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Ozark: A Degradação do Ser Humano

Ozark: A Degradação do Ser Humano

Saudações, meus caros nerds honestos de plantão! Tudo bom convosco? Em tempos de divulgação dos gastos públicos e aumento estupidamente exponencial do preço do leite condensado, resolvi mudar o texto que tinha programado para esta data a fim de falar sobre uma série que aborda, de modo magistral, os temas corrupção e degradação humana. Mesmo não fazendo parte da série “Precisamos Falar Sobre” aqui do Universo Nerd, esse post não trará spoilers significativos, ok?

Criada por Bill Dubuque e Mark Willians, Ozark foi lançada pela Netflix em julho de 2017. Atualmente, conta com três temporadas, essas, divididas em 30 episódios com duração média de 60 a 80 minutos cada. A quarta temporada já está confirmada e, segundo consta, trará 14 episódios que serão repartidos em duas partes e finalizarão a série.

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O elenco conta com nomes recorrentes de filmes e seriados americanos. Jason Bateman (também, um dos produtores da série) e Laura Linney interpretam o casal de protagonistas Martin Byrde e Wendy Byrde. Sofia Hublitz e Skylar Gaertner interpretam, respectivamente, Charlotte e Jonah, filhos do casal. Peter Mullan e Lisa Emery fazem o papel de Jacob Snell e Darlene Snell, o casal de caipiras mais maldoso da história do cinema. Charlie Tahan (como Wyatt), Carson Holmes (Three) e Julia Garner (como Ruth, a melhor personagem da série!), interpretam os primos Langmore.

Como personagens recorrentes, destacam-se a Rachel Garrison, interpretada por Jordana Spiro, Roy Petty (Jason Butler), Buddy Dyker (Harris Yulin), Pastor Mason Young (Michael Mosley), Tuck (Evan Vourazeris), Xerife John Nix (Robert Treveliar), Cade Langmore (Trevor Long), dentre outros.

Resumidamente, o enredo de Ozark traz a história de Martin Byrde, um contador e planejador de investimentos financeiros que leva uma vida honesta e pacata com sua família no subúrbio de Chicago, mas que, por determinados motivos (somados à ganância), acaba aceitando fazer a lavagem de dinheiro para um cartel mexicano envolvido com tráfico de drogas e outros crimes graves. Tudo vai muito bem até que um dos fiscais do cartel descobre que o sócio de Martin desvia um pouco (milhões de dólares!) do dinheiro lavado para si; é a partir daí que começa todo o drama do protagonista e sua família.

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Para não ser eliminado juntamente com os seus, o contador – num surto de desespero e criatividade – propõe aos mafiosos aumentar ainda mais a quantidade de dinheiro que conseguia lavar. Para tanto, ele se mudaria para Ozark, um resort de verão localizado no estado do Missouri, e lá estabeleceria negócios onde poderia superfaturar notas e fugir do controle fiscal de modo mais seguro, eficaz e em maior proporção. À base de muita ameaça e pressão, o cartel aceita. A pena para a falha ou atraso dos pagamentos? A expurgação da família Byrde da face do planeta Terra!

E haja drama, meus atenciosos nerds! É o trauma e revolta dos filhos pela mudança repentina de vida… é traição e adultério que vem à tona… assassinato de pessoas próximas… o estranhamento pela troca de uma vida urbana para outra próxima à natureza… e, principalmente, o medo de a qualquer momento serem mortos por criminosos ligados ao cartel. Simplesmente, a vida da família desmorona.

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Todas essas situações fazem com que cada membro da família (com o casal isso é mais evidente), aos poucos, vá se degradando como ser humano. Assim como em outras séries que amo de paixão, tal qual The Shield e Breaking Bad, o ponto forte de Ozark é proporcionar um enredo onde os personagens vão se afundando cada vez mais em problemas a ponto de chocar o espectador, que acaba tomando para si o desespero e se colocando nas situações conflituosas que surgem a todo momento, até que pergunte para si mesmo:

Meu Deus! Se fosse comigo, o que faria? Como eu sairia de uma situação dessas?!

Dessa forma, com o passar do tempo, um assassinato já não choca mais Martin, Wendy ou seus filhos como costumava chocá-los no começo da trama; mentir já não é mais problema; uma nova prática de crime já é aceitável e tudo o que antes era extremamente desagradável passa a ser visto como mero dano colateral. Dentre todos, quem mais vive em conflito com essa realidade é Ruth. A briga interna que ela trava consigo, sem saber ao certo definir o que é o “bem” e o que é o “mal”, é tão forte e intensa que faz dela um personagem magnífico! Não é à toa que a essência de Ruth, aliada à interpretação da atriz, rendeu à Julia Gardner o prêmio de melhor atriz coadjuvante em série dramática no Emmy Awards de 2020.

Se você curte esse tipo de drama (tudo se desenvolve em meio a um clima     constante de humor negro) e fazer análise psicológica de personagens, Ozark é uma série imperdível para ti. A quarta temporada já está no forno e espero que conclua primorosamente essa baita história que mostra o quanto podemos nos corromper e chegar ao fundo do poço por conta das consequências de nossas decisões.

Abraço e até breve.

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Lukas Melo

É Editor e Autor do UniversoNERD.Net. Profissional da área de EaD, aficionado por RPG, hardware e cinema. Porém, não nega outras nerdices.

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