileiros, nos mais variados formatos: com acabamentos de luxos, em edições mais simples e até mesmo nas tirinhas de jornais. E pensar que tudo começou há muitos anos atrás, alguns até diriam que remontam aos tempos das pinturas nas cavernas.

O formato que temos hoje, deve-se à quatro figuras muito importantes: o artista gráfico e escritor suíço Rudolph Töpffer (1799-1846); cartunista alemão Wihelm Busch (1832-1908); o botânico francês Georges Colomb (1856-1945) e do italiano Angelo Agostini (1843-1910), radicado no Brasil. Mas, a primeira HQ, no estilo moderno atual, foi criada por Richard Fenton Outcalt (1863-1928), COM A SÉRIE The Yellow Kid, onde ele introduz uma técnica muita conhecida, a qual faz o uso dos balões para sinalizar a fala dos personagens.

Durantes muitos anos, as Hqs giraram em torno de super heróis e vilãos, porém, em 1940, Will Eisner (1917-2005), conhecido como “pai dos quadrinhos”, criou Spirit e introduziu com essa obra os quadrinhos como forma de manifestação literária.

Pense bem: você colocaria Alan Moore ao lado de Machado de Assis? Ou você conseguiria pensar em algum clássico da literatura, como Dom Casmurro e sua Capitu, em forma ilustrada?  É exatamente nesse período que esse paradigma foi quebrado.

Esta semana, passeando pela livraria Saraiva, em um shopping da zona sul de São Paulo, fui até a sessão de Hqs apenas para matar o tempo. Fiquei bastante surpresa, pois em meio à Mulher-Maravilha, Batman e outros heróis e vilões, me deparei com Os Lusíadas, de Camões, em formato de quadrinhos. E não foi só esse, na mesma prateleira, Frankestein, de Mary Shelley; A Guerra de Troia, não só em quadrinhos, mas em forma de versos e cordel; Os Miseráveis, de Victor Hugo; Odisseia, de Homero; Noite na Taverna, de Álvares de Azevedo; O Mercador de Veneza, de William Shakespeare; O Cão dos Bakersville, de Arthur Conan Doyle e O Assassinato no Expresso Oriente, de Àgatha Christhie.

Figura 1 1 - A Literatura Como História Em Quadrinhos

Figura 2 1 - A Literatura Como História Em Quadrinhos

Figura 3 - A Literatura Como História Em Quadrinhos

Figura 4 1024x471 - A Literatura Como História Em Quadrinhos

Nem preciso falar que me perdi nessa sessão, não é? Afinal, tantas pérolas da literatura em um lugar só…

Este ano, tivemos o lançamento de clássicos da literatura em HQ, pela editora Glénat, como A Ilha do Tesouro, A Volta ao Mundo em 80 dias, Dom Quixote e muitos outros. Todos são extremamente fiéis à obra original.

É uma tarefa muito difícil dizermos qual foi o “estopim” para que surgisse a literatura em forma de histórias em quadrinhos. Porém, acredita-se que os primeiros exemplares, traduções de clássicos da literatura internacional como Ivanhoé  e Os Três Mosqueteiros, tenha sido os primeiros, na década de 40, aproximadamente.

O grande problema é que a linguagem utilizada em um clássico como Hamlet, fica muito difícil de ser transcrita para o Quadrinhos. A dinâmica das Hqs não combina com o tipo de linguagem desse tipo e obra literária. São necessárias adaptações, mas sem perder a essência da obra. Quando o quadrinho pena para acompanhar o ritmo descritivo-narrativo do autor, fica faltando algo e a ideia não fica boa. O que é uma pena!

Segundo especialistas, o interesse pela adaptação cresceu nos últimos anos, tanto por parte do público, como das editoras. Acredita-se que isso se deve à programas governamentais de adoçãos de livros.

O objetivo, na verdade, além de homenagear grandes autores clássicos, foi o de estabelecer uma ponte entre os textos clássicos e os poucos leitores jovens que temos hoje. E você, o que acha?

Até a próxima!

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Paula Souza

É Editora e Autora do UniversoNERD.Net, Professora de Língua Portuguesa e Inglesa, amante de leitura e Literatura, além de gamer nas horas vagas.

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