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Tela Klassik: O Exterminador do Futuro 2

Tela Klassik: O Exterminador do Futuro 2

Saudações, meus caros nerds cibernéticos de plantão! Tudo bom convosco? No Tela Klassik de hoje, trarei à recordação um filme que marcou pelo enorme salto trazido em termos de efeitos especiais e que, sem dúvida alguma, foi o que mais repetidas vezes vi. Esse último fato me traz memórias de extrema felicidade, pois o motivo para tê-lo assistido por tantas vezes se deve a uma das últimas grandes festas de fim de ano que realizávamos na casa dos meus avós paternos.

Parentes do interior e capital se juntavam e a bagunça era enorme! Uma de minhas tias trouxe, locado de uma videolocadora paulistana, um filme em VHS que era lançamento na época. Por causa dos feriados, a fita só seria devolvida no primeiro dia útil de janeiro. É por essa razão que, ao menos duas vezes ao dia, durante uns 10 dias, meus primos e eu assistíamos, sempre com o mesmo brilho no olhar, ao Exterminador do Futuro 2.

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Tendo na direção, produção e criação do roteiro um dos maiores gênios do cinema, James Cameron, O Exterminador do Futuro 2 – O Julgamento Final, foi lançado no Brasil em agosto de 1991. Como continuação imediata e cronológica do primeiro filme da franquia, novamente trazia como protagonistas os atores Arnold Schwarzenegger e Linda Hamilton. Também com destaque especial, Edward Furlong, no papel de John Connor quando adolescente, e Robert Patrick, como um dos mais carismáticos e persistentes antagonistas dos filmes de ficção científica de todos os tempos.

O enredo se passa no ano de 1997; data essa de que Sarah fora alertada que ocorreria uma grande catástrofe que culminaria na revolução das máquinas e futura aniquilação da raça humana. Dez anos após os eventos do primeiro filme, a heroína se encontra presa em uma instituição para doentes mentais e seu filho, John, tornou-se um adolescente problemático que mora com uma família adotiva.

Logo no início do filme, um ciborgue da Cyberdyne Systems, modelo 101 – interpretado por Arnold e que possui a mesma aparência do modelo T-800 que caçou Sarah no passado – é enviado para proteger John Connor. Ao mesmo tempo, um ciborgue T-1000, feito de metal líquido e muito mais avançado do que os demais modelos de exterminadores, é enviado para assassinar o garoto e, assim, evitar que no futuro houvesse um líder da resistência humana.

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Ambos encontram o alvo praticamente no mesmo momento, dando início à primeira grande cena de perseguição do filme, esta, envolvendo uma mini-motocicleta, uma bela Harley-Davidson Fat Boy e um caminhão enorme. Felizmente, John é resgatado a tempo pelo exterminador do bem (o chamarei aqui de 101) que explica toda a situação e o que eles deveriam fazer, que consistia, basicamente, em se esconder e se abrigarem em vista do evento catastrófico que se aproximava.

Porém, quando o garoto percebeu que o ciborgue poderia ser reprogramado a fim de obedecer a suas ordens, ordenou que, antes de todas as precauções, fossem libertar sua mãe. O tempo do resgate coincide bem quando Sarah rebelou-se, fez o diretor da instituição de refém, e conseguia fugir. A fuga foi interrompida quando ela deu de cara com o 101. A freada repentina que ela dá e o tombo que leva, bem como a cara de pavor que faz, são épicos! Perfeita a interpretação de Linda Hamilton na cena!

T-1000 aparece e exibe todas as suas habilidades proporcionadas por seu corpo de metal líquido ao copiar aparências, fingir-se de piso, atravessar grades de barras de ferro, lutar e se regenerar dos tiros dados pelo exterminador adversário. Com muito custo, o trio consegue se desvencilhar dele e fugir de carro.

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Sarah decide ir em direção ao sul, na casa de um antigo amigo revolucionário que fez logo quando John nasceu. O plano era conseguir armamento e se preparar para a desgraça que estava por vir. Entretanto, ela, sozinha, armou-se e foi atrás do cientista Miles Dyson, um dos diretores da Skynet, que era a empresa que detinha o chip e braço do exterminador do primeiro filme. Segundo as previsões de Sarah, seria a partir da pesquisa e avanço em cima dessas tecnologias que possibilitaria a revolução das máquinas. Com Miles mortos, isso não aconteceria.

Nossa descontrolada heroína invade a casa do cientista, faz o maior estrago e até o coloca sobre a mira de um fuzil; mas não consegue matá-lo a sangue frio. John e 101 chegam para impedi-la e, mais calmos, todos se sentam para conversar sobre o passado, presente e suas consequências para o futuro. Então, Miles decide que o melhor a se fazer é invadir a Skynet com a sua ajuda para destruir as peças do exterminador e todas as informações de pesquisa que a companhia obteve por meio delas.

O plano é aceito e executado imediatamente. Como um dos principais funcionários, o cientista consegue entrar facilmente na empresa e possibilitar que o grupo renda alguns dos guardas sem a necessidade de uso excessivo de força. Porém, logo que pegam as peças, a invasão é descoberta e toda a força policial da cidade é acionada para o local.

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É nessa parte então, meu frenético nerd, que Cameron usa toda a sua reconhecida genialidade para idealizar cenas de ação: 101, que fora reprogramado por John para que não matasse mais nenhum ser humano, de posse de uma metralhadora rotativa em mãos – além de outras armas – destrói carros, helicópteros, motos, metade do prédio em que estavam e braços e pernas de policiais. Porém, obviamente, sem ferir letalmente a ninguém. Ainda bem, né?!

Dali, partem para uma indústria siderúrgica a fim de derreterem as resistentes peças que haviam capturado. Tem início a melhor cena de perseguição do filme, onde podemos contemplar T-1000 roubando e pilotando um helicóptero e uma carreta carregada de nitrogênio líquido na sequência, que culmina no momento mais emblemático do filme: ao capotar a carreta, o exterminador vilão é banhado por nitrogênio e acaba ficando congelado por inteiro. Ciente de que o rival não podia mais se mexer, 101 teve tempo suficiente de pegar a pistola, apontar bem para a cabeça do adversário e soltar a famosa frase que aprendera com John:

“Hasta la vista, baby!”

Todavia, enquanto se dirigiam para as fornalhas, respingos de ferro derretido começaram a cair sobre os restos espatifados de T-1000, descongelando-os e possibilitando que ele se reconstruísse. O persistente exterminador alcança o grupo e, assim, tem início a batalha final entre os ciborgues. Obsoleto e já muito danificado, 101 toma uma sova antológica! No fim, é transpassado por uma barra de aço e… morre!

Nessas alturas, John, que carregava as peças, está separado de Sarah. Ele começa a ouvir a voz de sua mãe o chamando e vai até ela para ajudar. Acaba se deparando com duas Saras, sendo que, a que lhe chamara, era o T-1000 disfarçado. A verdadeira mãe grita para que seu filho saia da frente e começa a disparar no ciborgue com uma potentíssima calibre 12, fazendo com que o vilão, devido aos impactos, recue em direção a um tanque de metal incandescente.

No último tiro necessário, acabou a munição da arma. Mas, sem problemas! Nosso querido 101, bem ao estilo “É por Athena!”, característico da força da persistência dos Cavaleiros do Zodíaco, retornara a vida. Valendo-se de uma esteira rolante para se locomover, aparece de supetão e atira com uma munição explosiva em T-1000. A explosão causa um grande dano no ciborgue e o deforma por completo, fazendo com que perdesse o equilíbrio e caísse dentro da fornalha. Finalmente, o digníssimo antagonista estava exterminado!

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Assim, temos o final do filme, meu adrenalizado nerd. As peças também são jogadas dentro da fornalha, sobrando apenas o próprio 101 como evidência. Ele se despede de John e Sarah e pede que eles o lancem no caldeira com o auxílio de uma corrente acionada por controle remoto, já que, por diretrizes de programação, ele próprio não conseguiria se exterminar. E assim foi feito, salvando o futuro da destruição pelas máquinas. Será mesmo?! Basta lembrar o que aconteceu em O Exterminador do Futuro 3. Mas, daí, fica para outra Tela Klassic!

As maiores curiosidades sobre o filme estão relacionadas ao seu sucesso e recordes em termos financeiros. O primeiro da franquia, datado de 1984, havia sido, até o momento, o longa de produção mais cara e uma das maiores bilheterias da história do cinema. Exterminador do Futuro 2 foi ainda mais bem sucedido. Foi o primeiro filme a custar mais de US$ 100 milhões para ser feito. Boa parte desse investimento se deve às várias cenas feitas com o recurso de computação gráfica.

Até os primeiros anos da década de 1990, listava entre as cinco maiores bilheterias da história, ficando atrás, apenas, de fenômenos do calibre de Star Wars, E.T, e Jurassic Park. Tanto gasto em recursos técnicos rendeu-lhe quatro estatuetas do Óscar de 1992, sendo elas: “Melhor Som”, “Melhores Efeitos Sonoros”, “Melhores Efeitos Visuais” e “Melhor Maquiagem”.

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Outra curiosidade que merece ser destacada sobre o filme é que, diz a lenda, o papel de T-1000 era para ter sido interpretado por, nada mais, nada menos, que o um ícone do pós-punk e new wave: Billy Idol! Isso só não foi possível porque o astro se recuperava de uma fratura que sofrera na perna em um acidente de moto. Teria sido, no mínimo, curioso; entretanto, será que ele nos daria um antagonista tão carismático quanto Robert Patrick foi capaz? Isso, jamais iremos saber.

Enfim… vou encerrando por aqui e espero ter feito uma justa homenagem a um dos maiores filmes de ficção científica de todos os tempos. Caso ainda não tenha assistido, saiba que acaba de perder metade dos seus pontos em cultura nerd! Do contrário, e se bateu aquele sentimento de nostalgia gostoso, recomendo que o reveja, bem calmamente, prestando atenção em todos os detalhes de cada cena. No meu caso, mesmo beirando a trigésima vez, ainda continua sendo uma experiência incrível!

Abraços e até breve!

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Lukas Melo

É Editor e Autor do UniversoNERD.Net. Profissional da área de EaD, aficionado por RPG, hardware e cinema. Porém, não nega outras nerdices.

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