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Unstoppable É Um Drama Sentimental?

Unstoppable É Um Drama Sentimental?

Não faltam histórias inspiradoras baseadas em fatos reais no mundo dos esportes, e Unstoppable está pronto para entrar em cena (com estreia no Festival Internacional de Cinema de Toronto).

O filme acompanha Anthony Robles (interpretado por Jharrel Jerome, de Moonlight), um lutador nascido com apenas uma perna. Robles se destaca nos campeonatos escolares e tem grandes sonhos, incluindo a esperança de conseguir uma bolsa para a Universidade de Iowa, uma potência no wrestling. No entanto, Anthony enfrenta uma forte concorrência e um considerável preconceito devido à sua deficiência. Ainda assim, ele não medirá esforços para alcançar seu objetivo de se tornar campeão nacional da NCAA.

Jharrel Jerome protagoniza este filme, que, embora inspirador, é um tanto insosso, sobre um lutador da vida real.

 

Iowa recusa Anthony, e ele recusa uma oferta integral da Drexel para frequentar a Universidade Estadual do Arizona como um “walk-on” (sem bolsa de estudos), para ficar perto e ajudar sua mãe incrivelmente solidária, Judy (Jennifer Lopez), e seus quatro irmãos mais novos, após o parceiro abusivo dela, Rick (Bobby Cannavale), abandoná-los.

Na Universidade do Arizona, Anthony trabalha com o treinador Shawn Charles (Don Cheadle), que, aos poucos, descobre toda a extensão de seu caráter e comprometimento extraordinário.

Por mais maravilhosa e única que seja a história de Robles, Unstoppable é um drama previsível que opta por não arriscar. Produzido pela Artists Equity, mesma produtora do elogiado Air do ano passado, Unstoppable parece mais um filme original do Disney Channel dos anos 2000 (o que não é uma crítica a esses filmes; são ótimos, mas não exatamente o tipo de produção que se espera ver estreando em um grande festival de outono).

A história de Robles é incrivelmente inspiradora por si só, e Jerome está muito bem, especialmente nas cenas fisicamente exigentes em que Anthony luta para se provar. No entanto, o filme foca bastante em sua difícil situação familiar, o que acaba prejudicando o impacto geral da narrativa.

 

Não há dúvida de que sua mãe foi fundamental para o sucesso de Anthony e que os dois compartilham um vínculo raro e especial. No entanto, Lopez tende ao histrionismo no papel (sua fama dificulta enxergá-la como uma mãe de classe trabalhadora).

Ela exagera em muitas cenas, deixando de lado o naturalismo leve e cativante de sua era nas comédias românticas, assim como o carisma ousado que exibiu em Hustlers.

Ela frequentemente confronta Rick, um típico “machista de manual”, completo com discursos sobre o que significa ser homem e uma ladainha de afirmações sobre como ele sustenta a família (spoiler: ele não sustenta). Cannavale poderia interpretar esse tipo de papel de olhos fechados, e basicamente o faz, sem oferecer muita profundidade ao personagem.

 

Por fim, o filme é mais vibrante e envolvente quando foca no tempo de Anthony com sua equipe e treinadores, tanto o Coach Charles quanto seu treinador do ensino médio, Bobby Williams (Michael Peña). É aí que o coração da história bate mais forte. Peña é excelente como uma figura paterna calorosa, enquanto Cheadle interpreta um cético que se torna crente com uma combinação cativante de carisma e inteligência. Ver Anthony conquistá-lo, em um momento até levando Coach Charles às lágrimas, é onde Unstoppable realmente se destaca.

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Reinaldo Vargas

Professor, Streamer, Parceiro do Facebook Gaming e ArenaXbox.com.br, Idealizador do UniversoNERD.Net, integrante do Podcast GameMania e Xbox Ambassador. Jogador de PlayStation e Xbox!

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