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A Experiência Em Batman: The Enemy Within

A Experiência Em Batman: The Enemy Within

No dia 2 de Maio de 2018, publiquei no Portal XPGG, um artigo sobre o episódio final do gameBatmanThe Enemy Within”, trazendo informações sobre, com minha opinião a respeito e uma reflexão sobre a questão que envolveu Batman a tentar convencer o Coringa em função do aspecto narrativo. Entretanto, retorno ao tema, não somente ao último episódio deste game, mas agora para abordar como foi minha experiência como um todo e opinar no que este gênero em particular possui e que me prende a atenção de certa forma, além do que poderá ter no futuro para continuar mantendo toda sua magia e imersão.

Começo dizendo que não é fácil combinar o escopo narrativo e a experiência imersiva que um ótimo game baseado em história tem sobre outros meios de contar histórias, de forma que os jogadores não apenas “entrem” no mundo de uma história bem trabalhada, mas também a experimentem de forma única tal imersão.

Entretanto, esse tipo de game pode capacitar alguém com uma nova perspectiva ou nos permitir viver uma vida dupla como um super-herói, além de poder fazer escolhas e mudar o rumo da história!

batman the enemy within - A Experiência Em Batman: The Enemy Within

Um pouco da minha experiência em Batman: The Enemy Within

Os bons games baseados em narrativas permitem tornar-nos alguém que não somos na vida real, o que talvez seja o maior motivo pelo qual desfrutamos dessas experiências. Agora, com o poder que os consoles da atual geração permitem, os desenvolvedores podem nos aproximar ainda mais de suas perspectivas. Dentro deste contexto, resolvi escrever este artigo sobre este ótimo game, colocando minha visão e opinião futura.

Vamos começar refletindo sobre a seguinte questão: como será que é elaborar um game single-player com foco na narrativa? Parece que o segredo está em encontrar as partes jogáveis ​​dentro da história. É lógico que temos que ter a noção que as relações complicadas com seus inimigos são um terreno bastante fértil para os jogadores se envolverem com os mitos do Batman. E neste game, podemos alterar esses relacionamentos drasticamente. É um personagem com histórias que remontam a ótimas narrativas!

Mas será que uma experiência single-player consegue criar uma sensação “melhor” de imersão do que experiências multiplayer? Na minha visão gamer e humilde opinião, experiências single-player permitem que “mergulhemos” profundamente no personagem do game. Muitos jogadores amam a emoção visceral da ação, mas se contorcem quando precisam fazer escolhas mais “difíceis” em uma história da Telltale.

E é neste ponto que sinto realmente que estou me conectando com o personagem em questão.

Uma coisa interessante nos games desta desenvolvedora é a possibilidade das escolhas e múltiplos finais que mudam o desenvolvimento de um jogador ao longo da história. De certa forma, isso é o que a Telltale sempre fez e capricha para termos histórias com ramos interessantes e consequenciais inesperadas. E neste game, em particular, o Coringa, no Episódio 5, possui duas histórias separadas e completamente diferentes, as quais refletem exatamente essa questão, principalmente por ser um personagem muito dramático.

Neste tipo de game, a narrativa está em todo lugar. Eu, particularmente, acredito que não podemos dizer que um determinado gênero é mais adequado ou não para desenvolver este tipo de experiência. O segredo está na perspectiva e em saber encontrar uma maneira de relacionar a história com a jogabilidade. E para reforçar essa visão, tenho certeza que você leitor, já jogou algum game que não dava muito crédito e descobriu que a história é maravilhosa, além do mesmo “casar” muito bem com o tipo de jogabilidade.

Muitos gamers preferem falar sobre gráficos de alta qualidade, realismo, belíssimos efeitos, entre diversas outras coisas. E não sou contra nada disso! Mas honestamente, prefiro uma experiência que direciona para a imersão. Quando jogo no meu console de preferência, muitas vezes é tarde da noite (ou mesmo madrugada), quase todas as luzes estão desligadas e a residência está no silêncio. É neste ambiente e clima que gosto de me concentrar para usufruir da experiência que esse tipo de game permite.

Este cenário é também um dos motivos que considero o console mais mágico, de alguma forma.

Vou um pouco mais além e faço uma reflexão interessante… O game “Batman: The Enemy Within” é um exemplo em específico de como este tipo de game evoluiu bastante na história, no diálogo e na direção de forma geral, tornando-se mais predominante e até mesmo mais exigido pelos fãs. Atualmente, os jogadores têm uma maior expectativa por histórias cinzentas e moralmente ambíguas que os desafiam como pessoas. Há cerca de 10 anos atrás ou pouco mais, percebíamos muito mais foco em personagens heroicos. Agora vemos pessoas abraçando a complexidade, quando a questão trata, por exemplo, dos momentos em que Bruce Wayne está sinceramente tentando ajudar o Coringa a entender a vida e o amor. Isso é reflexão!

E que inovações técnicas teremos para melhorar esta experiência?

Essa é uma questão interessante, mas lógico, que não somente este gênero de game irá sofrer inovações técnicas de alguma forma, mas todos os gêneros existentes, além dos que ainda serão criados. Acho que a questão correta aqui é: de que forma este gênero de game irá evoluir nos próximos anos? Agora, já é uma pergunta não tão simples de ser respondida, mas acredito que duas inovações técnicas estão sendo desenvolvidas para expandir os tipos de games narrativos com experiências single-player. Primeiro, existem tecnologias como VR e AR já no mercado e nas mãos de jogadores casuais. Em segundo lugar, arrisco a dizer que veremos histórias processualmente geradas, através da IA (a Inteligência Artificial).

Você também acredita nestas inovações técnicas? Vamos imaginar um game em que o diálogo e o comportamento do Coringa sejam regidos pela IA. Neste estágio virão muitas economias para os desenvolvedores. Por exemplo, parte do tempo e do orçamento não serão considerados porque o personagem criado pode responder instantaneamente, como um “ator” de improviso, de acordo com o que você esteja fazendo. Outros personagens, por sua vez, estarão também relacionados com os acontecimentos.

A principal evolução técnica, acredito que será construir os games deste gênero de acordo com o  princípio da flexibilidade e ramificação, justamente para a imersão ser única e até imprevisível!

Além das inovações técnicas…

Eu também acredito que os games single-player irão evoluir para atender um público bem maior do que temos atualmente. As mulheres, em geral, ainda são mal servidas pela indústria de games, então temos possibilidades para expandir e evoluir além das inovações técnicas. A preponderância de histórias tipicamente envolvendo “herói masculino” não se dirigiu a um público muito maior que deseja heróis diferentes, histórias diferentes, mais reflexivas e que correspondam às suas experiências e interesses.

Essa é uma inovação muito interessante e legal e precisa ser melhor explorada nos próximos anos, além dos poucos games atuais que tratam a respeito. A Telltale, assim espero, continuará a evoluir as técnicas da narrativa interativa e alcançar novas audiências. A marca deste estúdio é relacionar histórias com personagens e todos estamos prontos para abraçar novas jogabilidades e tecnologias.

Se há dez anos já era interessante, acredito que os próximos 10 anos serão fascinantes!

Um pensamento final… Somos seres humanos e como tal, não vivemos sem histórias. É por isso que os games com foco na narrativa sempre terão um lugar especial em nossas prateleiras ou HD’s e é por isso também, que na minha opinião, o gênero single-player nunca irá morrer!

E você caro leitor… Me conte sobre sua opinião a respeito e vamos conversar e trocar uma ideia!

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Reinaldo Vargas

Professor, Streamer, Parceiro do Facebook Gaming e ArenaXbox.com.br, Idealizador do UniversoNERD.Net, integrante do Podcast GameMania e Xbox Ambassador. Jogador de PlayStation e Xbox!

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