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A Herança Fenícia Para O Mundo

A Herança Fenícia Para O Mundo

Olá, queridos leitores. Hoje vou falar um pouquinho para vocês sobre um período da História. Apesar da minha formação em Letras, gosto muito de História Antiga. Vamos lá?

Quando falamos sobre povos antigos, o que vem à sua cabeça? Os gregos e romanos, os mais citados nas aulas de história? Ou os egípcios que construíram as incríveis pirâmides, as quais abrigam tesouros imensuráveis?

Qualquer que seja a memória que se apresente, muitos povos da antiguidade desenvolveram grandes civilizações. Algumas deixaram registros históricos escritos, outras deixaram artefatos valiosos, como joias, armas, entre outros. Isso sem falarmos das grandes ruínas de suas cidades. É através destes achados, que tentamos reconstruir suas histórias.

Dentre estas civilizações, temos uma que se destacou pela habilidade de navegação e domínio do comércio marítimo. Além disso, a escrita desse povo serviu de base para que os gregos criassem o primeiro alfabeto.

Vamos descobrir quem foi esse povo?

Sua origem é desconhecida, porém, o que se tem conhecimento é que há mais ou menos 3.000 anos antes de Cristo, os antepassados dos fenícios já viviam no território onde hoje corresponde a todo o Líbano, parte da Síria e de Israel. Na época, esse território era conhecido como Canaã.

A palavra “fenício” vem do grego “phoinios” e significa “púrpura”, que era uma tinta extraída de um molusco e comercializada pelos fenícios.
Embora a região onde viviam tivesse o solo muito fértil, eles sempre demonstraram interesse pelo mar. Graças aos contato com civilizações de grande poder náutico, como cretenses e egípcios, tornaram-se excelentes navegadores e construtores de navios.

Figura 1 - A Herança Fenícia Para O Mundo

Um dos primeiros produtos comercializados foi o cedro, madeira encontrada na encosta das montanhas e utilizada na construção das embarcações.

Os fenícios nunca tiveram um território que pudessem chamar de “país”, assim viviam em cidades-estados, como os gregos, cada uma com seu governo independente. Os reis não tinham poder total, pois deviam governar de acordo com os sacerdotes, os especialistas em leis e um conselho de anciãos.

A elite incluía grandes comerciantes, construtores navais e donos de oficinas de artesanato. Em seguida, vinham os trabalhadores livres e por último, a classe muito pobre e os escravos.

A religião era algo muito importante. Cada cidade tinha seu deus ou deusa como “patrono”, não necessariamente diferentes em cada local. Vejam abaixo, alguns dos deuses mais conhecidos:

  • Baal: regente do universo;
  • Melcart: deus do submundo;
  • Astarte: deusa celeste;
  • Eshmun: deus da cura;
  • Tanit: deusa protetora de Cartago;

Com a troca e a mistura de culturas, graças ao comércio, foi comprovado que esses deuses tinham seus equivalentes entre os gregos e romanos.

Negócios

Por volta do ano de 2500 a.C., as cidades-estados fenícias funcionavam a todo vapor. Com um ritmo de comércio acelerado, todas elas tinham portos bem equipados e o comércio marítimo era sua principal atividade.

Os produtos comercializados eram: cedro, tecidos tingidos com púrpura, vinho, azeite, perfume, vidros, cerâmicas, armas de bronze e ferro, entre muitos outros. Além disso, comercializava muitos escravos.

Seu auge, no comércio marítimo, ocorreu por volta do ano 1200 a.C.

Isso, graças aos chamados Povos do Mar, que devido às disputas com os egípcios, a política e a economia da região sofreram alteração, favorecendo os fenícios e ampliando suas rotas de comércio.

Leitura

Segundo alguns historiadores, os fenícios possuíam uma literatura riquíssima. Os registros de suas obras eram feitos em papiro, importado do Egito em quantidades tão exageradas que a cidade do Egito que exportava esse material ficou conhecida pelo seu nome: Biblos (de onde surgiu, mais tarde, o termo Bíblia, que significa “O livro”).

Como o papiro era um material muito fraco, infelizmente muitos documentos foram perdidos com o tempo. Mas, independente disso, os fenícios eram um povo que levou adiante muitas inovações culturais, divulgando ideias, seu conhecimento e uma tecnologia avançada para sua época, influenciado pela civilização da Assíria e da Babilônia.

A sua contribuição mais importante foi o sistema de escrita, adaptado pelos gregos, dando origem ao primeiro alfabeto, por volta do século 8, anterior à nossa era.

A civilização fenícia começou a perder força por volta do ano 539 a.C., quando Ciro, rei da Pérsia, conquistou o território, dividindo-o em 4 reinos vassalos, os quais deveriam fornecer navios ao povo Persa.

No ano de 332 a.C., foi a vez de Alexandre, o Grande, rei da Macedônia, conquistar a cidade de Tiro. A partir desse momento, todo o território fenício foi ficando cada vez mais sob domínio dos gregos, que além de tudo dominaram o comércio marítimo.

Sua cultura foi ficando cada vez mais apagada e durante muitos anos, sua história permaneceu como mistério absoluto. Hoje, as pistas encontradas por arqueólogos vão revelando aos poucos o cotidiano desse povo e fazendo o mundo conhecer a importância que tiveram para nosso comércio.

Até a próxima!

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Paula Souza

É Editora e Autora do UniversoNERD.Net, Professora de Língua Portuguesa e Inglesa, amante de leitura e Literatura, além de gamer nas horas vagas.

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