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Precisamos Falar Sobre: The Old Guard

Precisamos Falar Sobre: The Old Guard

Saudações, meus caros nerds quarentados de plantão! Tudo bom convosco? Seguindo a tradição da série “Precisamos Falar Sobre”, trago a vocês mais uma indicação recém-saída do forno. Num ano de baixa atividade da indústria cinematográfica – não preciso nem comentar o motivo – poucos lançamentos têm valido a pena assistir, acompanhar e comentar. Em meio a essa escassez, nas últimas semanas, a Netflix passou a divulgar um trailer que, pelo que mostrava, aparentava ser mais uma porcaria a caminho da telinha dos assinantes. Me refiro a The Old Guard.

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Antes da estreia na plataforma, ocorrida no dia 10 de julho, assisti ao trailer três ou quatro vezes. É bem fácil entender que será contada a história de um grupo de pessoas que, sabe-se Deus como, tem o dom da imortalidade; e, valendo-se desse dom, sai pelo mundo combatendo o mal com o uso de espadas, machados e MUITAS armas de fogo!

Julgando pelos poucos minutos que vi, resolvi dar uma chance ao filme, torcendo para que ele, pelo menos, trouxesse um bom enredo, uma explicação “plausível” para o poder de imortalidade do grupo, não contivesse um uso excessivo de gracejos e irritantes frases de efeito e, por fim, que apresentasse durante todo o filme as boas cenas de luta e tiroteio que havia no trailer.

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Porém, não se pode ter tudo o que se deseja, não é mesmo, meu otimista nerd? Sendo bastante direto (mas ainda sem spoilar), informo-lhes que o enredo do filme não é nada inovador (mas também não é uma porcaria mal feita), que o maior mistério (a imortalidade) é conceitual, ou seja, “é assim que é e ponto final!”. Há sobriedade nas falas e comportamento dos personagens e SIM, há bastante luta, tiro e sangue jorrando em belíssimas e abundantes tomadas de ação.

Só por isso, The Old Guard receberia uma boa nota azul e passaria de ano sem maiores problemas. Todavia, alguns detalhes do filme chamaram muito a atenção e lhe conferiram alguns pontos positivos extras. O mais relevante deles é o fato da obra, que deriva das histórias de quadrinhos, apresentar personagens claramente gays e que se relacionam abertamente durante todo o filme. Em tempos de tanto preconceito e ódio quanto o nosso, a direção e o roteirista, Greg Rucka, – que também é um dos criadores dos quadrinhos – mantiveram os personagens tais como foram criados e agradaram muito a comunidade LGBT, tanto pela coragem de abordar o tema em um filme de heróis que será assistido por milhões de pessoas quanto pela representatividade.

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O outro ponto positivo é justamente a falta de explicação para a imortalidade do grupo. Sabe-se que eles, principalmente Andrômaca (personagem interpretada por Charlize Theron), possuem centenas de anos de vida. Isso abre precedentes para inúmeros filmes e séries, que poderiam ser ambientadas nas mais variadas épocas da história e lugares do mundo! E o ponto-chave para tudo isso seria a busca pelas respostas que permeiam esse mistério: como? Por que eles? Quando e por que esse poder finda?

Acho que já deu, não é mesmo, meu temerário nerd? Se continuar divagando no texto, acabarei falando o que não devo e destruirei surpresas. Então, fica aqui a recomendação. Cinéfilos exigentes podem ver o trailer e pensar: “filme bobo”. Contudo, vale a pena dar uma chance. Provavelmente, The Old Guard é só a ponta de uma nova franquia que acaba de surgir e que veremos por muito tempo.

Abraços e até breve!

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Lukas Melo

É Editor e Autor do UniversoNERD.Net. Profissional da área de EaD, aficionado por RPG, hardware e cinema. Porém, não nega outras nerdices.

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