Foi no mês passado que eu vi um vídeo explicando – sem muitos spoilers – o porquê do anime Paranoia Agent ser assustador e como ele conseguia explorar tópicos como pressão, esgotamento, lógica de sonho e depressão. Depois disso, resolvi pesquisar mais sobre a série e descobri que o diretor e roteirista era Satoshi Kon, o mesmo que escreveu e dirigiu o melhor filme animado sobre sonhos: Paprika. Não pensei muito depois disso. Só marquei o nome na memória e segui com a minha vida. Hoje, por pura sorte, descobri que o anime todo pode ser assistido no YouTube, com qualidade boa e com legenda em português! Aí não teve jeito: tive que começar a assistir! Após assistir aos dois primeiros episódios, decidi escrever minhas primeiras impressões, pois acho divertido poder me expressar sobre essas coisas.
O primeiro episódio começa com uma cena mostrando o ritmo infernal da vida em Tokio, com pessoas falando no celular o tempo todo, sendo bombardeado com informações ininterruptamente e com a feição demonstrando esgotamento. Logo após essa cena, conhecemos a protagonista Tsukiko Sagi, uma designer de personagens profissional responsável pela criação da icônica Maromi, uma cachorrinha rosa fofinha que virou febre no Japão todo. Sagi é má vista por seus colegas de trabalho e está sob alta pressão, tendo em vista que seu chefe espera que ela replique, milagrosamente, o sucesso da Maromi.
Depois de um dia sem progresso algum, Sagi sai do trabalho, e devido a angústia de sua situação, tropeça e faz um machucado sério no joelho. Como se isso não bastasse, ela derrubou todos os rascunhos que carregava na bolsa. Ao tentar recuperar um deles, corta sua blusa e ganha um arranhão feio no braço. Desesperada, vemos ela chegar no seu limite e começar a chorar. Daí, ocorre algo mágico: um menino do fundamental, vestindo um boné vermelho, usando patins dourados e armado com um taco de beisebol ameaçador (que também é dourado) vem descendo a rua e ataca Tsukiko, que desmaia imediatamente.
Tsukiko é hospitalizada e três investigadores são designados para tentar entender o aconteceu com ela. Dois deles são policiais, que trabalham seriamente para resolver o caso. O terceiro, um homem baixinho que se parece com um sapo, trabalha para uma revista e está interessado na fofoca e no sensacionalismo do caso.
Ele, Akio Kawazu, eventualmente consegue depoimentos dos colegas de trabalho de Tsukiko e um dos rascunhos perdidos dela. De pose desse recurso, o oportunista tenta fazer com que a menina admita que inventou o seu misterioso atacante, que ganhou o apelido de Shonen Bat (menino do taco) depois que a notícia se espalhou. Aiko não consegue a confissão, então decide tentar novamente um dia depois, seguindo Tsukiko depois do trabalho.
Ela, que ainda está machucada e andando de muleta, não quer nada com ele e tenta fugir do jeito que pode, enquanto o repórter fofoqueiro a pressiona a admitir que inventou tudo; eventualmente, a protagonista consegue se afastar dele e, enquanto ele se distrai tentando pegar um pano que ela derrubou, Shonen Bat aparece e o nocauteia com um enorme sorriso. Vemos então ele patinar até a protagonista, que estava parada e perplexa no topo de uma escada. A estranha figura então anuncia que “chegou!” e some misteriosamente.
O episódio termina com o repórter fofoqueiro hospitalizado, os dois investigadores da polícia frustrados e o público ainda mais assustado com essa misteriosa criança violenta. E foi basicamente isso o primeiro episódio! Não inclui todos os detalhes aqui por motivos de spoiler ou por mistério, mas, caramba, foi um começo impactante!
Eu não senti medo ao assistir esse primeiro capítulo, mas, sim, angústia. A aflição de Tsukiko é palpável e é um retrato perfeito do que muitas pessoas sentem hoje em dia. Também senti nojo do repórter com cara de sapo, que retrata muito bem como esses tipos de jornalistas de fofoca agem. Sobre os elementos sobrenaturais da série, ainda é cedo demais para dizer algo. Será que é sobrenatural? Será que ela está realmente imaginando? Será que é uma criança psicopata? Não sei, mas com certeza quero descobrir!
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