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Disco Elysium: The Final Cut, Um Indie Game Espetacular Que Você Precisa Conhecer

Disco Elysium: The Final Cut, Um Indie Game Espetacular Que Você Precisa Conhecer

Após testar o recente Disco Elysium: The Final Cut com muitos dos mesmos sentimentos que tive com Hades, tive a impressão que entrei em ambos os games com grandes expectativas baseadas em tudo de bom que li e ouvi a respeito e saí com essas expectativas superadas em todos os sentidos. Ambos mudaram a forma como eu abordo os games, mas eu diria que Disco Elysium mudou meu ponto de vista ainda mais. Isso me fez olhar de forma diferente para contar histórias e a importância de escrever, como a jogabilidade é vital para uma experiência e como os indie games podem marcar tanto quanto os sucessos de grandes triple A.

Este recente game traz uma reflexão de que as memórias podem ser dolorosas. Recordá-los pode resultar em sentimentos de arrependimento, raiva, vergonha e/ou coisas ainda piores. Em Disco Elysium, um RPG hipnotizante, hilário e às vezes angustiante com uma narrativa pesada, relembrar uma memória pode ser fatal. Para um policial amnésico e alcoólatra lutando com um novo caso de assassinato com detalhes indescritíveis e a pior ressaca do mundo, lembrar a pessoa que ele era oferece um caminho para a redenção.

Disco Elysium não é apenas um dos melhores games que joguei este ano, mas também um dos melhores indies da minha vida. Para simplificar, é uma obra de arte e considero obrigatório nas listas dos gamers que gostam de uma grande experiência!

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Mas vamos conversar bastante sobre Disco Elysium?

Disco Elysium se apresenta como um RPG nos moldes de Baldur’s Gate ou Divinity: Original Sin, por exemplo. O game abre com uma figura seminua deitada em uma laje dura e fria antes de se levantar lentamente em um quarto de motel barato, onde conhecemos uma figura bêbada. O personagem prossegue com a visão tradicional de cima para baixo do mundo, os membros do seu grupo percorrendo belos ambientes 2D pintados à mão, parando para inspecionar objetos e conversar com as pessoas. Existem missões para iniciar, experiência para ganhar, níveis para subir, árvores de diálogo para escalar e testes de habilidade para falhar.

Por outro lado, é um game de detetive. Seu policial amnésico descobre rapidamente que foi designado para investigar um assassinato, o que parece ser um linchamento em uma pequena cidade litorânea. Você e seu novo parceiro, o imperturbável e eternamente paciente Kim Kitsuragi, primeiro inspecionam o corpo, entrevistam potenciais testemunhas e geralmente reúnem pistas para identificar a vítima e rastrear o indivíduo. Jogado com franqueza, há uma satisfação meticulosa em assumir o papel de policial pelo livro. Você pode interrogar suspeitos sobre seus movimentos na noite do assassinato e procurar buracos em suas histórias sobre o que viram. Você também pode ligar para a delegacia de polícia e solicitar que eles recuperem mais informações sobre pistas que conseguiu descobrir e, se houver algo que seu cérebro esgotado pela bebida tenha esquecido, Kim está sempre lá com um lembrete gentil dos detalhes mais sutis de um trabalho eficaz.

Claro, você não precisa jogar 100% limpo, pois Disco Elysium oferece uma quantidade impressionante de opções, permitindo que você escolha e interprete o tipo de policial, o tipo de pessoa, que seu detetive amnésico vai se lembrar de ser. Como tal, você pode sair do seu quarto de motel de merda com apenas um sapato, e você pode dizer ao gerente que não está pagando pelo quarto, nem pelo dano que você causou, e ele pode francamente ir se ferrar. Em seu jeito impecavelmente seco, Kim vai sugerir que esse não é exatamente um comportamento apropriado, mas também não vai impedir você de se reinventar como um policial superstar arrogante, um policial idiota rude, um policial niilista miserável, um policial apologético desajeitado, um mortificado policial arrependido ou alguma combinação moderada dos mesmos.

Em todos os outros tipos de formas, tanto tematicamente quanto mecanicamente, Disco Elysium: The Final Cut é muito diferente de outros RPG’s conhecidos.

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Mesmo durante o que poderia ser considerado trabalho de rotina, Disco Elysium oferece muitas oportunidades de se expressar. Há uma cena em que você e Kim estão conduzindo uma autópsia; enquanto Kim sujava as mãos, optei pela papelada. É uma troca de ideias muito longa entre os dois policiais, você o conduzindo por uma árvore de diálogo de instruções passo a passo e preenchendo as seções apropriadas do formulário, e Kim expressando suas observações enquanto examina o corpo. Esta cena é muito bem escrita, criativa e divertida. Em cada nova seleção de opções de diálogo apresentando pequenas decisões sobre como jogar as coisas, você concorda com a avaliação de Kim ou tenta discutir com ele ou apenas conta uma piada.

No início da história, há lampejos de camaradagem quando você e Kim acenam respeitosamente um com o outro. Há um humor divertido enquanto você zomba da burocracia que exige esses formulários complicados de autópsia e piadas grosseiras enquanto pede a Kim que verifique se ele deixou escapar alguma coisa dentro da cueca do morto. Há o tom mais sombrio atingido pelas descrições às vezes repulsivas do estado de decomposição do corpo, e encadeado por toda parte está o acúmulo satisfatório de pistas, o mistério central se contraindo e se expandindo à medida que novas informações respondem a perguntas.

Mas Disco Elysium não é apenas um game de detetive louvável, pois consegue ser também profundamente político quando aborda questões de ideologia, privilégio, racismo e classe de uma forma pensativa e provocativa. A pequena cidade à beira-mar para a qual você foi convocado é na verdade o bairro negligenciado da classe trabalhadora de Revachol, uma cidade construída na esteira de uma revolução comunista fracassada que agora a vê governada por uma coalizão de nações estrangeiras que desejam controlar sem piedade.

E cada detalhe que você lê sobre as ações de Kim, seus comentários sobre o cadáver em decomposição, sua sobrancelha levantada em resposta ao seu absurdo, tudo isso “pinta um retrato” vívido de um homem pelo qual você conheceu recentemente.

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O assassinato que você está investigando parece vinculado a uma disputa trabalhista de meses de duração. As negociações entre líderes sindicais e corporativos estão em um impasse, trabalhadores em greve fecharam o porto, outros estão fazendo piquetes nas ruas e o transporte rodoviário dentro e fora da cidade está parado. Mais profundamente enraizadas estão as memórias dolorosas das guerras que primeiro decapitaram a monarquia de Revachol e depois anularam a revolução, e a escuridão persistente de ressentimentos raciais centenários alimentados pela mudança industrial. É uma circunstância notável e cheia de nuances, onde as tensões são altas, a violência parece inevitável e o futuro de Revachol nunca foi tão incerto.

O caso em que você está trabalhando se cruza com os argumentos políticos da cidade. Navegar por essas complexidades pode ser complicado, embora a presunção da amnésia lhe dê uma boa desculpa para perguntar o que, de outra forma, poderia parecer questões básicas. Você recebe oportunidades para simpatizar ou rejeitar vários pontos de vista políticos, e as estatísticas de seu caráter de fato rastreiam o quanto você é comunista, fascista, ultraliberal ou moralista. Há uma abordagem irônica aqui, já que quando você tem a opção em favor de sua ideologia preferida, é, sem exceção, uma versão totalmente extrema dela.

Na verdade, Disco Elysium zomba do extremismo e ao mesmo tempo o repreende por qualquer tentativa de recuar para o centrismo não-comprometedor, e está ainda menos interessado em tentar se esquivar da política. Em vez disso, quer que você se concentre na dinâmica de poder que estrutura a sociedade e nas mudanças sistêmicas necessárias para reparar as desigualdades dessas relações ao longo de toda a história. Este é um game com um ponto de vista bastante específico, embora também complexo, e não tem medo de lembrá-lo mesmo quando está abrindo espaço para você explorar outras ideias na trama.

Caminhos moderados não existem e não há espaço para uma “opção pública”, pois os comunistas querem pular direto para o estágio de “comer os ricos”.

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No centro de toda essa ideologia está a questão do seu privilégio. Disco Elysium está muito ciente de que você está interpretando um homem branco de meia-idade, heterossexual e nada menos que um policial. E esse fato concede a ele um elevado grau de privilégio para se expressar. Você é capaz de se reinventar, de escolher ser esse ou aquele tipo de pessoa, sem muita repercussão, salvo o estranho olhar de desaprovação de Kim. Enquanto isso, muitos dos personagens que você conhece não possuem o mesmo privilégio, pois são oprimidos, explorados pelas autoridades, presos na pobreza sistêmica ou apenas tentando desesperadamente escapar de suas circunstâncias. O contraste mostra esse ponto com clareza penetrante.

No entanto, Disco Elysium não é apenas um game formidável de política e trabalho de detetive, pois também descarta um monte de tropos padrão de interação de RPG e os substitui por novos sistemas que mergulham profundamente na psique do seu personagem. Não há combate digno de menção, pelo menos não no sentido convencional. Há momentos em que você pode sofrer danos à saúde e ao moral, as duas estatísticas que determinam se você permanecerá vivo ou não. Por exemplo, um incidente precoce me viu descobrir que ler um livro pode causar dor física real. E há certos, digamos, encontros que se desenrolam como análogos de combate, exceto que você não está escolhendo atacar ou defender.

Durante a criação do personagem, você não pode alterar a aparência física de seu policial sem nome, mas pode acumular pontos em um monte de habilidades divertidas incomuns e evocativas, sendo 24 no total em quatro categorias amplas. Entre eles, Drama permite que você minta de forma convincente enquanto também detecta as mentiras dos outros, enquanto Inland Empire, refere-se ao seu instinto por meio de David Lynch; Savoir Faire avalia sua experiência com a interseção de graça e estilo; enquanto Shivers fornece maior consciência do ambiente físico, tanto imediato quanto ocasionalmente a quilômetros de distância.

Você pode escolher a partir de uma seleção de ações e linhas de diálogo, onde o sucesso ou o fracasso depende das habilidades que você priorizou e da sorte.

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O sistema de habilidades e toda a suíte fascinante que ele postula serve como uma exploração cativante para a vida interior de seu personagem e ecoa sua jornada de auto redescoberta. Testes de habilidade estão sendo rolados o tempo todo para ver se há algo que você deveria saber, pois pode ser tão simples quanto verificar se sua percepção significa que você notou um determinado objeto. Talvez você veja ou ouça uma palavra que não reconhece e sua habilidade com a enciclopédia seja interrompida para fornecer uma definição ou talvez você esteja andando na rua e ganhe uma compreensão mais profunda e poética de seu lugar no mundo. Tudo isso surge como caixas de diálogo típicas e você geralmente é capaz de conduzir conversas com suas habilidades, cavando para obter mais informações ou dizendo a eles para silenciar, um pequeno coro em sua cabeça preenchendo as lacunas e estimulando você em ação. Essas vozes concorrentes, muitas vezes desnecessárias, somam-se a uma simulação notavelmente bem-sucedida de como a mente funciona.

As habilidades também interferem nas conversas com outros personagens, pois essa “velocidade de reação” pode permitir que você pegue uma frase incomum e dê uma resposta adicional a ser seguida, permitindo que descubra uma pista. As vozes específicas que você decide ouvir podem ser influenciadas por sua força em cada habilidade ou tipo de pessoa que você deseja se tornar, pois também se relacionam com a forma como o game usa sua política, já que muitas das coisas desagradáveis que você pode dizer são o resultado de testes de habilidade falhados. Pode parecer estranho ter seu personagem fazendo algo que você não pretendia exatamente, ou ter suas escolhas de diálogo restritas a três alternativas igualmente ofensivas, mas há algo agradavelmente autêntico no modo como as coisas nem sempre acontecem conforme o planejado.

Apoiar o sistema de habilidades é o que o game descreve como seu “gabinete de pensamentos”, um tipo de mapa mental que contém sua compreensão coletada do mundo, onde momentos críticos de consciência permitirão que você acesse um pensamento específico. Mais do que um sistema de vantagens perfeitamente integrado, esse “gabinete” consegue reposicionar com sucesso o desenvolvimento do personagem como uma espécie de desconstrução intelectual. É incrivelmente satisfatório olhar para trás no no final do game e vê-lo como um belo resumo dos momentos decisivos de seu personagem, os pontos em que você aprendeu algo sobre si mesmo e foi capaz de crescer.

Às vezes, suas habilidades oferecem abordagens conflitantes, onde uma pode estar incentivando você a fazer uma grande cena, mas outra pode estar empurrando para trás, argumentando friamente por uma contenção ou um pouco de cautela.

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Aprender por meio do que pode inicialmente parecer uma confusão louca de vozes concorrentes, é o primeiro passo essencial para se sintonizar com o tipo de experiência que o game deseja proporcionar. o game possui uma “tonelada” de coisas para ler e. literalmente, tudo o que você faz, exceto caminhar de um lugar para outro, é transmitido e realizado por meio de texto. Existem descrições de itens, árvores de diálogo ramificadas onde não é incomum ter um grande punhado de opções ao mesmo tempo, habilidades que se interpõem com novos pensamentos e comentários aleatórios. Posso dizer que é uma experiência bem diferente e criativa!

Disco Elysium é facilmente um dos games mais bem escritos que já joguei. Há uma habilidade magistral de transição do drama e intriga para a comédia absurda e comentários políticos incisivos no espaço de algumas frases. Em um momento você está mergulhado até o cotovelo nos detalhes sombrios do procedimento policial, no próximo você está contemplando alguma maravilha metafísica; mais tarde, alguma piada hilariante e grotesca é seguida por um feitiço de vulnerabilidade emocional genuinamente comovente. Pode soar generalizado, mas funciona porque tudo soa fiel ao fascinante personagem central multifacetado.

Seu policial sem nome pode ser charmoso, ofensivo, compreensivelmente confuso, transbordando de otimismo totalmente imerecido, perturbado, desprotegido ou simplesmente farto de tudo o que teve de suportar. Suas seleções de habilidades e opções de diálogo o empurram nessas direções. O homem, como foi apresentado pela primeira vez, é o mesmo que “lambe” o rum coagulado do balcão do bar, é o mesmo que, trancado em um terno abraço com um estranho mulher, que jura espalhar a revolução comunista pacífica, é o mesmo que passa o tempo sentado em um playground, assobiando uma música com seu parceiro.

Uma massa de comportamentos contraditórios, tão humanos quanto o resto de nós.

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Disco Elysium contém uma história de detetive louca e extensa, onde o caso real que você precisa descobrir não é quem matou o homem pendurado em uma árvore no meio da cidade, embora isso em si mesmo, é envolvente o suficiente para sustentar todos os acontecimentos do game. Mas, em vez disso, é uma investigação de ideias, da maneira como pensamos, de poder e privilégio, e de como todos nós somos moldados, com vários graus de autonomia, pela sociedade em que nos encontramos.

No lançamento original, apenas alguns personagens foram dublados, mas agora você pode ouvir cada personagem falar cada palavra do diálogo, exceto em alguns casos em que notamos que uma linha foi pulada. A qualidade geral é excelente, com uma ampla gama de sotaques que refletem a população cosmopolita da cidade de Revachol. Alguns dos dubladores originais foram reformulados para o benefício de seus personagens. O grito desagradável de Cuno, por exemplo, foi atenuado.

A perspectiva assustadora é reduzida pela alta qualidade do novo conteúdo e a busca do comunismo que jogamos era tão hilária e assustadoramente estranha quanto qualquer coisa no jogo original, parecia perfeitamente integrada uma vez desbloqueada e teve sucesso em desenvolver temas existentes que estavam em retrospectiva um pouco subnutrido. O amplo sistema de habilidades do Disco Elysium e a teia de mistérios prosperam no replay, então é um problema menor para os novos jogadores.

Mas para aqueles que já jogaram a versão original de testes no PC, por exemplo, talvez até várias vezes, é uma situação menos do que ideal, mas não estraga a experiência.

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Para dizer quem tudo são “flores”, existem alguns bugs que podem exigir que você jogue novamente de qualquer maneira. Alguns deles estavam presentes no lançamento original, mas outros parecem ser novos na versão The Final Cut e, em particular, nas versões para consoles. Embora não encontramos nenhum desses bugs existem diversos relatos de jogadores que encontraram e vários tópicos online também catalogam uma variedade de outras questões que podem interromper o progresso.

Existem também pequenos incômodos, como a lista de verificações de habilidade às vezes não atualizando para remover aquelas que você não pode mais acessar, ou a opção de diálogo estranha que destaca incorretamente se você esgotou todas as opções. Esses problemas estavam presentes no lançamento original e, embora dificilmente prejudiquem a experiência, é decepcionante perceber que permanecem.

No geral, os controles funcionam bem e a combinação de controle direto de personagem com a manivela esquerda, além da movimentação entre pontos de acesso interativos com a manivela direita também funcionam muito bem. A única preocupação que tive, além dos bugs mencionados, é que o texto parecia ter sempre um tamanho pequeno, mesmo depois de ajustar para a maior das três fontes que estão disponíveis.

Embora não encontramos nenhum desses bugs existem diversos relatos de jogadores que encontraram e vários tópicos online também catalogam uma variedade de outras questões que estão ligadas ao progresso do game.

Para conhecerem melhor, segue o teaser de lançamento para PS4 e PS5:

Por fim, o game possui um elenco marcante e um novo conteúdo de qualidade, que comparável ao jogo original são adições bem-vindas. Mas tudo isso contém a marca dos excelentes desenvolvedores que definem Disco Elysium como um dos melhores games dos últimos anos.

Disco Elysium: The Final Cut está disponível para as plataformas PlayStation 5, PlayStation 4 e PC com Microsoft Windows. De acordo com o jornalista Jason Schreier, da Bloomberg, o game será lançado para Xbox Series, Xbox One e Nintendo Switch no terceiro trimestre de 2021.

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Reinaldo Vargas

Professor, Streamer, Parceiro do Facebook Gaming e ArenaXbox.com.br, Idealizador do UniversoNERD.Net, integrante do Podcast GameMania e Xbox Ambassador. Jogador de PlayStation e Xbox!

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