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Grandes Nomes da Literatura: José Saramago

Grandes Nomes da Literatura: José Saramago

Olá, queridos leitores. Em nossa série Grandes Nomes da Literatura, apesar de ter ficado um tempinho sem escrever, abordamos grandes nomes da literatura brasileira, portuguesa, inglesa e americana. Se meu querido leitor tiver algum nome que gostaria de saber a respeito, basta escrever para que possamos trazer conteúdos a respeito, certo?

Hoje, vamos ver um pouco sobre um dos maiores nomes da literatura portuguesa: José Saramago. Vamos lá?

Um pouco sobre o autor

José Saramago foi um escritor português, reconhecido pelo reconhecimento internacional da prosa em língua portuguesa. Agraciado por várias premiações, recebeu o Prêmio Camões, em 1995 e o Prêmio Nobel de Literatura de 1998.

Nasceu na vila de Azinhaga, de uma família de agricultores, José de Sousa e Maria da Piedade. Viveu grande parte de sua vida em Lisboa, para onde sua família se mudou antes mesmo que ele fizesse 2 anos de idade.

Saramago era seu apelido, o qual remete à alcunha da família. Saramago é uma planta com flor que cresce na região da Golegã e em seu nascimento, José foi registrado erroneamente pela alcunha da família. Assim, ficou registrado como José Saramago.

Desde cedo, demonstrou interesse pela cultura, por seus estudos e por uma curiosidade de Mundo que o acompanhou até o fim de seus dias.

Porém, dificuldades financeiras o impediram de frequentar o Liceu e concluir seus estudos, os quais o levariam à Universidade. Conseguiu formar-se em uma escola técnica e sua primeira profissão foi de serralheiro mecânico. Mas, fascinado pelos livros, frequentava a Biblioteca Municipal Central com frequência, à noite.

Jovem Saramago - Grandes Nomes da Literatura: José Saramago
Jovem Saramago

Vida e Percurso Literário

Seu primeiro romance, Terra do Pecado, foi publicado aos seus 25 anos, no mesmo dia do nascimento de sua filha, Violante dos Reis Saramago. Funcionário público, em 1955, para aumentar seus rendimentos, começou a fazer traduções de Hegel, Tolstói e Baudelaire, além de outros nomes.

Depois de seu primeiro romance, Saramago apresentou a seu editor o livro Clarabóia, primeiramente rejeitado. Apesar disso, permaneceu inédito até 2011. Mesmo sem incentivo, insistiu em seus esforços literários e após 19 anos, já funcionário da Editorial Estudos Cor, troca da prosa para a poesia. Sua primeira obra foi, Poemas Possíveis.

Publicou mais duas obras: Provavelmente Alegria (1970) e O Ano de 1993 (1975). Decide trocar de emprego, agora indo trabalhar no Diário de Notícias e depois no Diário de Lisboa. Porém, retorna ao Diário de Notícias onde permanece por dez meses. Em 25 de novembro, do mesmo ano, os militares portugueses intervém nas publicações, forçando a demissão de vários funcionários. 

Uma vez demitido, Saramago resolve se dedicar única e exclusivamente à literatura, substituindo as notícias pela ficção. Mas, de sua experiência vivida nos jornais, restaram algumas crônicas: Deste Mundo e do Outro (1971), A Bagagem do Viajante (1973), As opiniões que o DL teve (1974) e Os Apontamentos (1976). Mas, o que fez de Saramago um dos maiores escritores portugueses, foi seus romances.

Saramago publicou algumas obras de pouca expressão. Mas, o estilo saramaguiano só apareceu, com Levantando do Chão (1980), onde o autor retrata a situação humilde e as privações da população do Alentejo.

Dois anos após essa obra, surge Memorial do Convento (1982), chamando a atenção de críticos e leitores, pois misturou fatos reais com personagens fictícios: o rei D. João V e Bartolomeu de Gusmão, com Blimunda e o operário Baltazar. Mostra a luta da classe marxista, onde impera o contraste da imponente aristrocracia contra o povo trabalhador e responsável pela construção de sua história. Além disso, fala sobre a igreja e seus serviços opressores, o qual levava à construção de guerras.

Outras obras foram trazidas à tona por Saramago: O Ano da Morte de Ricardo Reis (1985), A Jangada de Pedra (1986), História do Cerco de Lisboa (1989), O Evangelho Segundo Jesus Cristo (1991), Ensaio sobre a Cegueira (1995), Todos os Nomes (1997), A Caverna (2001), O Homem Duplicado (2002), Ensaio sobre a Lucidez (2004) e As Intermitências da Morte (2005).

A censura portuguesa fez com que Saramago se afastasse para Lanzarote, mas ele não só protestou como fincou raízes num local de geografia difícil, pois se tratava de uma ilha vulcânica (Canárias). Mesmo assim, Saramago nunca deixou de investir contra as injustiças, usando a melhor arma que tinha: a palavra:

“Aqui na Terra a fome continua,

A miséria, o luto, e outra vez a fome.”

                                                               (Os Poemas Possíveis, 1966)

Saramago, no final de sua vida, teve uma complicação, devido à uma leucemia crônica e acabou não resistindo. Seu funeral teve todas as honras merecidas, até mesmo pelo Estado, tendo seu corpo cremado no Cemitério do Alto de São João, em Lisboa. Suas cinzas foram depositadas aos pés de uma oliveira, em Lisboa, em junho de 2011.

Até a próxima!

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Paula Souza

É Editora e Autora do UniversoNERD.Net, Professora de Língua Portuguesa e Inglesa, amante de leitura e Literatura, além de gamer nas horas vagas.

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