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Precisamos Falar Sobre: O Gambito da Rainha

Precisamos Falar Sobre: O Gambito da Rainha

Saudações, meus caros nerds de plantão! Tudo bom convosco? Quando tinha convicção de que todas as boas produções do cinema americano já foram apresentadas ao público – em vista da dificuldade de se dar continuidade às produções por causa da pandemia e, consequentemente, pela escassez de bons títulos em 2020 –, vem a Netflix e encanta a todos (não só a mim!) com o lançamento de uma minissérie com ares de superprodução. É por essas e outras que hoje precisamos falar sobre O Gambito da Rainha.

A série foi desenvolvida e produzida pelos roteiristas e cineastas Scott Frank (Minority Report; Marley & Eu; Logan) e Allan Scott (Cova Rasa; Um Anjo em Minha Vida) a partir do livro homônimo escrito por Walter Travis, lançado em 1983. No papel principal, tem-se uma exuberante Anya Taylor-Joy que, se com 17-18 anos já impressionou a crítica em A Bruxa, aos 24 anos de idade já se consolida como uma grande atriz. Nessa minissérie, ela interpreta Beth Harmon, uma menina prodígio aficionada por xadrez e que encontra, no jogo, a fuga de suas frustrações pessoais e objetivos de vida.

Além dela, aparecem alguns outros atores conhecidos do público nerd, tais como Harry Melling (o Dudley da franquia Harry Potter) e Thomas Brodie-Sangster (Jojen Reed de Game of Thrones). Já os veteranos Bill Camp, Christiane Seidel, Rebecca Root e Marielle Heller também fazem participações em papéis de destaque.

O que mais chama atenção em O Gambito da Rainha é a genialidade dos roteiristas e produção da minissérie em ter misturado, de um modo extremamente sutil, fatos históricos com ficção, provocando nos telespectadores a nítida impressão de que estão acompanhando uma série biográfica; quando na verdade não estão! Por ser ambientada nos anos 60, em pleno fervor da Guerra Fria, a obra reproduz a rivalidade acirrada entre Estados Unidos e União Soviética, transpassada, inclusivamente, para o campo desportivo, onde os russos, com sobra, detinham a hegemonia em competições de xadrez. Imagine então, meu xadrezista nerd, uma adolescente americana pondo em xeque esse domínio?

Os locais e formas com que as competições aconteciam são muito próximas do que aconteceu na realidade e que já fora abordado em outros filmes – aí sim, biográficos –, como por exemplo em O Dono do Jogo. Todas essas misturas de informações geram uma agradável confusão em quem assiste! Para cinéfilos paranoicos como eu, pausas para pesquisas no Google serão constantes no decorrer da série!

Todavia, O Gambito da Rainha está longe de ser uma excelente minissérie apenas por esses fatores. Conforme mencionei, a obra tem cara de superprodução: fotografia belíssima, trilha sonora impecável, figurinos perfeitos, efeitos especiais moderados e precisos, atuações impecáveis… é impossível não se impressionar com o charme, frieza e trejeitos que Anya Taylor-Joy conferiu a sua personagem! Além da eminente quebra do domínio russo no xadrez por uma mulher americana, o título traz o drama pessoal de Beth Harmon, já viciada em calmantes ainda quando criança, evoluindo para o alcoolismo e consumo de outras drogas mais tarde.

Isso acaba confundido ainda mais a cabeça dos telespectadores e os farão acreditar que estão lidando com uma biografia, já que, pelas referências que possuem, certamente encontrarão semelhanças com alguma de tantas celebridades que já passaram pelo mesmo. Bom… é melhor me calar por aqui antes que estrague o divertimento de alguém com spoilers. O Gambito da Rainha é uma das poucas obras que se pode indicar sem ter o medo de errar: simplesmente é excelente e pronto!

Abraços e até breve!

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Lukas Melo

É Editor e Autor do UniversoNERD.Net. Profissional da área de EaD, aficionado por RPG, hardware e cinema. Porém, não nega outras nerdices.

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